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Comparativo Completo
Simulação de desempenho
Agilidade nas acelerações ou maior velocidade máxima e menor consumo: o que lhe interessa mais? Embora as diferenças não sejam grandes a ponto de decidir a compra, as vantagens para uma ou outra, em cada item, ficaram claras na simulação de desempenho desenvolvida para o BCWS pelo consultor Iran Cartaxo.

A 206 SW obteve maior velocidade final, para o que contribuem a potência adicional do motor e a aerodinâmica pouco melhor. O acerto de relações na quinta marcha, nas duas peruas, objetiva o desempenho: ficam pouco abaixo (até 400 rpm) do regime de potência máxima. Mas a Peugeot impõe rotação superior em 200 rpm ao trafegar a 120 km/h, embora o suave motor não incomode a esse regime.

A Parati é a mais rápida nas acelerações, com qualquer dos combustíveis, e nas retomadas ao usar gasolina (condição em que o menor torque da 206 a deixa algo lenta em baixas rotações). Com álcool, porém, a Peugeot retoma melhor de 60 a 100 km/h. Analisadas no todo, as marcas das duas peruas mostram um desempenho bem adequado a sua proposta de utilização.

Finalmente, em consumo a liderança é da 206 em qualquer condição simulada e com ambos os combustíveis. Mesmo assim, a vantagem raramente supera 1 km/l, pouco para se fazer decisiva na opção do comprador.
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   206 SW/gas. 206 SW/álc. Parati/gas. Parati/álc.
Velocidade máxima 183 km/h 187 km/h 177 km/h 180 km/h
Regime à vel. máxima (5a.) 5.350 rpm 5.450 rpm 4.900 rpm 5.000 rpm
Regime a 120 km/h (5a.) 3.500 rpm 3.300 rpm
Potência a 120 km/h 29 cv 31 cv
Acel. de 0 a 100 km/h 13,2 s 12,3 s 12,5 s 12,1 s
Acel. de 0 a 400 m 19,1 s 18,4 s 18,3 s 18,1 s
Acel. de 0 a 1.000 m 34,4 s 33,5 s 33,7 s 33,2 s
Ret. 80 a 120 km/h em 5a. 20,1 s 17,5 s 17,2 s 16,4 s
Ret. 60 a 100 km/h em 4a. 12,5 s 11,1 s 11,8 s 11,4 s
Consumo em cidade 9,7 km/l 6,6 km/l 9,0 km/l 6,4 km/l
Consumo em estrada 13,5 km/l 9,4 km/l 12,7 km/l 9,2 km/l
Consumo a 60 km/h 15,8 km/l 11,0 km/l 14,6 km/l 10,5 km/l
Consumo a 80 km/h 14,1 km/l 9,8 km/l 13,3 km/l 9,6 km/l
Consumo a 100 km/h 12,4 km/l 8,8 km/l 11,9 km/l 8,6 km/l
Consumo a 120 km/h 10,8 km/l 7,7 km/l 10,5 km/l 7,6 km/l
Os resultados de consumo não devem ser comparados aos de avaliações até agosto de 2004; melhores resultados em negrito; conheça o simulador e os novos ciclos de consumo
Comentário técnico
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> Um destaque do motor da 206 SW é a maciez de funcionamento, trazida por uma das melhores relações r/l do mercado: 0,23 (na Parati é 0,30, isto é, fica no limite considerado aceitável). É pena que as duas se tornem um pouco ásperas ao funcionar com álcool. A provável razão é que o gerenciamento eletrônico, para aproveitar a alta resistência à detonação desse combustível, mantenha o avanço de ignição no limite máximo. Como a prática já mostrou que a maioria dos usuários de carros flexíveis roda pouco com gasolina, seria interessante que as fábricas optassem por maior taxa de compressão. Assim, o funcionamento com álcool seria mais suave e eficiente, às custas de certa aspereza (pela ignição atrasada) apenas quando se usasse gasolina.

> Chamou nossa atenção, na Parati, as freqüentes injeções de gasolina com o motor já funcionando a frio. Era acelerar e ouvir o zunido característico do sistema. Consultada, a VW informou que o motor 1,8 é praticamente igual ao 1,6 (flexível desde 2003) nesse aspecto. A injeção de gasolina pode ocorrer com temperatura do líquido de arrefecimento abaixo de 25°C e teor de álcool no tanque acima de 85%. Admite, porém, que no caso do 1,8 a injeção com o motor já em funcionamento tornou-se bastante importante para atender
aos níveis de emissões de hidrocarbonetos impostos pela legislação Proconve fase 4. Assim, é possível supor que neste motor o sistema será acionado com mais freqüência que no 1,6.

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Motor em posição longitudinal em carro pequeno, hoje, é raríssimo no mundo — mas continua em uso na família Gol, cujo projeto de plataforma é o mesmo desde 1980. Tem uma vantagem: facilitar o uso de semi-árvores de transmissão de mesmo comprimento, o que evita o esterçamento por torque. Por outro lado, exige um compartimento de motor mais comprido, dificulta o uso de frente baixa (favorável à aerodinâmica) e impõe maiores perdas de energia até as rodas. Se isso perde importância em carros grandes, nos pequenos é essencial — e explica a preferência mundial pela colocação transversal.

> A linha 206 da Peugeot é hoje uma das poucas, na produção nacional, com suspensão traseira independente. O sistema de braço arrastado e barras de torção, típico da indústria francesa, tem como trunfo invadir pouco o espaço de bagagem, ao contrário do usado pela Parati (eixo de torção com molas helicoidais), que tem as torres dos amortecedores junto ao encosto do banco traseiro. Saiba mais sobre os vários tipos de suspensão.

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