Valentia real

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O Range Rover Vogue TDV8, o utilitário dos nobres, provou-se tão
confortável quanto apto a curvas na pista e obstáculos na terra

Texto: Roberto Agresti - Fotos: divulgação

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Com um desenho retilíneo que lembra o da geração inicial dos anos 70, o Range Rover conquista quem preza a tradição, acima das tendências

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Requinte e equipamentos estão à altura do preço de mais de R$ 400 mil; atrás do volante repleto de comandos, as aletas para trocas de marcha

Uma das mais tradicionais marcas inglesas, que se arvora como criadora do conceito de utilitário esporte em 1970 (leia história), apresenta uma nova versão aos consumidores brasileiros: o Range Rover Vogue dotado de motor V8 a diesel de 4,4 litros, que vem para substituir o anterior de 3,6 litros.

Superlativo como poucos carros em sua categoria sabem ser, o Range Rover — veículo oficial da família real britânica — exibe seu consistente pedigree através de números que explicitam melhor o que o pulo de 800 cm³ pode fazer supor: 15,1% mais potente e com 9,4% a mais de torque, a nova unidade motriz também é mais "limpa", emitindo 14% menos poluentes e sendo 18,5% mais econômica, pelos dados fornecidos pelo fabricante.

As linhas retas não se alteraram, mantendo o "corte inglês" que ao mesmo tempo garante sobriedade e sisudez e que fazem dele um clássico moderno, pela atemporalidade que oferece a quem dá mais valor ao conteúdo do que à forma externa.

E que conteúdo: com seus 313 cv e mágicos 71,3 m.kgf, disponíveis entre 1.500 e 3.000 rpm, o V8 faz a importante massa de 2.810 kg praticamente sumir. O tempo de aceleração de 0 a 100 km/h — 7,8 segundos, menos 0,8 s que com o motor anterior — é bastante expressivo para um veículo tão pesado. Velocidade máxima não está entre as prioridades de um Range Rover, mas no TDV8 ela aumentou de 200 para 210 km/h com a mudança de motor.

O 4,4-litros usa dois turbocompressores paralelos sequenciais, como no V6 de 3,0 litros do Discovery 4. Uma turbina de geometria variável opera em baixas rotações, mas a partir de 2.400 rpm são abertas válvulas no coletor de escapamento e o segundo turbo, de dimensões inferiores, acelera muito rápido até que o efeito de biturbo seja conseguido — em apenas 0,18 segundo.

Há também uma nova caixa de câmbio automática fabricada pela ZF com nada menos que oito marchas, embora tanto torque funcionasse bem com uma só... O motorista pode optar pelas mudanças automáticas, deixando o botão rotativo no console — sim, botão, nada de alavanca — em "D", ou usar as aletas por trás do volante para escolher a marcha ideal. Em um pedido de redução mais enérgico a caixa pode saltar até seis marchas, garante a fábrica.

Como sempre nos Range Rovers, o sofisticado sistema de tração integral vem associado ao controle eletrônico das suspensões. O conjunto batizado pela marca inglesa (atualmente de propriedade da indiana Tata) de Terrain Response adapta as configurações de tração, suspensões, motor e transmissão de acordo com o tipo de terreno no qual o veículo roda, usando uma eletrônica embarcada no estado da arte.

O Terrain Response havia evoluído no modelo 2010 com um controle de arrancada em areia e outro para aceleração em declives muito inclinados. Na linha 2011, novos progressos vieram na arrancada em aclives e declives acentuados, em que a pressão dos freios é mantida enquanto o motorista muda desse pedal para o acelerador. Em descidas íngremes, quando se freia com maior intensidade, o sistema reduz a velocidade até o limite determinado pela posição do acelerador. Pode também limitar a velocidade a 5 km/h durante até 20 segundos.

Tudo isso vem associado a uma fartura de itens de conforto, conveniência e segurança, como freios da renomada marca Brembo, painel de instrumentos em tela digital (TFT) de 12 pol com controle de funções no volante, monitores de DVD independentes nos encostos de cabeça dianteiros, câmera sem fio com transmissão em tempo real, tela central sensível ao toque com navegador por GPS integrado (que usa disco rígido para armazenar as informações), sistema de áudio Harman-Kardon com 700 watts e 14 alto-falantes e rodas de 20 pol.

É o que se pode esperar de um veículo pelo qual se pagam polpudos R$ 421 mil, mais que pela versão V8 a gasolina de 5,0 litros (R$ 416 mil) e abaixo apenas da série especial Autobiography (R$ 446 mil). Continua

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O quadro de instrumentos é uma tela digital de TFT, em que o mostrador central assume diversas funções; o navegador por satélite usa disco rígido

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Data de publicação: 21/5/11

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