


Grade exclusiva para o
Brasil, faróis de neblina e rodas de alumínio de 15 pol no Privilège:
cuidados com a aparência para afastar a imagem de "carro de pobre"




O interior é simples, mas
funcional, com bancos confortáveis, conta-giros de série e bom volante;
o revestimento mostrado é exclusivo da versão de topo |
O
Expression adiciona regulagem de altura do banco do motorista, terceira
luz de freio, friso lateral, iluminação do porta-malas, espelho no
pára-sol do passageiro e porta-copos/objetos no console traseiro. Para
ele existe um pacote chamado Pack, de R$ 5.000, que consiste de direção
assistida hidráulica, ar-condicionado (que isoladamente custam R$ 1.800
e R$ 3.500, na ordem) e controle elétrico dos vidros dianteiros (com
botões no painel, abaixo do rádio) e travas, além do comando destas a
distância e de seu travamento ao rodar. Aquecimento também é opcional.
O Privilège vem de série com o que os demais oferecem, mais iluminação
no porta-luvas, vidros elétricos traseiros (com botões em posição ruim,
no console central), maçanetas na cor da carroceria, rodas de 15 pol,
melhor acabamento interno, detalhes em tom prata e terceiro apoio de
cabeça traseiro. Mas ainda nele o ar-condicionado vem à parte, a R$
3.000 (R$ 500 menos que no Expression).
Há o conjunto Pack Estilo (ar-condicionado mais rádio/toca-CDs sem
MP3, rodas de alumínio de 15 pol e duas
bolsas infláveis frontais, por R$ 6.000). Não dispõe de freios com
sistema antitravamento (ABS). Portanto, o Logan está muito bem
posicionado em preço diante do pelotão de concorrentes pequenos. E tem
algo que eles não oferecem: garantia de três anos até 100.000
quilômetros.
Simples, mas
agradável
Dentro da proposta de
carro acessível e já conhecendo o mercado brasileiro, a Renault cuidou
para que o Logan nacional nada tivesse de "carro de pobre" no visual
externo e interno, ao contrário dos produzidos em outros países. No lado
de fora a dianteira ganhou uma grade de desenho agradável, bem melhor
que a original romena. Rodas também receberam atenção, com calotas
integrais e as de alumínio opcionais para o Privilège.
No interior, o console tem acabamento prateado e os revestimentos de
porta trazem uma parte em tecido (exceto no Authentique em ambos os
casos). O painel tem desenho bem simples, mas com plástico granulado e
agradável, enquanto o volante de ótimo desenho e pega é espumado. Os
materiais de carpetes e revestimentos, inclusive do teto, seguem o
padrão dos carros nacionais de menor preço e há encaixes nos carpetes
para fixar sobretapetes, que não ficarão soltos.
Os instrumentos incluem mostradores de cristal líquido para combustível
e temperatura, entre os dois grandes instrumentos circulares, com
conta-giros na esquerda. Tudo é bem legível e tem iluminação em
vermelho. Os bancos dianteiros são anatômicos e confortáveis, com
revestimento de tecido aveludado na versão Privilège e de tecido simples
nas outras duas (infelizmente a Renault só divulgou fotos da opção de
topo). Os retrovisores são convexos nos
dois lados.
Qualquer das versões traz motor flexível de quatro válvulas por
cilindro, com duplo comando de válvulas na 1,6, e ambos podem rodar com
gasolina sem álcool, uma vantagem em viagens a países vizinhos. O
câmbio, exclusivo, é fabricado no Chile e possui entrada alta da haste
seletora, num ponto em que a oscilação do conjunto motopropulsor não
afeta a alavanca — eliminam-se assim os movimentos indesejáveis para
trás e para frente, bem conhecidos no Clio. Possui também um freio na
marcha a ré, que evita arranhada ao ser engatada rapidamente.
O Authentique não traz barra estabilizadora e os freios são menores até
mesmo que na mesma versão com direção assistida opcional: os discos têm
238 mm de diâmetro, contra 259 mm da Expression (sem ventilação nos dois
casos), enquanto os tambores traseiros medem 178 mm e 203 mm, na ordem
(na Privilège 1,6 os discos têm o mesmo diâmetro, porém são ventilados).
Curioso é que em todos os casos há estabilizador na traseira.
Continua |