


O painel do Stilo tem prático
fundo eletroluminescente e computador de bordo; seu compartimento de
bagagem varia de 350 a 430 litros conforme a posição do banco



O interior do Golf traz menos
itens de conveniência, mas é funcional; a capacidade de bagagem é de 330
l |
A enorme lista de opcionais do Stilo compreende outros itens exclusivos:
banco traseiro bipartido com ajuste longitudinal e reclinação do
encosto, acionamento automático de faróis,
controlador de velocidade, ar-condicionado com duas áreas de ajuste
(uma no Golf, também com controle automático) e controle inteligente de
recirculação (é ativada no caso de má qualidade do ar externo), banco do
passageiro dianteiro rebatível e com mesinha na parte de trás, alerta
programável para excesso de velocidade, interface
Bluetooth para telefone celular e
retrovisor direito que focaliza o meio-fio ao engatar marcha à ré, para
orientar manobras.
O Fiat traz ainda alguns detalhes convenientes de série, como dois
porta-luvas, configuração de funções,
saída de ar-condicionado para o banco traseiro, aviso de porta mal
fechada e dois porta-copos no apoio de braço traseiro. O VW tem a mais
apenas iluminação dos espelhos dos pára-sóis, porta-óculos de teto, dois
porta-copos escamoteáveis no painel e volante revestido de couro.
Itens comuns aos dois e que merecem menção são retrovisor interno
fotocrômico, limpador de pára-brisa
automático, sensor auxiliar de
estacionamento traseiro, alça de fácil acesso para liberar a trava
de segurança do capô, mola a gás para o manter aberto, luzes de cortesia
nas portas dianteiras e de leitura à frente e atrás, alarme com
ultra-som e controle remoto, pára-brisa com faixa degradê, luz interna
com temporizador e apagamento gradual, indicação de temperatura externa
e destravamento da porta do motorista em separado das demais (mais
seguro).
Se o espaço para quem vai à frente é maior no Stilo, sobretudo em
altura, atrás a perda com o teto solar o deixa mais baixo que o Golf. Em
contrapartida, é mais amplo para as pernas e ombros de quem viaja atrás
e tem o ajuste longitudinal do banco, exclusivo na categoria, que
permite ampliar essa vantagem em detrimento da capacidade de bagagem.
Esta, portanto, varia no Fiat de 350 a 430 litros (não considerada a
redução com a caixa de graves), ante o volume fixo de 330 l do VW. O
estepe fica sob a bagagem e tem medida igual à dos demais pneus nos
dois, mas só o do Stilo usa roda de alumínio.
Mecânica,
comportamento
e segurança
Os
dois motores seguem a mesma receita (saiba
mais sobre técnica) e agora são flexíveis em combustível. Assim, é
natural que a maior cilindrada do Stilo o favoreça em potência e torque:
com álcool fornece 114 cv e 18,5 m.kgf; com gasolina, 112 cv e 17,8 m.kgf —
ante 103/101 cv e 14,5/14,3 m.kgf do Golf, na mesma ordem. As alterações
efetuadas no modelo 2006 deixaram o 1,8 de origem General Motors mais
suave, em patamar equivalente ao 1,6 da VW. Nos dois percebe-se ligeira
aspereza ao usar álcool.
Se não chegam a transmitir esportividade, ambos têm força suficiente
para acompanhar o tráfego sem exigir alta rotação e são relativamente
silenciosos. Com mais potência e peso similar (20 kg a mais), o Stilo só
poderia andar melhor. A simulação do Best Cars apontou velocidades
máximas bastante próximas, mas com vantagem expressiva do Fiat em aceleração
e retomada. O VW, por outro lado, consome menos em qualquer condição,
seja com gasolina ou com álcool (veja os
números e a análise detalhada).
O comando de câmbio é excelente no Golf, um dos melhores da produção
nacional, com engates muito leves e precisos. O do Stilo poderia
melhorar em maciez. Engatar a ré no VW exige apertar a alavanca para
baixo, e no Fiat, puxar um anel-trava — que poderia ser eliminado, pois
há bloqueio interno contra engate involuntário.
Continua
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