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Enquanto se tenta viabilizar o custo da pilha a combustível,
dirigimos um VW Tiguan com esse sistema que não polui

Texto: Gino Brasil - Fotos: divulgação

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O utilitário compacto da linha Golf foi o escolhido para receber esta versão da pilha, com a qual participou de evento da Michelin em 2007

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Uma reação química produz eletricidade a partir do hidrogênio; na parte traseira há baterias para armazená-la e também alimentar acessórios

No mundo automotivo, o que mais preocupa hoje é reduzir a emissão de gases — tanto os poluentes quanto o gás carbônico, que contribui para o aquecimento global — e encontrar fontes alternativas de abastecimento dos veículos, pois o petróleo tende a acabar. Em função disso, todos os grandes fabricantes desenvolvem pesquisas em diversos sentidos.

O carro elétrico é um dos caminhos, mas tem diversos problemas, como peso das baterias, o espaço que elas ocupam, sua autonomia e o tempo de recarga. Cientes disso, os fabricantes buscam alternativas — e uma delas, que precisa se viabilizar em termos de custos, é a pilha a combustível. A Volkswagen, por seu centro tecnológico em Isenbuttel, na Alemanha, desenvolveu uma versão do utilitário esporte Tiguan (derivado do Golf de quinta geração, uma atrás da atual alemã e uma à frente da brasileira) com esse sistema: o protótipo Tiguan Hy-Motion, que tivemos a oportunidade de dirigir. Ele foi desenvolvido para o Michelin Challenge Bibendum — uma prova restrita a carros com propulsão ecológica — de 2007, realizado em Xangai, na China.

O veículo é propulsionado por um motor elétrico com potência de 100 kW, o equivalente a 136 cv, mas a alimentação desse motor se dá pela energia obtida pela pilha a combustível a partir de hidrogênio, não pela eletricidade produzida externamente, como nos elétricos conhecidos. Ainda que o carro tenha um grupo de baterias de íon de lítio, localizado sob o assoalho do portamalas, a fonte de alimentação do motor é a energia obtida pela reação química que se dá entre o ar ambiente e o hidrogênio.

O funcionamento de todo o sistema é relativamente simples. O elemento central de cada uma das 420 células que equipam o Tiguan é uma membrana de troca de prótons, localizada entre o anodo e o catodo. O lado do anodo é alimentado com o hidrogênio injetado sob pressão no sistema; o do catodo é alimentado com o ar do meio ambiente. Entre esses dois pólos há, na pilha de baixa temperatura, água. A VW tem em desenvolvimento uma pilha de alta temperatura que adota, em vez da água, ácido fosfórico entre o catodo e o anodo da membrana, para que a troca seja mais eficiente e exija menos do sistema de arrefecimento, que deve manter a temperatura em 80°C na atual pilha.

A reação entre o hidrogênio e o ar ambiente produz a energia necessária para movimentar o motor elétrico de corrente alternada, responsável por locomover o Tiguan. Dessa maneira, temos a conversão da energia química em energia elétrica por um processo de combustão a frio, de certa forma semelhante ao que temos nos motores atuais. A grande diferença para um carro elétrico, portanto, é que o carro é abastecido com hidrogênio, 3,2 kg armazenados no próprio carro em um tanque com 700 bar de pressão (quase 700 vezes a pressão atmosférica normal), que depois são convertidos em energia elétrica pela pilha a combustível.

Quais as vantagens? Uma, que as baterias deixam de ser a fonte primária de energia do carro, podendo então ser bem menores e mais leves; outra, a possibilidade de rápido reabastecimento, já que o processo é semelhante ao que temos hoje com os combustíveis líquidos. Basta chegar em um posto de abastecimento específico, acoplar uma mangueira ao carro e esperar a transferência do gás para o veículo. Isso acontece de maneira rápida, limpa e eficiente. Continua

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Data de publicação: 23/3/09

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