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Mecânica, comportamento e segurança   O bem conhecido motor do Focus -- o Zetec 16V de 2,0 litros, duplo comando e 130 cv, lançado aqui no Mondeo em 1995 -- funciona com suavidade e boas respostas em qualquer regime, embora o torque máximo (18,2 m.kgf) apareça a altas 4.500 rpm. Ainda é um dos melhores do segmento de médio-pequenos, só que desta vez enfrenta um poderoso 2,45-litros de cinco cilindros, dotado de refinada tecnologia.

Mesmo com potência 30 cv menor, o motor de 2,0 litros do Focus tem bom desempenho, funcionamento suave e baixo consumo
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Esta unidade da Fiat, emprestada do Lancia Kappa italiano (lá o Marea não passa de 2,0 litros), reúne variador de fase, coletor de admissão de geometria variável, árvore de balanceamento e acelerador eletrônico (saiba mais sobre técnica) para conciliar potência, torque e suavidade de funcionamento e de respostas. O resultado são 160 cv, ou 23% mais que o Focus, e 21 m.kgf a 3.500 rpm, vantagem de 15%. Entretanto, como são 22% mais de cilindrada, sua potência específica acaba se equivalendo à do Ford, cerca de 65 cv/l (no Kappa são 175 cv ou 71 cv/l).

O torque em baixa rotação do Marea é seu ponto alto, lembrando um seis-cilindros tal a facilidade com que sustenta ou ganha velocidade sem exigir redução de marcha. Mesmo bem mais pesado -- 1.300 kg contra 1.160 kg do Focus --, seu desempenho no "GP do 0 a 100 km/h" é bastante bom: cumpre em 8,6 s, ante 9,8 s do concorrente, segundo os fabricantes. Já em velocidade máxima o Ford aproxima-se bastante do Fiat, com 205 e 210 km/h, na ordem.

Clique para ampliar a imagem O exuberante 2,45-litros de 160 cv do Marea garante ótimo torque -- 21 m.kgf -- e aceleração de 0 a 100 km/h em 1,2 s a menos que o oponente

Como esperado pelo motor e peso menores, o Focus consome menos, mas por pequena margem: 9,6 km/l em cidade e 14,2 km/l em estrada, contra 9,2 e 13,8 do concorrente, sempre de acordo com as fábricas. Já a autonomia do Marea é beneficiada pelo tanque de 63 litros, oito a mais. Certamente não é esse 0,4 km/l que vai decidir a escolha, mas há outros aspectos mecânicos que podem ajudar.

Os dois oferecem bons engates do câmbio e embreagem de comando hidráulico (que se mantém suave por longo tempo e não transmite vibrações), com o Fiat levando vantagem no engate direto da ré, sem travas desnecessárias -- exatamente o que incomoda no Ford, apenas na versão de 2,0 litros. Ambos estão bem dotados de freios, com discos nas quatro rodas e sistemas antitravamento (ABS) e de distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), opcionais no Marea e de série no Focus. Este traz controle de tração, item exclusivo entre os sedãs médio-pequenos do Mercosul, mas sem muita utilidade em um país sem neve.

Um dos grandes destaques do Focus é o equilíbrio entre estabilidade e conforto de suas modernas suspensões, com eixo traseiro multibraço
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É na suspensão que aparece uma diferença significativa. O eixo traseiro multibraço e o ponto exato de calibragem obtido no Focus fazem dele uma referência na combinação entre conforto e estabilidade, permitindo um dirigir mais entusiasmado com segurança e prazer. O Marea, mesmo tendo ficado mais firme desde a adoção do motor 2,45-litros, permanece com a traseira um tanto mole, prejudicando a precisão em uso esportivo sem que isso represente maior conforto (os pneus são idênticos, 195/60-15). Mas eles voltam a se equivaler na passagem por lombadas, que não traz problemas (há batente hidráulico nos dois modelos), e nas boas respostas de direção. Continua

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