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No interior sem requinte, mas com bom desenho e espaço adequado, há oferta de itens como regulagem elétrica para o banco e duplo teto solar

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Apesar da eficiência da caixa automática e do bom motor de 166 cv, o Sportage não inspira esportividade no desempenho ou na estabilidade

A nova suspensão traseira independente multibraço tem molas e amortecedores montados em separado para reduzir a intrusão do conjunto no espaço de bagagem. Assim como a dianteira, que preserva o conceito McPherson e parte dos componentes da anterior, ela vem montada em subchassi para isolamento de vibrações.

Ao volante   Do posto do motorista, esse Sportage crescido pode parecer ter deixado de ser um utilitário compacto, sobretudo porque as janelas estreitas dão a sensação de se estar mais alto. Mas na hora de dirigir a impressão de gigantismo desaparece. Tivemos a oportunidade de rodar com a versão de topo com tração dianteira, apenas em estradas pavimentadas em boas condições, por cerca de 100 quilômetros.

O modelo tem rodar bem silencioso e baixo nível de vibração. As trocas de marchas podem ser feitas em modo automático ou manual, neste caso só pela alavanca. No segundo modo, ao atingir a rotação máxima do motor, as trocas para cima são feitas de forma automática, mas quando se acelera a fundo o câmbio não reduz por conta própria, a menos que a rotação caia à marcha-lenta e a velocidade continue a diminuir. A 120 km/h em sexta marcha o motor revela apenas 2.500 rpm, uma qualidade que ajuda muito a conter o consumo e o nível de ruído, mas é inevitável haver certa lentidão nas retomadas de velocidade se o câmbio não puder fazer reduções.

Para um motor de 166 cv e 20,1 m.kgf, esperava-se um pouco mais de desempenho. Claro que o peso (1.500 kg) e a grande área frontal têm papel limitador na aceleração, sobretudo em velocidades de rodovia. Mesmo assim, como o motor pode ser bem explorado em altas rotações sem aparentar esforço, é possível obter desenvoltura satisfatória.

Também como esperado em um utilitário esporte, a estabilidade e as frenagens em alta velocidade podem causar alguma apreensão e até surpreender quem não tem intimidade com carros desse tipo. Nem mesmo os pneus Kumho, com largura 235 e perfil baixo nessa versão, fazem milagre e nota-se a grande rolagem em curvas fechadas. O controle de estabilidade, que não equipa as duas primeiras versões, deveria ser de série para maior tranquilidade do motorista.

O Sportage está disponível em cinco opções, identificadas por códigos. O básico P-324, que custa R$ 83.900 (os preços não incluem frete), vem com bolsas infláveis frontais, freios antitravamento (ABS), encostos de cabeça ativos dianteiros, rodas de alumínio de 16 pol com pneus 215/70, faróis de neblina, ar-condicionado, faróis automáticos, computador de bordo, rádio/toca-CDs/MP3 com entradas USB e auxiliar e comandos no volante, sensores de estacionamento na traseira e volante regulável em altura. É o único a ter câmbio manual.

O P-374, de R$ 87.900, acrescenta o câmbio automático de seis marchas com operação manual, além de adotar freio de estacionamento com comando por pedal. O seguinte é o P-395, por R$ 97.900, dotado de controle de estabilidade, revestimento dos bancos e volante em couro, cinto central traseiro de três pontos, ar-condicionado automático de duas zonas de ajuste, banco do motorista com regulagem elétrica, chave inteligente (para acesso ao carro, partida do motor e acionamento do alarme sem precisar usá-la), controlador de velocidade, rodas de 18 pol com pneus 235/55, defletor traseiro, retrovisores com rebatimento elétrico e aquecimento, e grade e maçanetas cromadas.

A opção P-495, de R$ 103.400, acrescenta à P-395 apenas a tração integral. Enfim, passar ao P-396, que custa R$ 105.900, traz mais itens de conforto e segurança em relação ao P-395: bolsas infláveis laterais e de cortina, câmera traseira com imagens no retrovisor interno em uma tela de 3,5 pol, teto solar duplo com controle elétrico e função um-toque e retrovisor interno fotocrômico. Não oferece, contudo, a tração integral.

Com os lançamentos do novo Sportage e do Soul Flex (leia boxe), a Kia espera quase dobrar as vendas de 54.000 unidades em 2010 para 104.000 em 2011. Uma expectativa audaciosa, mas que contará com o apoio de outros lançamentos previstos ainda para o primeiro semestre, como o cupê Koup, da linha Cerato, e o grande Optima, com expectativa de preço na faixa de R$ 100 mil.

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Por fora o Soul muda apenas nas maçanetas, mas o motor de 1,6 litro ganhou até 6 cv com as alterações, que incluíram a taxa de compressão
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 86 x 86 mm. Cilindrada: 1.998 cm3. Taxa de compressão: 10,5:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 166 cv a 6.200 rpm. Torque máximo: 20,1 m.kgf a 4.600 rpm.
CÂMBIO - automático, 6 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, independente, multibraço.
RODAS - 7 x 18 pol; pneus, 235/55 R 18.
DIMENSÕES - comprimento, 4,445 m; largura, 1,855 m; altura, 1,635 m; entre-eixos, 2,64 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas, 740 l (até o teto); peso, 1.500 kg.
Dados do fabricante para o Sportage avaliado; desempenho e consumo não disponíveis
Soul, agora flexível
O Kia Soul se tornou o primeiro carro da marca a receber motor flexível, em busca de um crescimento na participação do mercado. Teve pequenas mudanças na carroceria e no motor, mas manteve as características de um carro prático na configuração e com forte identidade de estilo, ainda que dividindo opiniões.

O motor de 1,6 litro recebeu um novo sistema de injeção e maior taxa de compressão (de 10,5:1 para 12:1) para bom aproveitamento com álcool. A potência subiu um pouco com o combustível vegetal, para 130 cv, contra 126 cv com gasolina e 124 da versão anterior, à mesma rotação de 6.300 rpm. O torque máximo, que era de 15,9 m.kgf a 4.200 rpm, passou para 16 m.kgf a 4.500 rpm (gasolina) ou 16,5 m.kgf a 5.000 rpm (álcool).

Do lado de fora a única mudança foi nas maçanetas, atendendo a um pedido das mulheres, clientes em grande parte desse Kia. Agora a maçaneta não oferece risco de riscar as unhas...

Em nosso teste, com o carro abastecido com etanol, o desempenho surpreendeu. O modelo com câmbio manual de cinco marchas (não rodamos na versão automática) mostrou boa aceleração e uma retomada de velocidade esperta. A 120 km/h o motor mantém 3.500 rpm, adequado à cilindrada, embora pudessem ser menos.

O Soul continua um divisor de opiniões em termos de estilo. No aspecto prático, a linha de cintura alta deixa o motorista sentindo-se muito baixo, o que pode ser compensado pela regulagem de altura do banco, mas quem se senta atrás tem uma janela pequena. Em compensação o espaço para pernas é bom, e o teto alto, um alívio para quem tem mais de 1,80 metro.

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