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Carros do Passado

O picape havia sido lançado pouco antes em sua primeira geração. A versão esportiva marcava o retorno de Shelby aos veículos de tração traseira, já que as rodas dianteiras motrizes vinham tomando conta dos automóveis americanos. Partindo de um Dakota de chassi curto, o texano substituiu o motor V6 de 3,9 litros e 125 cv (valor líquido, como todos os deste artigo a partir daqui) pelo V8 318, de 5,2 litros, com injeção de combustível.

A transformação do Dakota foi simples: o motor V8 318, de 5,2 litros e 175 cv, em um picape médio -- o bastante para arrancar de 0 a 96 km/h em 8,7 segundos

Como o cofre era pequeno para o motor, dois ventiladores elétricos à frente do radiador substituíam a hélice ligada ao motor por correia. Sem outras modificações, alcançava 175 cv a 4.000 rpm e um torque de 37,3 m.kgf, transmitidos a uma caixa automática de quatro marchas e dela ao eixo traseiro com diferencial autobloqueante. De 0 a 96 km/h bastavam 8,7 segundos, o quarto-de-milha levava 16,5 s e a máxima chegava a 180 km/h -- o máximo que um picape podia oferecer ao tempo.

A suspensão do Dakota V6 era mantida, mas rodas de alumínio de 15 pol recebiam pneus Goodyear Eagle GT+4 em medida 225/70. O Shelby trazia ainda pára-choques, grade e outros elementos externos em preto-fosco, spoiler dianteiro, uma estrutura de proteção (meramente decorativa, pois era feita em plástico com fibra-de-vidro) na caçamba e opção apenas entre as cores vermelha e branca. Por dentro, volante esportivo revestido em couro, painel mais completo e acabamento exclusivo em cinza e vermelho. Como era habitual nas versões Shelby, foi oferecido por apenas um ano, em um total de 1.500 unidades.

Spoiler e grade em preto-fosco, volante esportivo, painel completo: o esportivo da Dodge

A vez da GM   As iniciativas da Chrysler chamavam atenção de outros fabricantes. Um ano depois do Dakota, em 1990, a General Motors apresentava seu primeiro picape esportivo. Derivado do C-1500 de cabine simples, chassi curto e tração traseira -- praticamente igual ao Silverado que chegaria ao Brasil em 1997 --, o 454 SS reprisava uma denominação de grande carisma, utilizada duas décadas antes no muscle-car Chevelle.

A velha máxima de que "não há substituto para polegadas cúbicas" continuava forte: eram 454 pol3, ou 7,4 litros, no V8 desse picape Chevrolet, suficientes para 230 cv e um torque de 53,2 m.kgf! Um câmbio automático Turbo400 de três marchas os enviava aos largos pneus traseiros BFGoodrich Comp T/A, em medida 275/60-15, que talvez pudessem solapar o asfalto...

Parece nosso Silverado, mas anda muito mais: o Chevrolet 454 SS tinha um V8 de 7,4 litros, com 230 cv e o exuberante torque de 53,2 m.kgf

A suspensão tinha amortecedores especiais e um grosso estabilizador dianteiro, e a direção era mais rápida. O tanque de 96 litros parecia bem menor ao se usar bem o acelerador. No primeiro ano, todo 454 SS era preto por fora -- incluindo praticamente todos os elementos de estilo -- e vermelho por dentro, com bancos individuais e um largo console. O painel ainda era anterior à remodelação que chegaria ao Brasil. Continua

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