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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
Os dados dos fabricantes indicavam grande vantagem para o 206 em desempenho, mas seria ela comprovada? A simulação desenvolvida para o BCWS pelo consultor Iran Cartaxo mostrou que não: suas marcas de aceleração, retomada e velocidade máxima foram todas próximas às do Palio, ainda que um pouco superiores. Nem poderia ser diferente com vantagens tão pequenas em potência, torque, peso e aerodinâmica.

O Fiat teve a vantagem de "encher" um pouco mais a quinta marcha para chegar à velocidade máxima, enquanto o Peugeot está bem longo (faltam 600 rpm para chegar às 5.500 da maior potência), para beneficiar o consumo e o ruído.
O regime em velocidade de viagem, aliás, é bem menor nos dois que nas versões de 1,0 litro, efeito colateral do torque superior em baixa rotação, que permite aos fabricantes usar relações de marcha mais longas.

E quanto ao consumo, importante fator na escolha de carros pequenos? Os dois obtiveram ótimos resultados na simulação, mesmo no caso do uso de álcool no Palio. Nessa condição, o Fiat roda cerca de 27% menos com um litro do que com gasolina, diferença que ainda justifica a preferência pelo combustível vegetal na maior parte do País (em algumas regiões, ou épocas do ano, seu preço mais alto pode não compensar o maior consumo).
   Palio com
gasolina
Palio com
álcool
206
Velocidade máxima 160 km/h 161 km/h 164 km/h
Regime à veloc. máxima (5a.) 5.175 rpm 5.200 rpm 4.900 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 3.875 rpm 3.600 rpm
Potência consumida a 120 km/h 29 cv 28 cv
Aceleração de 0 a 100 km/h 15,7 s 15,5 s 15,1 s
Aceleração de 0 a 400 metros 19,9 s 19,7 s
Aceleração de 0 a 1.000 metros 36,9 s 26,8 s 35,9 s
Retomada 80 a 120 km/h em 5a. 21,4 s 20,9 s 20,2 s
Retomada 60 a 100 km/h em 4a. 12,6 s 12,4 s 12,2 s
Consumo em cidade 10,5 km/l 7,6 km/l 10,7 km/l
Consumo em estrada 18,9 km/l 13,7 km/l 19 km/l
Comentário técnico
> Embora pareçam novidade, os dois motores são de concepção antiga: a Fiat italiana tem a família Fire desde 1985, enquanto o propulsor Peugeot de 1.360 cm³ surgiu em 1988 e esteve no Brasil há mais de uma década equipando o 205 uruguaio. Claro que as versões atuais trazem evoluções, mas parte do que foi desenvolvido sobre elas — como o cabeçote de 16 válvulas e o acelerador eletrônico no caso do Palio — foi abandonado para conter os custos destes modelos. Como curiosidade, o Citroën AX GTi usava o motor 1,4-litro em versão "picante" de 98 cv a 6.800 rpm; algumas unidades foram vendidas por aqui.

> O motor da Fiat teve a taxa de compressão ligeiramente aumentada, de 10,8:1 para 11:1, ao se tornar flexível em combustível. Como já tinha uma das maiores taxas entre os motores a gasolina, não foi preciso mexer muito nesse parâmetro para aproveitar
a propriedade do álcool de não detonar facilmente. Outras marcas usaram taxas inferiores no início (10:1 no Gol/Parati, 10,5:1 no Corsa 1,8 e nos modelos Fiat de mesmo motor, 10,8:1 nas duas cilindradas do Fox), mas a GM já chegou a 11,3:1 no Astra e na Zafira, o que indica a tendência de taxas mais altas para os próximos flexíveis.

>
As suspensões dianteiras são semelhantes, mas não as traseiras. Enquanto a Fiat usa o consagrado eixo de torção com molas helicoidais (o conjunto mais comum nos carros nacionais, por larga margem), a Peugeot optou por um sistema independente, com braços arrastados e barras de torção (saiba mais sobre os tipos de suspensão). Mas isso se reverterá em seu sucessor, o 207, pois o Citroën C3 — primeiro modelo da nova plataforma de pequenos do grupo PSA, a ser estendida à sócia Peugeot — passou ao eixo de torção.

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