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Comparativo Completo

A favor do Fiesta, apenas o comutador de farol melhor que o do Gol (que permite ligá-lo já em alto) e os difusores de ar muito práticos, embora os dos demais não desagradem. Como mencionado na avaliação do Supercharger, a Ford precisa melhorar seu acabamento e qualidade dos componentes. No carro avaliado um dos comandos de ventilação -- duros em vários Fiestas que dirigimos -- travou em certa posição. As folgas entre chapas externas são grandes e irregulares e os parafusos que fixam os bancos dianteiros ficam bem à mostra, um descuido raro.

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O projeto moderno do Fiesta reflete-se em amplo espaço para passageiros e bagagem;
o estepe agora vem dentro do porta-malas, líder do segmento com 305 litros

Em contrapartida, o Fiesta cativa pelo espaço interno, talvez o mais amplo de nossos pequenos. Possui também o maior porta-malas: 305 litros ante 285 do Gol e modestos 245 do Peugeot. Mas, pela excessiva redução de custos da Ford, não pode ser aberto sem a chave -- no Gol há comando elétrico no painel, que por segurança só funciona com o motor desligado, e no 206 botão na tampa, destravado junto das portas. Os estepes ficam no assoalho, por dentro, exceto o do Peugeot, que adota montagem externa. Como opcional ou item de série, os três têm banco traseiro bipartido.

Mecânica, comportamento e segurança   Quando introduziu o motor Zetec Rocam, há apenas três anos, a Ford foi saudada por oferecer potência equivalente à dos 16V da época em um oito-válvulas, com torque bem-distribuído. Só que o tempo passou, a concorrência evoluiu e o motor do Fiesta perdeu seu brilho, entregando hoje 66 cv -- 10 cv a menos do que o Gol 16V -- e um torque de 8,87 m.kgf, contra 9,7 do VW. O motor do 206, adquirido da Renault, fica em meio-termo com 68 cv e 9,5 m.kgf.

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Embora o motor longitudinal exija uma frente mais comprida, o Gol oferece boas
acomodações internas; seu porta-malas segue o Fiesta de perto, com 285 litros

O recurso em que o Rocam foi pioneiro -- acionamento de válvulas por alavanca roletada -- foi adotado pelos dois adversários deste comparativo, junto de outras soluções como o acelerador eletrônico (saiba mais sobre técnica). Permanece no Fiesta a qualidade de dispor de bom torque em baixa rotação, o pico chegando a apenas 2.750 rpm (ante 4.500 no Gol e 4.200 no 206). Só que esta geração é mais pesada que a antiga e que os concorrentes: assim, seu desempenho decepciona, só não sendo pior devido às relações de marcha, as mais curtas entre os três.

Os números dos fabricantes correspondem às sensações ao dirigi-los: velocidade máxima de 165 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,7 segundos no VW, contra 160 km/h e 15,3 s do Peugeot e modestos 150 km/h e 18,2 s do Ford. Todos têm funcionamento suave e insensível às altas rotações, em função da boa relação r/l, mas incomodam pelo nível de ruído, sobretudo em estrada, agravado pela ausência de revestimento fonoabsorvente sob o capô.

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Embora tenha uma suspensão traseira menos intrusiva e o estepe na parte externa,
o porta-malas do 206 decepciona: apenas 245 litros. Mas o espaço interno é adequado

O peso elevado e o câmbio curto também prejudicam o consumo do Fiesta. O 206 tem os melhores índices declarados: 14,7 km/l na cidade, ante 13,3 do Gol e 12,8 do Fiesta, e 21,7 km/l na estrada, ante 17,4 do Gol e 16,9 do Fiesta. Com um tanque cinco litros menor, o motorista do Ford terá de parar antes para abastecer: a autonomia teórica em estrada, com 10% de margem, seria de 1.085 km no Peugeot, 870 km no Gol e 760 km no Fiesta. Continua
 

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