Caixa de surpresas

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Com o melhor acerto até agora nos automatizados nacionais, a
criadora da DSG mostra um notável trabalho no Polo I-Motion

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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O logotipo na traseira é a diferença externa do I-Motion, que pode ser combinados aos acabamentos básico, Sportline e Comfortline do Polo

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O volante esportivo, com abas para mudanças manuais e comandos de áudio e telefone, é opcional e vinculado ao rádio para a versão básica

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No console, as posições habituais nos automatizados e o modo esporte; a marcha em uso é indicada no painel em qualquer das formas de uso

Na Europa o grupo Volkswagen é uma referência em caixa de câmbio manual automatizada, tendo lançado em 2003 no Audi TT a DSG (sigla em inglês para caixa com engate direto), a primeira do tipo pré-seletivo e com duas embreagens, solução seguida por numerosas fábricas. Hoje a DSG está disponível para quase todo modelo do grupo, mas sua aplicação no Brasil teria alto custo. A empresa alemã então desenvolveu uma caixa automatizada mais simples em parceria com a Magneti Marelli (que também fabrica o sistema Dualogic usado pela Fiat) a que chamou de ASG, para caixa sequencial automatizada. E agora apresenta o primeiro modelo equipado com ela: o Polo I-Motion, nome traduzível por "movimento inteligente".

O sistema é oferecido para o hatch e o sedã de 1,6 litro, em versões básica (ambos), Sportline (hatch) e Confortline (sedã). Ficam de fora os hatches E-Flex e Blue Motion, bem como as opções de 2,0 litros. Os preços sugeridos são de R$ 42.580 para o hatch básico, R$ 50.465 para o Sportline, R$ 44.810 para o sedã básico e R$ 53.815 para o Comfortline, aumento de R$ 2.450 sobre as versões com caixa manual. Há opção de volante esportivo, similar ao do Passat CC, com abas do tipo "borboleta" para mudanças manuais de marcha e comandos de áudio e telefone pela interface Bluetooth. Custa R$ 470, mas na versão básica implica a adição do rádio/CD/MP3 opcional de R$ 800.

A ASG consiste em um mecanismo eletroidráulico para as mudanças de marcha e em operação automática da embreagem, feito pela Magneti Marelli (que também fornece a central eletrônica do motor do I-Motion, ao contrário dos demais Polos) e aplicado à caixa manual de cinco marchas já conhecida do modelo, a MQ-200 de fabricação argentina, com programa eletrônico desenvolvido pela própria VW brasileira. A alavanca de câmbio é alemã, da ZF, e não segue o padrão de mudanças manuais usado pela Fiat. No Polo as trocas ascendentes são para frente e as reduções para trás, a exemplo da caixa automática Tiptronic da VW; na marca italiana as operações são inversas.

Além das posições citadas (com os sinais + e -), a alavanca tem o ponto-morto (N) à direita, a marcha à ré (R) para trás dele e as posições D (drive, direção) e M (manual) em um mesmo ponto à esquerda. Após o movimento para mudança manual, a alavanca retorna a D/M. Há ainda o botão S (sport) para o modo esportivo de uso, em que as trocas automáticas são feitas em rotação mais alta, ocorre maior retenção de marchas a fim de obter freio-motor e, tanto em modo manual quanto em automático, as mudanças acontecem em menor tempo.

No caso do volante com "borboletas", a do lado esquerdo comanda reduções e a do direito trocas para cima, sempre puxando-as contra o volante. Não há pedal de embreagem, pois toda sua atuação é controlada pelo sistema. Um mostrador no painel indica a posição da alavanca e a marcha em uso, mesmo em modo automático. Para sair, move-se a alavanca para D/M à esquerda e se acelera, pura e simplesmente. Caso se queira fazer trocas manuais, repete-se o movimento à esquerda para passar ao modo M e se comandam as mudanças pela alavanca do console ou, se existentes, as abas do volante.

Definições de fábrica   Como habitual quando a ligação da alavanca com a caixa não é física, há aparatos eletrônicos para facilitar a condução e evitar danos. Em modo manual, se a rotação do motor cai muito, o câmbio passa a uma marcha inferior; se o carro para, entra a primeira marcha. A ré não pode ser engatada com o veículo rodando para frente, sendo eventual comando ignorado (como é preciso passar pelo ponto-morto para seu engate, é nele que o câmbio fica até ser levado de volta à esquerda). Comandos de troca manual para cima ou para baixo também não são processados se isso for levar o motor a rotação excessiva ou insuficiente.

A partida do motor só se dá com o câmbio em ponto-morto. Já ao desligá-lo a alavanca pode ficar em qualquer posição, embora a fábrica recomende o engate de uma marcha (em todos os casos, surge um alerta no painel para lembrar o motorista de acionar o freio de estacionamento). Em modo manual o câmbio passa à próxima marcha no limite de rotações e mantém o recurso de redução automática pelo acelerador (kick-down): reduz uma ou mais marchas quando se acelera até o fim, embora permita abrir cerca de 90% do curso sem provocar redução. O uso das "borboletas" do volante ativa o modo manual quando a caixa está em modo automático, um bom recurso. Cerca de 10 segundos após a última utilização, ou pela pressão mais demorada na aba direita, o modo manual é abandonado. E, ao contrário de uma caixa automática, a automatizada permite partida por "tranco": traz-se a alavanca para esquerda com o carro rodando e a caixa engata a marcha mais apropriada. A VW, contudo, recomenda não o fazer no manual do carro. Continua

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Data de publicação: 30/7/09

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