> Os motores do C3 e do Fit utilizam bloco de alumínio,
que reduz o peso, dispensa pintura e permite taxa de compressão
mais alta, graças à dissipação de calor mais eficiente. Mas o do
Polo supera o do Fit na taxa (10,8:1 contra 10,4:1), tendo a
Honda reduzido a sua em 0,4 ponto para o Brasil. É uma medida
inesperada, pois o sistema de ignição seqüencial (duas velas por
cilindro, com centelha não-simultânea) contribui para uma queima
perfeita e deveria conter a tendência à
detonação.
> Polo e Clio, em contrapartida, são os únicos com
acionamento de válvulas por alavanca
roletada.
> Um dos destaques do Citroën é a brilhante
relação r/l de 0,23, que se
reflete em funcionamento insensível às altas rotações. No
Renault e no VW é a mesma, 0,314, um pouco além do limite
aceitável (0,3). A Honda informa que o comprimento das bielas de
seus motores é "informação indisponível", o que impede o cálculo
da r/l. Mas é possível estimar algo na faixa de 0,31, pois o Fit
não tem a suavidade habitual dos motores de pequena cilindrada.
> A assistência elétrica de direção, presente no Fit e no
C3, tem as |
vantagens de não consumir potência do motor
(também válida para a eletroidráulica
do Polo) e de dispensar verificação e troca de fluido — por não
o possuir, é também mais favorável ao meio-ambiente. No caso do
Citroën, um ótimo trabalho de calibração permitiu deixá-la muito
leve em velocidades inferiores a 15 km/h. A assistência
permanece ativa, porém, a até 152 km/h: com isso, não ocorre o
endurecimento excessivo notado, por exemplo, no
Renault Twingo em alta
velocidade.
> A comparação de dimensões externas (veja
a ficha técnica) traz algumas surpresas. O Fit parece o mais
alto, mas na verdade é o C3. O Honda também parece mais
estreito, pelo formato da carroceria, mas é... o mais largo dos
quatro, o que inclui as bitolas dianteira e traseira.
> Uma curiosidade para encerrar: como que atestando o
fato de seguirem escolas diferentes em tantos aspectos, cada
modelo avaliado trazia pneus de um fabricante distinto. E não
era o Citroën que usava Michelin (e sim o Renault), apesar da
longa parceria entre os fabricantes franceses. |