Busca pela verdade
A marca chegou a abrir uma concessionária na capital, logo descredenciada. A Megastar contatou então
lojas no País para representá-la, mas não teve sucesso. No final de 1999 o "Lotus brasileiro" tinha a comercialização suspensa e, um ano depois, a falência da empresa era decretada. O mistério continuou: como poderia uma empresa, supostamente ligada à marca fundada por Colin Chapman, fazer um investimento divulgado de US$ 200 milhões, produzir 12 ou 15 carros e fechar as portas? |
As linhas do
422T estavam longe de ser harmônicas: o estilo era pesado e
desequilibrado, com elementos estranhos como a grade e as lanternas traseiras |
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Um de seus compradores, o engenheiro Ronaldo Franchini, de Belo Horizonte, MG, decidiu apurar o que acontecia com a empresa. "Fui pessoalmente falar com o Secretário Municipal de Planejamento, pois a prefeitura da cidade cedeu o terreno para a construção da fábrica. Por suas informações, a prefeitura está entrando na Justiça para recuperar o terreno e benfeitorias, incluindo o galpão", afirma Franchini. |
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A semelhança que não é
coincidência: a Emme copiou deste conceito, o Volvo ECC de 1992, boa
parte de seu desenho. Só em 1998 sairia o S80 sueco, que acabou
parecendo uma imitação do carro brasileiro... |
"Esses motores, para ela, eram praticamente sucata, pois não eram mais utilizados no Esprit após o desenvolvimento do V8 biturbo de 3,5 litros e 350 cv. De cada 10 motores importados pela Megastar, aproveitavam-se somente dois; os demais tinham problemas variados e alguns estavam até com os parafusos emperrados", conta Franchini, que obteve muitas das informações com
um ex-técnico da empresa. "Alguns carros foram montados com motores problemáticos", completa. |
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O interior
do Emme pecava pelo excesso: comandos e instrumentos em "O problema maior", conta Franchini, "é que as peças plásticas não tinham tolerância dimensional. Cada peça moldada era diferente de outra do mesmo
tipo. Não adiantaria, por exemplo, comprar um conjunto de lanternas traseiras para manter em estoque porque, para montar uma no lugar da outra em caso de acidente, seria necessária uma lanternagem de ajuste, com tentativas e desbastamentos antes da pintura. O mesmo acontecia com o capô, tampa do porta-malas e portas." |
A falta de
qualidade do acabamento e o fraquíssimo torque em baixa rotação
são as maiores queixas dos donos do Emme, pois seu desempenho em
altos giros é adequado |
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Franchini ainda tenta reunir proprietários para tentar providências em comum
(saiba mais). Outro Emme ficou por meses à venda em uma revendedora
paulista e algumas unidades foram leiloadas e compradas por empresas. Os
scooters foram aprovados em testes de revistas e venderam bem de início, mas ficaram inviáveis com a alta do dólar em 1999, já que o índice de nacionalização era muito baixo.
Continua |
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