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Comparativo Completo

Particularidades: no Astra, rodas de 16 pol e pneus 205/55; no Stilo, controle de tração e direção elétrica com modo mais leve, nos botões ao lado do câmbio

Já em torque o Astra com álcool assume a frente: 19,6 m.kgf, contra 19,4 do Peugeot, 19,06 do Focus, 18,3 do próprio Astra com gasolina e 17,4 do Stilo. Os números não contam, porém, como os motores se comportam. O Duratec da Ford é simplesmente brilhante: entrega bom torque desde baixa rotação, é isento de vibrações e emite um ronco agradável quando levado a altos giros. Astra e 307 estão adequados em suavidade, com vantagem para o primeiro em distribuição de torque, como é comum nos duas-válvulas. No Stilo, um inconveniente conhecido: as vibrações excessivas desse 1,8-litro fornecido pela GM, que tornam desagradável explorar seu potencial em altas rotações. Embora a versão Flex de oito válvulas tenha recebido o motor aperfeiçoado da Idea, a 16V deve permanecer sem alterações.

Como anda o Focus em relação aos adversários? Bem, mas não com supremacia, como se poderia esperar. A simulação do BCWS apontou empate na velocidade máxima com Astra (a álcool) e 307 e vantagem do modelo da Ford em duas das três acelerações. Já o Peugeot foi o mais rápido em retomadas, e o Astra, o mais econômico em todas as condições, empatado com o Focus em duas delas. O Stilo, menos potente do grupo, fica em desvantagem em desempenho, salvo nas retomadas, onde se sai bem pelo câmbio mais curto. Continua

Comentário técnico
> O novo motor do Focus, denominado Duratec, mostra boas novidades em relação ao Zetec que substitui: bloco de alumínio em vez de ferro fundido (mais leve e com melhor dissipação de calor — equipa também o do 307), comando de válvulas acionado por meio de corrente (mais robusta) e melhor relação r/l (0,298 contra 0,312, o que reduz as vibrações). Há duas versões: uma para câmbio manual, com 147 cv, e outra para automático, de 140 cv. O torque máximo é praticamente o mesmo, mas o do automático tem curva de torque mais plana, com vantagem na faixa até 3.000 rpm.

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O câmbio manual (foto), antes argentino, passa a ser o IB5 Plus fabricado em Taubaté, SP, igual ao do EcoSport 2,0-litros. Para o motorista, a maior diferença está no engate da marcha à ré, que deixa de usar anel-trava. No entanto, ela não é mais sincronizada. As relações mudam pouco, com a primeira 3% mais curta e as demais pouco mais longas, sendo mantido o diferencial. O Focus também traz molas e amortecedores dianteiros recalibrados e pneus Pirelli P7 com código de velocidade V (para 240 km/h) em vez de H (210), usados só com câmbio manual.

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A relação r/l do motor do Astra está dentro do limite usual, com exato 0,3. A do 307 supera um pouco o valor razoável (0,316) e a do Stilo vai muito além (0,339), o que explica seu funcionamento áspero.

> Com a mudança de geração do Vectra, o Focus passa a ser o único automóvel "nacional" — com aspas por ser, na verdade, argentino — dotado de suspensão traseira multibraço, conceito moderno e muito eficiente em posicionar as rodas nas diferentes condições de uso (o EcoSport 4WD é um utilitário esporte). Os outros três usam eixo de torção, simples e consagrado, porém menos evoluído. É curioso que os antecessores do Stilo (Brava) e do 307 (306) recorriam a sistemas independentes por braço arrastado, provavelmente abandonados para redução de custos. Saiba mais sobre os tipos de suspensão.

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