> Embora pareçam
novidade, os dois motores são de concepção antiga: a Fiat
italiana tem a família Fire desde 1985, enquanto o propulsor
Peugeot de 1.360 cm³ surgiu em 1988 e esteve no Brasil há mais
de uma década equipando o 205 uruguaio. Claro que as versões
atuais trazem evoluções, mas parte do que foi desenvolvido sobre
elas — como o cabeçote de 16 válvulas e o
acelerador eletrônico no caso
do Palio — foi abandonado para conter os custos destes modelos.
Como curiosidade, o Citroën AX GTi usava o motor 1,4-litro em
versão "picante" de 98 cv a 6.800 rpm; algumas unidades foram
vendidas por aqui.
> O motor da Fiat teve a taxa de compressão ligeiramente
aumentada, de 10,8:1 para 11:1, ao se tornar flexível em
combustível. Como já tinha uma das maiores taxas entre os
motores a gasolina, não foi preciso mexer muito nesse parâmetro
para aproveitar |
a propriedade do álcool de
não detonar facilmente. Outras
marcas usaram taxas inferiores no início (10:1 no Gol/Parati,
10,5:1 no Corsa 1,8 e nos modelos Fiat de mesmo motor, 10,8:1
nas duas cilindradas do Fox), mas a GM já chegou a 11,3:1 no
Astra e na
Zafira, o que indica a
tendência de taxas mais altas para os próximos flexíveis.
> As suspensões dianteiras são semelhantes, mas não as
traseiras. Enquanto a Fiat usa o consagrado eixo de torção com
molas helicoidais (o conjunto mais comum nos carros nacionais,
por larga margem), a Peugeot optou por um sistema independente,
com braços arrastados e barras de torção (saiba
mais sobre os tipos de suspensão). Mas isso se reverterá em
seu sucessor, o 207, pois o Citroën C3 — primeiro modelo da nova
plataforma de pequenos do grupo PSA, a ser estendida à sócia
Peugeot — passou ao eixo de torção. |