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Carros do Passado

À mesma época todo Esprit recebia vidro traseiro refeito, de modo a melhorar a visibilidade e eliminar os reflexos à noite, e novo aerofólio (versão High Wing, asa elevada) para maior aderência do eixo posterior, embora com prejuízo ao estilo. A preocupação geral com a segurança levava à adoção de sistema antitravamento de freios (ABS) e bolsa inflável para o motorista como itens de série. Como tudo tem um preço, o volante perdia seu estilo próprio, passando a ser o mesmo do Pontiac TransAm.

O Sport 300 de 1993: uma série limitada com motor turbo de 300 cv e freios de competição. Podia ser adquirido já com estrutura interna de proteção: pronto para as pistas

Em maio de 1993 chegava a série limitada Sport 300, uma evolução da X180R, com a mesma proposta de "carro de corrida para as ruas". O motor turbo extraía 300 cv dos 2.164 cm3, maior potência específica em um carro de série até então -- 138 cv/litro. Tinha carroceria 11 kg mais leve, freios de competição e até estrutura interna de proteção como opcional. Dois deles competiram no mês seguinte na 24 Horas de Le Mans, marcando o retorno da marca à prova francesa depois de 31 anos.

Em 1994 era introduzida a série S4, que recebia frente e traseira reestilizadas (obras de Julian Thompson, que depois desenharia o roadster Elise), rodas de 17 pol (pneus dianteiros 215/40 e traseiros 245/45) e interior mais espaçoso. Havia direção assistida, pela primeira vez num Esprit, e bolsa inflável para o passageiro.

O S4, um Esprit mais civilizado: direção assistida, bolsas infláveis,
interior mais espaçoso, linhas mais suaves

Um ano depois chegava o S4 Sport, ou S4s, com turbo maior e 300 cv de potência, para acelerar de 0 a 96 em 4,6 s e alcançar 265 km/h de máxima -- superava Ferrari 348tb e Porsche 911 Turbo. O torque máximo era de 40 m.kgf e 80% dele estavam disponíveis desde 2.500 rpm. O interior oferecia duas opções, Luxury e Sports, esta com bancos de apoios laterais mais envolventes.

Rodas Oz com pneus traseiros 285/35, amplo aerofólio -- emprestados do Sport 300 -- e suspensão mais firme o mantinham preso ao asfalto, enquanto componentes em alumínio e a eliminação de revestimentos aliviavam o peso em 35 kg, caindo para 1.300 kg. Só não havia nele o diferencial autobloqueante do Sport 300. Esta combinação de fatores, mais os freios da italiana Brembo, faziam deste o Esprit de melhor comportamento dinâmico na opinião dos especialistas, por não contar com o excesso de peso das versões posteriores.

O S4S de 1995 é para muitos o melhor Esprit: 300 cv e torque bem distribuído num conjunto leve e equilibrado, sem o peso excessivo de versões posteriores

Enfim um V8   Depois de duas décadas, a Lotus enfim aceitava que os compradores de supercarros não quisessem investir tanto em um quatro-cilindros, concordando em adotar um V8 no Esprit. Lançado no Salão de Genebra em março de 1996, o leve (220 kg com itens auxiliares) e compacto 3,5-litros de dois turbos, 350 cv e 40,8 m.kgf de torque trazia o melhor desempenho em sua história: 0 a 96 km/h em 4,8 s e máxima de 282 km/h. Se alguém ainda o via como mero pretendente a supercarro, as idéias mudavam por ali. Continua

Nas telas

O Esprit ganhou projeção em 1977, um ano após lançado, por participar do filme The Spy Who Loved Me (O Espião que me Amava) do agente secreto de Sua Majestade, James Bond. Em uma cena inesquecível, 007 emerge do mar a bordo de um estranho Esprit submarino (acima, fotos de uma miniatura).

O esportivo inglês seria novamente escolhido para For Your Eyes Only (Somente Para Seus Olhos), de 1981 (abaixo).

A segunda geração do Esprit, lançada em 1988, também virou estrela de cinema: pode ser vista nos filmes Basic Instinct, Pretty Woman (no Brasil, Uma Linda Mulher) e If Looks Could Kill (no Brasil, Ato Imoral).

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