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Comparativo Completo
Mecânica, comportamento e segurança

O motor 16V de nova geração do Gol (saiba mais sobre suas novidades técnicas) é o destaque deste comparativo. Além de deixar para trás o Palio (70 cv), este 1,0 tem o mérito de superar em potência o AP 1,6-litro a injeção monoponto, das linhas 1995 e 1996, que oferecia 75 cv. Naturalmente há um preço: a necessidade de fazê-lo "girar", mantendo rotações elevadas, para obter bom desempenho.

Desempenho do Gol supera o do concorrente por pequena margem: 5 km/h na velocidade máxima e 0,3 s na aceleração de 0 a 100 km/h. É também pouco mais econômico no uso urbano, segundo os dados de fábrica Clique para ampliar a imagem

Esse comportamento também é recomendado ao motorista do Palio, mas seu nível de ruído claramente inferior torna a tarefa menos incômoda aos ouvidos. Além de mais silencioso, o Fiat possui relações de marcha mais longas, pelo que trafega em estrada com muito mais conforto: a 120 km/h, por exemplo, são 500 giros a menos. O encurtamento do diferencial do Gol foi excessivo, pois o motor agora atinge, na velocidade máxima, 200 rpm mais que a rotação de maior potência -- já o do Palio fica cerca de 400 giros abaixo.

Além disso o Fiat, por oferecer 9,6 m.kgf de torque máximo -- apenas 0,1 m.kgf a menos e em regime 500 rpm inferior --, equivale-se ao VW em desempenho no trânsito urbano. Os valores declarados apontam discreta vantagem para o Gol em velocidade máxima (165 contra 160 km/h) e aceleração de 0 a 100 km/h (13,7 ante 14 s). O consumo rodoviário é o mesmo, 17,4 km/l, enquanto o urbano fica em 13,4 km/l para o VW e 13 km/l para o Fiat.

Clique para ampliar a imagem Baixo nível de ruído é o grande destaque do Palio, tornando-o bem mais agradável em viagem. O torque do motor Fire é similar ao do EA-111 da VW, garantindo desempenho equivalente nas situações mais comuns de tráfego

O Gol avaliado mostrava bons engates do câmbio, ao contrário de outros dirigidos nos últimos anos. Equivale-se assim ao Palio, que nada guarda dos problemáticos engates dos 147 e dos Unos antigos. Mas, depois de tantos anos incomodando o usuário, a VW passou a perna na Fiat removendo a desnecessária trava de marcha a ré (saiba mais). No Palio ainda é preciso puxar um anel-trava para o engate, tão dispensável que as versões básicas ED e EX vinham sem ele -- e nunca fez falta.

Suavizada na linha 2001, a suspensão do Palio é mais confortável. Por outro lado, o rodar mais firme e os pneus mais largos do Gol (185/60 contra 175/65, ambos opcionais) melhoram a estabilidade e podem incutir mais confiança no motorista, sobretudo em uso esportivo. Qualidade comum a ambos é a aptidão para superar lombadas e valetas sem raspões ou ruídos anormais.

Os freios são eficientes nos dois, com vantagens para o Fiat de usar discos ventilados na frente -- tendem a resistir melhor à solicitação intensa -- e oferecer sistema antitravamento (ABS) como opcional, combinado a distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD). A direção assistida de ambos é leve e precisa, sendo a do Palio mais rápida.

Rodas de 14 pol e faróis de neblina são opcionais em ambos, mas só
o Fiat oferece freios ABS e traz de série encostos de cabeça traseiros, que
não podem ser combinados ao conjunto Sportline do VW

Em favor da segurança ativa, vale destacar os ótimos faróis com duplo refletor de superfície complexa e lente de policarbonato que equipam ambos, sendo parte de pacote de opcionais no Gol. Já os faróis de neblina são cobrados à parte nos dois, havendo a luz traseira correspondente só no VW. O Fiat, em contrapartida, adota retrovisor biconvexo no lado esquerdo, de campo visual bem maior.

Quanto à segurança passiva, igualdade de condições quanto a bolsas infláveis (opcionais) e cintos (de três pontos para quatro dos ocupantes). Mas o Gol peca por não oferecer encostos de cabeça traseiros neste conjunto Sportline, como se esportividade implicasse perda em proteção dos passageiros -- quem fizer questão deles tem de abdicar de outros itens escolhendo outro pacote de opcionais. No Palio os encostos são de série, como deveriam ser em qualquer carro. Continua

Uma trava que já vai tarde
Ao tentar engatar a marcha a ré do Gol avaliado, uma surpresa: não é mais preciso pressionar para baixo a alavanca, o que consistia em redundância, pois sempre houve uma trava interna no câmbio para inibir o engate involuntário de 5a. para ré.

O processo começou no ano passado, com o Saveiro 2001, terminando com Gol e Parati em março último, e inclui Santana e Quantum.
O BCWS vem há anos sugerindo a eliminação dessa segunda trava sempre que viável, o que também ocorre em modelos da Fiat como o Palio avaliado.

Curioso é que Bob Sharp, então funcionário da VW e hoje colunista do BCWS, havia sugerido a mudança em outubro de 1988, o que pouparia à fábrica US$ 500 mil por ano.

E foi recusada pela engenharia...

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