


O interior está mais
convencional e tem bom espaço de objetos; o painel não traz conta-giros
na versão básica



O novo Ka tem mais espaço em
largura e altura e pode levar três no banco traseiro; o porta-malas
cresceu para 263 litros, mas as portas lembram as do modelo antigo |
Nada
menos que sete pacotes de opcionais são oferecidos: Fly (aquecedor,
terceira luz de freio, lavador/limpador e desembaçador traseiros,
preparação para áudio), Class (ar-condicionado, direção assistida e
controle elétrico dos vidros), Pulse (os itens do Fly mais tecido
especial, conta-giros, cintos traseiros retráteis, detalhes externos na
cor da carroceria), Somma (ar-condicionado), Prestige (Fly mais direção
assistida), Neo (Fly mais vidros elétricos) e Performer, só para o 1,6
(Pulse mais Class, mais rodas de alumínio). Outros itens, como rádio/toca-CDs
com MP3 e faróis de neblina, serão
vendidos nas concessionárias.
O que
mudou
A maior mudança do ponto de vista de utilização é que agora o Ka acomoda
cinco ocupantes, contra só quatro antes. Ficou também mais amplo por
dentro, apesar de o entreeixos de 2,452 metros ter sido mantido. A
altura aumentou de 1,368 m para 1,420 m, mas a largura cresceu apenas 1
cm. Maior também o comprimento, de 3,624 m para 3,836 m, resultando no
porta-malas maior, de 186 para 263 litros — agora na média da classe. E
o tanque, na região do banco traseiro sob o veículo, como antes, ganhou
3 litros e agora é de 45.
O coeficiente aerodinâmico (Cx) informado
é de 0,38, ruim para os padrões atuais. A Ford diz que o anterior era de
0,42, número estranho comparado com o divulgado mundo afora, 0,36.
Mudança importante foi a adoção de subchassi
dianteiro, mas a suspensão desse eixo teve eliminado o estabilizador,
que já havia sido suprimido na versão 1,0 antiga. A plataforma
denominada B402 é a mesma do Fiesta antigo. A Ford informou ganho
expressivo de aceleração lateral e medidas para melhorar o isolamento
acústico e reduzir vibração e aspereza. E o ar-condicionado teria ganho
eficiência, segundo a empresa.
O estepe permanece sob o assoalho do porta-malas, posição que poucos
apreciam, embora o mecanismo de alojamento tenha sido modificado para
facilitar o manuseio. É feita liberação da bandeja de dentro do
compartimento sem precisar mexer na bagagem e, por baixo, é solto um
cabo limitador para baixar mais a bandeja. Para guardar, a outra roda e
colocada na bandeja e esta é impulsionada para cima, travando-se
finalmente. Ficou bem difícil furtar o estepe, antiga reclamação.
Como anda
Ao volante,
a percepção imediata é de maior amplidão interna. A nova carroceria
aumentou bastante o espaço de cabeça, na frente e atrás (esta era
crítica antes), e um pouco a largura para ombros. Painel e quadro de
instrumentos estão com desenho e arranjo mais caprichados, de maneira a
tirar a impressão de carro de entrada, e houve êxito na medida. Os
instrumentos têm leitura muito boa (conta-giros à esquerda, como deve),
com o marcador de nível de combustível no topo. Junto ao hodômetro há
indicador de manutenção. Continua a não haver termômetro.
A posição de dirigir é boa, mesmo sem os recursos de ajuste da altura de
banco e volante (de apenas dois raios), e há lugar para repousar o pé
esquerdo. Sente-se falta da faixa degradê no pára-brisa, mas os
retrovisores são convexos e de boa área.
A alavanca de câmbio tem o DNA da marca, sendo alta e muito fácil de
usar. A caixa IB5, produzida na fábrica de Taubaté, SP, continua
excelente, ajudada pelo comando a cabo, que proporciona precisão de
seleção, curso pequeno e pouca carga para engate. Em suma, perfeito
nessa parte.
Continua |