
C3: desempenho dos melhores e boa
estabilidade, mas suspensão rumorosa

Fit: boas respostas para a cilindrada e
o menor consumo, com rodar muito duro

Polo: bom desempenho e comportamento,
suspensão agora melhor em lombadas

Clio: rápido como o C3 e com suspensão
confortável, mas estabilidade inferior


Detalhes de estilo do Citroën e do Honda |
Em contrapartida, o
Renault passa bem por lombadas e irregularidades, que mostram o ponto
fraco do Citroën e do Honda: com calibragem muito firme, tornam-se
desconfortáveis (mais o Fit) e rumorosos (mais o C3) em pisos de má
qualidade. O Polo fica no meio-termo, tendo inclusive melhorado a
passagem por lombadas com a adoção, meses após o lançamento, de batente
hidráulico na distensão dos amortecedores dianteiros.
Excelente no C3 é a direção com assistência elétrica, que se torna
extremamente leve em velocidade abaixo de 15 km/h e facilita em muito as
manobras — gira-se o volante com os dedos se desejado.
Bem calibrada, assume a devida firmeza em velocidade superior. A do Fit
usa o mesmo sistema, mas se torna bastante dura com o motor em
marcha-lenta, como ao estacionar. No Polo e no Clio a
assistência, por bomba hidráulica (com acionamento elétrico no VW,
sistema eletroidráulico), funciona bem.
O Citroën também tem os melhores freios, com discos nas quatro rodas,
sistema antitravamento (ABS) de série (este também no Fit, sendo
opcional nos outros dois) e assistência
adicional em frenagens de emergência. Mas o servo-freio tem atuação exagerada,
dificultando a aplicação moderada da pressão. O Honda usa pneus mais
estreitos que os demais, imposição do motor pouco potente, o que não
chega a comprometer.
Os faróis de todos são de superfície complexa
e, à exceção do Fit, usam duplo refletor. O Clio não utiliza mais o tipo
superelipsoidal, que equipou a versão RT
por apenas um ano. O Honda é também o único sem faróis de neblina, luz
traseira de mesmo fim e repetidores nos pára-lamas — esta uma falta
indesculpável, pois as luzes de direção dianteiras não podem ser vistas
pela lateral.
O melhor retrovisor esquerdo é o do Polo,
biconvexo, ante o convexo dos demais. Ainda em visibilidade, dois
senões. No Fit as colunas dianteiras são bem mais espessas que nos
outros, criando pontos cegos que podem prejudicar a segurança ao
contornar esquinas, por exemplo. Não chegam ao absurdo da Meriva, mas
estão longe do ideal. Já no C3 o pára-brisa é tão curvo, no sentido
vertical, que gera certa distorção e incomoda o motorista, sobretudo em
dias ensolarados.
Quanto à segurança passiva, apenas o Polo
cobra à parte as bolsas infláveis frontais, de série nos outros, mas é o
único com encosto de cabeça também para o quinto ocupante. Já o cinto
deste passageiro é de três pontos apenas no C3.
Continua
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