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Diferentes apenas na taxa de compressão, que resulta em maior torque no Citroën (à
esquerda), os motores são modernos e têm a maior potência da classe 1,6-litro

A distribuição de torque é boa, parecendo melhor no Citroën. Feita a simulação de desempenho, porém, o Peugeot demonstrou ligeira vantagem em todas as situações, em função dos menores peso e área frontal, já que as relações de marcha são todas próximas e não justificam diferenças. Tanto nesse aspecto quanto em consumo os dois estão muito bem situados na categoria.

O comando de câmbio é muito agradável em ambos, incluindo o da marcha à ré, que dispensa travas desnecessárias tão comuns em outras marcas. Mas o C3 volta a levar vantagem na direção: sua assistência elétrica opera bem em qualquer velocidade e a torna extremamente leve até 7 km/h, o que facilita muito as manobras de estacionamento. Um ponto alto do carro, não deixa dúvidas de que esse tipo de assistência tem tudo para substituir a hidráulica tradicional, ao menos neste segmento. Continua

Comentário técnico

> Ao contrário das duplas 306/Xsara, Partner/Berlingo e outras do grupo PSA, 206 e C3 não compartilham a plataforma: a do Citroën é de nova geração, já compartilhada pelo novíssimo C2 e a ser utilizada em futuros lançamentos da Peugeot. A maior diferença está na suspensão traseira: enquanto o 206 segue o tradicional esquema francês de braços arrastados e barras de torção, o C3 passou ao eixo de torção com molas helicoidais, como na maioria dos carros pequenos e médios -- incluindo o 307 da Peugeot, mas não o Citroën Xsara.

> O motor 1,6 dos franceses é dos melhores da categoria em relação r/l,

apenas 0,23, o que explica a ausência de vibrações em alta rotação. Antes importado, vem sendo fabricado em Porto Real, RJ desde o ano passado.

> As versões 1,6 do 206 têm outras diferenças técnicas para as 1,0 além do motor: os freios traseiros são também a disco, há estabilizadores em ambos os eixos (o que permite o uso de molas mais macias, em benefício do conforto de rodagem) e os pneus passam de 175/65-14 para 185/65-14, estes muito favoráveis à aparência. No C3 são 185/60-15, medida inédita no segmento, que permitiu o emprego de freios de grande diâmetro.