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Forte concorrência à vista

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Chega a Grand C4 Picasso, com grande pacote de equipamentos
e preço atraente, para competir com Zafira e Grand Scénic

Texto: Gino Brasil - Fotos: divulgação

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Belos detalhes compõem o desenho bem resolvido da Grand C4 Picasso, que não deverá dividir tanto as opiniões quanto a Xsara

Desde o lançamento da Xsara Picasso e da Zafira, em 2001, o segmento de minivans médias ressentia-se da falta de novidades. Só sete anos depois surge algo novo na categoria, com a Renault Grand Scénic (lançada em fevereiro) e a Citroën Grand C4 Picasso, importada da França em versão única, com motor a gasolina de 2,0 litros e câmbio automático.

Com sete lugares e projeto moderno (foi lançada no fim de 2006 na Europa), a C4 tem como principal concorrente a Grand Scénic, mas também compete com a Zafira em versão topo de linha, Elite. Embora o modelo da GM tenha a mesma capacidade de passageiros e tamanho semelhante, os dois carros franceses estão uma geração à frente do nacional, além de possuir mais equipamentos e motorização mais moderna. A Xsara Picasso não sai de produção, garante o fabricante, mas é natural que perca mercado para a novidade nas versões superiores, podendo restar à venda apenas com motor 1,6-litro.

A Citroën aposta alto na Grand C4 Picasso. O presidente da marca francesa até junho, Sérgio Habib, prevê a venda de 400 a 500 carros por mês, ao passo que a Renault estima para a Grand Scénic apenas 150 unidades mensais. Habib, que está se desligando do comando da Citroën e passando o bastão à matriz na França, tem motivos para crer no sucesso do carro. Ele reúne todas as características necessárias para ser um sucesso: é bonito, bem-equipado, luxuoso, confortável e tem um preço atraente.

A C4 mostra porte imponente e desenho muito bem resolvido, sem dividir tanto as opiniões quanto a Xsara Picasso. A frente é marcada pelos grandes faróis e o imenso pára-brisa, que a marca chama de Space Vision, pois tem a parte superior aumentada em 30 centímetros, invadindo o teto. Há um apelo estético interessante, mas a maior parte desse ângulo está acima da parte que acaba sendo usada. Facilita apenas para visualizar sinais de trânsito e semáforos, mas com o recurso o carro ganha em imponência no exterior e em sensação de amplitude no interior. O imenso pára-brisa é agradável numa manhã fria e ensolarada, à noite ou em dias nublados.

Já com muito sol, como durante nossa avaliação, convém usar os interessantes pára-sóis do tipo cortina, que permitem retomar o tamanho habitual de um pára-brisa comum — ainda que este vidro seja atérmico, de maneira a reduzir a incidência de calor no interior. As laterais da minivan são também muito bem resolvidas, com linhas fluidas e proporções equilibradas. A traseira compõe o desenho do restante e chamam a atenção as lanternas, de desenho bonito e que ocupam toda a parte superior das colunas. É bom o coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,31.

O grande apelo da Grand Picasso está no interior. Além da capacidade para sete pessoas, contra cinco da Xsara, as duas últimas fileiras de bancos são modulares: podem levar de um a cinco passageiros, além dos dois ocupantes dos bancos dianteiros, conforme a necessidade. Contudo, os bancos individuais da segunda fileira (que contam com ajuste longitudinal e uma "posição de conforto" para o encosto) não são tão espaçosos quanto os da Xsara, talvez por ter sido necessário abrir espaço para a terceira fileira. Já os bancos adicionais na traseira são similares aos da Zafira, inclusive o sistema de rebatimento, prático de ser usado, que não requer que a segunda fileira de bancos seja movimentada. Continua

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Data de publicação: 12/5/08

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