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Carros do Passado

O carro vinha ainda com chassi e suspensões reformulados, menor nível de ruído e vibração, maior rigidez torcional e spoilers dianteiro e traseiro. As rodas cresciam de 14 para 15 pol e as posteriores recebiam pneus 235/60 VR 15. O sistema de áudio Panasonic previa alto-falantes nas colunas dianteiras e nos encostos de cabeça. Com velocidade máxima de 240 km/h, o Turbo podia enfrentar os Porsches e Ferraris mais comuns nas auto-estradas européias com orgulho.

O Turbo Esprit trazia novo padrão de desempenho. As primeiras unidades eram decoradas nas cores da Essex Petroleum

As 100 primeiras unidades saíram com o padrão de cores -- vermelho, azul e prata -- da Essex Petroleum, patrocinadora da Lotus na F1 à época. Em abril de 1981 a versão de aspiração natural evoluía para a série 3, ou S3. O motor era o recente 2,2-litros, mas o chassi e o interior traziam muitas das melhorias antes restritas ao Turbo, incluindo os largos pneus 235/60. Entre 1982 e 1983 o Esprit serviu de base para os testes da suspensão ativa, inovação que a Lotus introduziria na Fórmula 1 em 1987.

Para combater o turbo lag, o retardo de atuação do turbocompressor que foi sempre um desafio em motores assim superalimentados, uma nova injeção e taxa de compressão mais elevada eram adotadas em 1986 no Esprit Turbo HC (High Compression, alta compressão). Traziam 5 cv adicionais e melhor distribuição de torque (o máximo chegava a 30,4 m.kgf, aumento de 10%), mas o peso havia crescido para 1.385 kg. No mesmo ano surgia opção de transmissão automática.

A série 3: motor aspirado e chassi com muitos dos melhoramentos do Turbo Esprit 

Reformulação   Aos 12 anos de mercado, o Esprit era todo reformulado em outubro de 1987. As linhas angulosas de Giugiaro cediam lugar às mais arredondadas e suaves de Peter Stevens, hoje famoso por ter desenhado o McLaren F1 de rua. O interior e o sistema elétrico também eram novos e a versão Esprit Turbo -- as palavras permutavam de lugar no nome -- ganhava um sistema de gerenciamento eletrônico do motor Delco, em vez de Bosch, e transmissão de cinco marchas mais robusta da Renault, no lugar da Citroën anterior.

A potência passava a 228 cv, a velocidade máxima a 250 km/h e o 0-96 era coberto em 5,2 s. A versão de aspiração natural, agora com 172 cv, chegava a 222 km/h e fazia de 0 a 96 em 6,5 s, de acordo com a marca. Houve no ano seguinte -- quando a marca era adquirida pela General Motors -- a série de aniversário de 40 anos da Lotus, com apenas 40 unidades na cor branco-pérola com interior azul.

Em 1988 as formas do Esprit eram suavizadas por Peter Stevens; a versão aspirada passava a 172 cv

Um Turbo ainda mais potente, o SE (Special Equipment, equipamento especial), era lançado em maio de 1989. Vinha com pneus mais largos (dianteiros 215/50-15 e traseiros 245/50-16), com rodas de aros diferentes entre os eixos, e dois radiadores de óleo. Com a adoção do Chargecooler, como a marca chamava o resfriador de ar desenvolvido por ela, a potência do 2,2-litros chegava a 264 cv a 6.500 rpm e o torque a 36 m.kgf a 3.900 rpm, baixando o tempo de aceleração de 0 a 96 km/h para 4,9 s e levando a máxima a 255 km/h.

Dois anos depois eram produzidas duas séries limitadas, a Jim Clark Special e a ainda mais veloz X180R, restrita a 20 unidades. Versão de rua do Esprit de competição (saiba mais), a X180R trazia estrutura interna de proteção, adendos aerodinâmicos, suspensão mais firme e ajustável, rodas dianteiras de 16 pol e bancos de competição. Em vez de estepe havia só um sistema de enchimento para o pneu furado.
Continua

Com base no Esprit Turbo de 228 cv, a Lotus lançava em 1989 o SE, com resfriador de ar (acima) e rodas traseiras de 16 pol. Seus 264 cv o levavam de 0 a 96 km/h em 4,9 s, tempo de supercarro

Em escala

No começo de 2000 a Salvat Editora lançou um bela coleção de miniaturas, em escala 1/38, fabricadas pela famosa Maisto. O nono modelo a sair foi o Lotus Esprit, na cor vermelha, com interior marrom e volante preto. O emblema sobre o capô, as bonitas rodas pintadas de prateado e o aerofólio traseiro destacam-se. As portas se abrem e tem tração friccionada. Bom acabamento a bom preço. (Francis Castaings)

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