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C4 Picasso: até 597 litros de bagagem, parabrisa panorâmico ajustável

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Grand C4: até 672 litros de bagagem, ar-condicionado com quatro zonas

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Grand Scénic: até 605 litros de bagagem, teto solar com duas seções

Também exclusivo da maior das C4 é o medidor de vaga adjacente, que funciona muito bem. Acionado o sistema e indicado (pelo acionamento de luzes de direção) o lado em que se pretende estacionar, o motorista passa devagar ao lado da vaga disponível. O sistema então analisa o espaço entre dois carros e informa se parar ali é fácil, difícil ou não aconselhado.

A Scénic traz em contrapartida apenas luzes de cortesia nas quatro portas (que iluminam o assoalho tanto interno quanto externo), vidro traseiro que se abre em separado da tampa para acesso à bagagem e o conhecido sistema de cartão e botão para partida do motor. Apesar de vantagens como impedir o acionamento do motor de arranque por mais tempo que o necessário, trata-se mais de charme que de utilidade. Isso porque no Brasil — ao contrário do mercado europeu — as portas não se destravam quando o usuário aciona as maçanetas externas trazendo o cartão consigo, função que seria muito prática.

Conveniências em comum nos três modelos são acionamento automático de faróis e limpador de parabrisa, farto espaço para objetos de todo tipo (até mesmo alçapões no assoalho), mesinhas "de avião" nos encostos dianteiros, várias luzes de cortesia e leitura, bocal de abastecimento sem tampa (basta abrir a portinhola, destravada pela trava central na Scénic e por botão nas Picassos), aviso específico para porta mal fechada, comutador de farol alto/baixo apenas de puxar contra o volante (e que não permite acendê-lo já em facho alto) e bons sistemas de áudio, com leitura de MP3 e qualidade de som mediana, que podem ser usados mesmo sem ligar a ignição. Nas três, porém, faltam iluminação nos parassóis e faixa degradê no parabrisa. Na Scénic a trava de segurança do capô é difícil de encontrar e incômoda de acionar e o áudio não mantém a exibição de informações do arquivo MP3, um incômodo ao buscar determinada faixa no CD.

Motorista e passageiro de qualquer estatura não terão problemas para se acomodar na frente em qualquer das minivans, mesmo com teto solar. Os bancos da segunda fila contam com ajuste longitudinal, com curso amplo, e permitem ligeira reclinação do encosto. O espaço para pernas e a largura útil são muito bons nas três, mas a Scénic tem o assento um tanto alto — a ponto de exigir cuidado típico de sedã ao entrar para não bater a cabeça no batente superior da porta. Isso melhora o apoio das coxas, que é crítico nas Picassos, mas deixa apenas razoável a altura útil. Também na Renault, o formato dos encostos faz pressão exagerada na região lombar e o passageiro central tem banco muito estreito, problema herdado da primeira geração.

Os bancos adicionais traseiros dos modelos Grand funcionam como os da Zafira: um sistema mecânico simples os monta ou guarda no assoalho, que então se torna plano como se eles não existissem ali. O espaço para pernas neles, porém, é mínimo e o acesso bastante incômodo, por meio de rebatimento de banco da segunda fila. Servem apenas para crianças.

A capacidade de bagagem com cinco lugares em uso é maior na Grand C4 (de 576 a 672 litros conforme o ajuste do banco) que na Scénic (550 a 605) e nesta que na C4 curta (de 490 a 597), mas as três satisfazem às necessidades comuns da família. E permitem ampliá-la ao rebater ou retirar os bancos da segunda fila, caso em que chegam a 1.951 (C4 longa), 1.920 (Scénic) e 1.775 litros (C4 curta). Com sete lugares a Grand da Citroën leva 208 litros e a da Renault 200. As quintas portas trazem grande vão de acesso e a da Scénic tem duas posições de altura, uma delas mais baixa que o usual, para fácil uso por usuários de menor estatura.

A Picasso menor é a única com estepe de tamanho normal, que só não tem roda de alumínio como as demais. As versões Grand de ambas as marcas usam pneu temporário, com restrições de uso (limite de velocidade entre 80 e 100 km/h) e que não pode ser aproveitado em futura reposição. Como nas três o estepe fica montado sob a carroceria na traseira, o pneu eventualmente substituído, por ser bem mais largo, reduz o vão livre do solo nessa região — inconveniente quando o furo ocorre em viagem com o carro carregado. Em contrapartida, a Grand C4 traz tubo com produto que veda furos, o que dispensa o uso do estepe em alguns casos (a Scénic prevê o mesmo item no manual, mas não o possui no Brasil).

Mecânica, comportamento e segurança

As três têm igual configuração mecânica, com motor de 2,0 litros e quatro válvulas por cilindro, caixa automática de quatro marchas e tração dianteira. Os propulsores mostram alguma aspereza em alta rotação, mais na Scénic, que tem relação r/l pior (saiba mais sobre técnica). As Picassos também têm maiores potência (143 contra 138 cv) e torque (20,4 ante 19,1 m.kgf) e são menos pesadas: 1.511 kg a curta e 1.560 a longa, contra 1.645 da Scénic.

A boa potência disponível em baixa rotação — apesar do ponto máximo de torque acima de 3.500 rpm — torna os três modelos relativamente ágeis, deslocando-se em meio ao tráfego sem lentidão, com vantagem para os da Citroën. Em alta velocidade, porém, a grande área frontal manifesta-se e requer mais paciência nas retomadas em qualquer das minivans. Continua

Grand C4 Picasso: medidor de vaga adjacente (botão "P"), sensores de estacionamento com mostrador gráfico e dois apoios de braço dianteiros
Em ambas as Picassos, lanterna recarregável e portátil no portamalas, espelho para monitorar crianças e um indicador para cada cinto não atado
Grand Scénic: cartão e botão para partida, vidro traseiro com abertura independente e, como nas concorrentes, freio de estacionamento automático

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