

Com 20 cv a mais e torque
adicional, o C 250 deixa o C 200 para trás por margem razoável: acelera
de 0 a 100 em 7,4 contra 8,2 segundos



A versão traz de série o
pacote Sport, que inclui rodas AMG de 17 pol e discretos anexos
aerodinâmicos; os pneus traseiros são mais largos |
A Mercedes-Benz começa a vender no Brasil versões do Classe C e do
Classe E equipadas com o motor 250 CGI (sigla para Charged Gasoline
Injection), de quatro cilindros em linha e 1,8 litro, com
turbocompressor e
injeção direta de gasolina. Na versão
250, esse propulsor produz potência de 204 cv a 5.500 rpm e torque
máximo de 31,6 m.kgf entre 2.000 e 4.300 rpm. O C 250 CGI Sport, já à
venda, tem preço sugerido de R$ 179.900 e ocupa posição intermediária na
gama, entre o C 200 e o
C 300. Já o novo E 250 CGI chega no fim de março por R$ 229.900 e
torna-se a porta de entrada do
Classe E, que pela primeira vez no País recebe um motor de quatro
cilindros.
O Best Cars avaliou apenas o C 250 CGI Sport, pois o modelo maior
não estava disponível no evento de apresentação. A versão incorpora as
melhorias do programa Blue Efficiency, que implica uma série de medidas
para redução de consumo e, em consequência, de emissão de gás carbônico
(CO2). O menor coeficiente aerodinâmico (Cx)
dos retrovisores e a melhora do fluxo de ar sob o carro significam 1,2%
de economia. Outros 4,7% vêm de alterações no motor. O alongamento da
transmissão responde por 2,2%, o gerenciamento de componentes como
alternador e direção assistida (que roubam potência do motor) poupa
outros 2,4% e pneus com menor resistência à rodagem melhoram em 1,6%. O
total de economia é de 12,1%.
O consumo médio combinado informado pela Mercedes-Benz vai de 12,6 km/l
a 13,9 km/l, segundo os padrões europeus. Durante o teste, num trajeto
de cerca de 150 quilômetros, o consumo informado pelo computador de
bordo ficava bem abaixo disso, entre 8 e 8,4 km/litro. Ainda assim são
bons valores quando se considera que o carro tem 1.505 kg, enfrentou de
modo alternado trechos de pista livre e congestionamentos e estava
voltando do litoral à cidade de São Paulo (subindo, portanto) com três
adultos e ar-condicionado ligado.
O C 250 Sport vem equipado com câmbio automático de cinco marchas com
três modos de uso — econômico, esportivo e manual — e permite trocas de
marcha por aletas atrás do volante ou por movimentos laterais na
alavanca do console. A função econômica rouba a agilidade do carro em
retomadas e é mais indicada quando não há pressa ou tráfego pela frente.
É a opção esportiva aquela que combina mais com a proposta do carro,
porque mantém o uso automático e entende melhor o que o pé direito do
motorista quer. O modo manual faz a alegria de quem gosta de explorar o
motor em trechos de serra — quanto mais travada ela for, melhor.
Dirigindo pela estrada, o ruído de motor que se ouve acima de 4.500 rpm
é típico da marca Mercedes. Mesmo o mortal mais desencanado com carros,
graxa e tecnologia é capaz de se animar quando ouve o som desse
quatro-cilindros. Sua potência específica
elevada (113,6 cv/litro) vem do uso associado de turbo, injeção direta e
quatro válvulas por cilindro com variação de
tempo de abertura. Segundo a Mercedes-Benz, o C 250 CGI Sport vai de
0 a 100 km/h em 7,4 segundos e atinge 240 km/h de velocidade máxima.
Esses números representam uma melhora razoável quando comparados aos do
C 200 CGI, apresentado no Brasil em setembro de 2010, que tem o mesmo
motor em configuração mais "mansa" (184 cv), vai a 100 km/h em 8,2
segundos e atinge 232 km/h.
Com suspensão que tende para o firme — embora sem prejuízo do conforto —
e rodas de 17 pol com largos pneus, que têm medidas distintas entre o
eixo dianteiro e o traseiro, o C 250 é muito equilibrado, estável e
transmite grande segurança ao motorista, além de trazer sistemas de
controle de tração e estabilidade. Os
bancos seguram bem o corpo e reforçam essa boa sensação. Os dianteiros
têm ajustes elétricos e o volante traz regulagens (também elétricas) de
altura e distância. O controlador de
velocidade, acionado por uma pequena alavanca atrás do volante, é
bem fácil de usar porque tem comandos intuitivos, óbvios. Os controles
de áudio e telefonia no volante também não têm mistério.
O Classe C ainda não traz de série navegador por GPS, mas é possível
instalá-lo nas concessionárias e aproveitar a tela do painel. No
acabamento interno, sempre impecável e com materiais agradáveis ao
toque, o motorista pode escolher a cor do couro entre cinza claro, bege
e marrom. No banco traseiro há muito conforto e espaço razoável para as
pernas.
Continua |