


Na Audi, interior moderno e bem-equipado, com instrumentos adicionais e
iluminação dos comandos e sistemas em vermelho



A Volvo, sóbria e funcional: painel bem legível, comandos ótimos de usar
e trava das portas traseiras comandada pelo motorista |
Conforto e conveniência
Como se espera nesta
faixa de preço, são peruas muito sofisticadas por dentro: revestimento
dos bancos e volante em couro, apliques em tom de alumínio (ou com
simulação de madeira em alguns detalhes da XC70), itens de conforto e
conveniência por todos os lados. A Allroad aposta na combinação de tons
cinza e preto para os bancos, que nem todos apreciam. Quanto ao desenho,
são contemporâneas sem recorrer a formas ousadas que possam desagradar.
Motoristas de qualquer biótipo ficam bem acomodados em ambas, com os
ajustes manuais do volante e elétricos do banco, incluindo altura em
dois pontos e, na Audi, o apoio lombar. Há também três memórias de
posição, convenientes quando se alternam usuários ou alguém altera os
ajustes, e o passageiro dispõe das mesmas regulagens. Persiste na Volvo
o botão do apoio lombar espremido junto ao porta-objetos central, já
criticado em avaliações de outros modelos.
O painel da Allroad é um raro caso, hoje, em que se incluem termômetro
de óleo e voltímetro, quase extintos da produção mundial. Poderia ter
ainda manômetro de turbos, o mesmo valendo para o da XC70, que contém
apenas os instrumentos usuais. Em ambas um mostrador reúne mensagens de
alerta e computador de bordo, com medição de consumo em km/l, como deve
ser. A iluminação da Audi é em branco com vermelho, e a da Volvo, em
verde, sendo ambas perfeitas em leitura. Só que a sueca mantém o painel
aceso todo o tempo, podendo-se esquecer o uso dos faróis, enquanto na
alemã só os ponteiros estão sempre acesos.
Os sistemas de áudio são de primeiro nível, com toca-CDs múltiplo no
painel (quatro discos na XC70, seis na Allroad, que tem ainda
toca-fitas), formato exclusivo das marcas, para inibir o furto, e
excelente qualidade de reprodução, embora não impressionem pelos graves
— as amplas dimensões dos veículos não contribuem. O da Volvo tem os
recursos de três canais e Dolby ProLogic, mas não pode ser usado sem a
chave; à Audi faltam controles junto ao volante, falha inesperada, já
que até sua "prima pobre" Parati
Crossover os oferece...
As duas têm controle elétrico dos vidros com
função um-toque (só nos dianteiros na
XC70), sensor antiesmagamento e
temporizador e ar-condicionado com
controle automático de temperatura e seleção separada esquerda/direita.
Mas a Volvo conta com difusores nas colunas centrais para o banco
traseiro, posição mais eficaz que a do console da Audi, pois o ar frio
deve ser dirigido para cima e para as janelas.
Continua
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