
No C 280 e no 200 Avantgarde,
que são iguais por fora, a grade traz a estrela como nos Mercedes
esportivos



O interior: mais espaço à
frente e atrás, três áreas de ajuste de temperatura e o comando no
console, para uso dos sistemas de áudio, telefonia e (lá fora) navegação


Detalhes do Avantgarde: fundo
prata no quadro de instrumentos e ajuste elétrico completo dos bancos |
Mais
esportivo
No interior, a
Mercedes teve o cuidado de manter elementos tradicionais como a posição
de alguns comandos, as funções concentradas na alavanca à esquerda da
coluna de direção (um tanto baixa, levando o motorista a acionar às
vezes a do controlador e limitador de
velocidade) e o freio de estacionamento, comandado por pedal e liberado
por alavanca. O uso de acabamentos em prata e o volante com raios
angulosos dão um aspecto esportivo, parte da estratégia da Mercedes de
buscar clientes mais jovens com o novo C.
Nos instrumentos, o velocímetro agora central traz dentro de si um
mostrador digital para mensagens de alerta, computador de bordo,
configuração de funções e hodômetro,
como em outros modelos da marca. O ar-condicionado passa a oferecer três
áreas de ajuste de temperatura: esquerda, direita e traseira, esta com
comandos voltados ao banco de trás. O visor dos sistemas de áudio,
telefonia (com sistema Bluetooth para
celular) e navegação (não disponível no Brasil) foi para o topo do
painel e ganhou tampa, que não desliga os recursos ao ser fechada. É
possível controlar esses dispositivos por um botão no console, ao estilo
do iDrive da BMW, que acessa menus e seleciona funções.
Embora haja conector para toca-MP3 portátil, o sistema de série não lê
esse tipo de arquivo nem admite mais de um CD. Outra falta é a da faixa
degradê no pára-brisa. Mas há bons detalhes: ambos os retrovisores
externos biconvexos e bem amplos, duplo
fecho do capô, cofre do motor pintado como a carroceria (no Série 3 não
é) e limpador de pára-brisa do lado direito com mecanismo pantográfico
para maior varredura.
Os bancos dianteiros são firmes e confortáveis, com amplos ajustes. No
Classic a regulagem elétrica é apenas de altura e reclinação do encosto,
enquanto o Avantgarde soma as de distância, inclinação do assento e
altura do encosto de cabeça — sempre para ambos os bancos, embora só o
do motorista tenha ajuste de apoio lombar. Também restrito à segunda
versão é o ajuste elétrico do volante. Uma falha na adaptação ao Brasil
é que o regulador de distância do banco do passageiro esbarra no
extintor de incêndio... Coisa de carro do Primeiro Mundo em país do
Terceiro.
Os aumentos de 55 milímetros em comprimento, 42 em largura e 45 em
distância entre eixos deixaram o Classe C mais espaçoso, mas não muito.
O banco traseiro ainda é ideal para duas pessoas, que dispõem de boa
acomodação na vertical e algo modesta para as pernas. O quinto ocupante,
além do aperto, sofre com o encosto duro e o túnel da transmissão. O
banco não rebate para ampliar o porta-malas, que é apenas satisfatório
ao levar 475 litros. Ao se abrir sua tampa (que não usa
dobradiças pantográficas, mas tem espaço
previsto para os "pescoços de ganso"), aparecem de imediato o triângulo
de segurança e uma luz vermelha que sinaliza o carro parado. O estepe
tem roda e pneu iguais aos demais.
De resto, estão presente os equipamentos mais comuns na categoria, como
freios com sistema antitravamento (ABS) e
assistência adicional em emergência,
controles de estabilidade e tração (que podem ser parcialmente
desligados), seis bolsas infláveis (frontais, laterais dianteiras e
cortinas), encostos de cabeça ativos na
frente e o sistema Pre-Safe, que prepara o veículo em caso de iminência
de colisão para proteger os ocupantes. A versão Avantgarde adiciona
faróis com lâmpadas de xenônio em ambos
os fachos (o alto soma à lâmpada halógena uma comutação das de xenônio
que fazem o facho baixo). Lamenta-se só haver
sensores auxiliares de estacionamento,
dianteiro e traseiro, no C 280.
Continua |