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Celta: o primeiro desenho completo da GMB exibe linhas ainda agradáveis, mas que não seguem as tendências mais atuais

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Fiesta: do formato quase monovolume às lanternas traseiras elevadas, um hatch de acordo com o que se faz hoje no segmento

Concepção e estilo

O Fiesta é contemporâneo em termos mundiais: foi lançado no Salão de Frankfurt em setembro de 2001 e chegou aqui em maio do ano seguinte. O modelo nacional foi simplificado em detalhes como as molduras das portas (no europeu avançam sobre o teto, o que aumenta o custo de produção) e os faróis (perderam o duplo refletor), mas manteve o desenho moderno e robusto, com predomínio de linhas retas e ângulos.

O Celta é projeto brasileiro — o primeiro automóvel com carroceria 100% desenhada na GMB, já que os projetos anteriores eram reestilizações ou derivações de desenhos trazidos da Opel alemã. Lançado em setembro de 2000, só existe aqui e em alguns países da América Latina, já que o resto do mundo tem o Corsa antigo, no qual foi baseado, ou o de nova geração. É um fato que seu estilo aprimorou o do Corsa, trocando as formas arredondadas por alguns vincos que o modernizaram.

O Ford segue claramente a atual tendência de "minivanização", com maior altura total, colunas dianteiras mais avançadas e capô em cunha mais acentuada, quase chegando ao formato monovolume; o Chevrolet é um dois-volumes convencional. Ambos agradam aos olhos sem impressionar, mas o Fiesta revela mais modernidade, inclusive nos grandes faróis (os de perfil baixo do Celta são típicos da década passada) e nas lanternas traseiras em posição elevada e mais segura.

Os coeficientes aerodinâmicos (Cx) não são divulgados, mas não devem estar longe da média do segmento. Estimamos 0,32 para o Fiesta e 0,34 para o Celta, já que o antigo Corsa três-portas, com o qual ele se parece em desenho, tinha 0,35. Só que o carro da Ford tem área frontal claramente maior, sendo também mais largo.

Conforto e conveniência

Logo ao entrar nos carros, percebe-se uma diferença conceitual: enquanto o Celta foi concebido desde o início com foco no menor custo de produção possível, o Fiesta surgiu como carro pequeno para o exigente mercado europeu, sendo então barateado em termos de materiais na versão brasileira. Isso explica a vantagem do carro da Ford no desenho do painel, portas e outros elementos internos.

Bom exemplo está nos difusores de ar, tomados emprestados do Ka, com prático movimento giratório. Os do Celta parecem uma cópia malfeita: não se movem para os dois lados e ainda deixam escapar ar pelo lado oposto ao de sua direção, o que incomoda ao usar o ar-condicionado. Continua

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