



No formato dos faróis, o
estilo de cada marca: quatro carros que agradam em desempenho e
comportamento |
Os
câmbios equivalem-se em operação, com engates leves e precisos, mas
Focus e 307 levam vantagem no uso da ré, que dispensa anel-trava
(novidade no carro da Ford; veja boxe na página anterior). O
Stilo tem assistência elétrica de direção, em vez de hidráulica, e
combina maciez e precisão tão bem quanto os demais. Ainda, oferece a
exclusiva função de assistência adicional (modo City), que deixa o volante bem leve
até 36 km/h. Todos dispõem de bons freios, com sistema antitravamento (ABS)
e, no caso do 307, reforço em frenagens de
emergência. O Fiat traz controle de tração, de pouca utilidade em um
país sem neve.
O Focus permanece um dos melhores carros "nacionais" (é argentino) em
acerto de suspensão: faz curvas com precisão, exibe ótimo controle dos
movimentos da carroceria e não penaliza o conforto de rodagem. Mas não
gostamos dos pneus Pirelli P7 com código
de velocidade "V", que parecem ter menor aderência que os antigos
P6000 de código "H" (faz sentido, pois código superior costuma levar a
composto mais rígido). O patamar de desempenho do novo motor certamente
recomendaria uma medida mais ousada, como a 205/55-16 usada no Astra, ao menos como
opção. O Stilo, fiel à proposta atual da Fiat, dá prioridade ao rodar
macio, mas deveria ter maior carga de amortecedores. No Astra e no 307 a
situação é oposta: bom comportamento dinâmico, conforto melhorável. Mas
nenhum deles merece críticas na passagem por lombadas.
Há equilíbrio quanto aos sistemas de iluminação, com faróis de
duplo refletor e
superfície complexa, unidades
dianteiras e traseira para neblina, terceira luz de freio e, salvo o
Stilo, repetidores de luzes de direção nos pára-lamas. O 307 tem o
melhor retrovisor esquerdo, biconvexo,
ante o convexo do Focus e do Stilo e o plano do Astra. Uma vantagem do
Chevrolet está nas colunas dianteiras mais recuadas, típicas de projetos
menos recentes, que favorecem a visibilidade. As do Peugeot são as que
mais incomodam.
O Fiat é o único que cobra à parte pelas bolsas infláveis frontais,
embora ofereça como opcionais também as laterais dianteiras (de série
apenas
no Astra), laterais traseiras e as superiores, do tipo cortina. É uma
incoerência: o carro nacional que mais bolsas pode ter não vem com
nenhuma de série nesta versão intermediária. Já os encostos de cabeça e
cintos de três pontos para os cinco ocupantes equipam os quatro carros.
Continua
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