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Carros do Passado

Em 1988 aparecia o Turbo S, que no ano seguinte se tornaria o único 944 Turbo. Com pressão de 1,8 kg/cm2, obtiveram-se potência de 247 cv a 6.000 rpm e torque de 36 m.kgf a 4.000 rpm, sem grande aumento de turbo lag. Rodas e pneus ficavam mais largos, freios com sistema antitravamento (ABS) eram de série, e bolsas infláveis seriam adotadas em 1989. Era extremamente veloz -- 270 km/h --, com aceleração de 0 a 100 em apenas 5,4 s.

O conjunto equilibrado fazia do 944 Turbo um carro muito rápido em trechos
sinuosos. Nessas pistas, poderia superar o 911 mesmo em desvantagem de potência

Muitos ainda o consideram o melhor Porsche quatro-em-linha. Todas as qualidades do 944 somavam-se ao desempenho de gente grande. A ferocidade com que ganhava velocidade impressionava, mas ainda mais a facilidade com que se mantinham altas velocidades. Em 1988, uma revista americana colocou-o para enfrentar um 911 Turbo numa pista. O velho carro refrigerado a ar de 282 cv, então no fim de sua carreira, foi 2 s mais lento por volta. O 944 Turbo S era definitivamente, em 1988, o mais veloz Porsche de produção em série.

A Porsche muda de rumo   Apesar do nível de excelência do 944, a Porsche estava em situação financeira complicada, com vendas caindo a cada ano. Não era para menos: oferecia três linhas de produtos similares, como era de se esperar pelo fracasso nas tentativas de substituir o 911, primeiro com o 928, depois com o 944. Os carros eram próximos em desempenho, espaço interno e missão no mercado -- praticamente concorrentes.

Considerado por muitos o melhor Porsche quatro-em-linha, o 944 Turbo S tinha 247 cv e notável comportamento dinâmico

Ao redor de 1987, a Porsche tomava outro rumo. Devido ao sucesso do 959 e às fortes vendas do 911, foi determinado que carros "tipo 911" continuariam em produção e as outras linhas seriam gradualmente canceladas. Se houvesse um Porsche mais barato, deveria ser derivado do 911, o que acabou acontecendo com o Boxster. 

Mas anos se passariam até que a Porsche pudesse ter sua linha unificada em uma família. Portanto, 944 e 928 tinham de se manter competitivos para garantir o fluxo de caixa necessário para financiar o projeto do Boxster e do atual 911 (geração 996). Mas suas missões seriam alteradas: o 928 seria um grã-turismo confortável e caro, no espírito dos Ferraris de quatro lugares; o 944 seria a opção mais barata e de menor desempenho da Porsche.

O motor de 16 válvulas e 188 cv do 944 S, de curta duração, e uma publicidade
do 944 S2, destacando-o como o maior motor de quatro cilindros de série no mundo

Para isto, bastava não lançar nada mais potente que o 944 Turbo S. O 911 ganharia motores bem mais fortes, garantindo sua supremacia sobre os descendentes do 924. Evolução, apenas n os mais baratos 944 de aspiração natural. Assim, o 944 S surgia em 1987, com o cabeçote de duplo comando e 16 válvulas já usado no V8 do 928S e 2,5 litros. Apesar da potência de 188 cv a 6.000 rpm, não distribuía o torque tão bem quanto o antigo 2,5. No final do ano seguinte era substituído pelo 944 S2.

A linha 944 era reformulada novamente em 1989. O 944 básico passava a 2,7 litros e 165 cv (apenas 2 cv a mais), mas o torque agora passava a 23 m.kgf a 4.200 rpm. Um ano depois saía de produção para enxugar os processos produtivos da Porsche.
Continua

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