
O interior do Limited: aspecto
moderno e fartas conveniências, como ajuste elétrico de banco, navegador
e ar-condicionado de duas zonas |
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A versão de topo tem câmera
traseira com imagens no retrovisor; suas bolsas infláveis incluem as
laterais dianteiras e as cortinas (na foto)

O motor de cinco cilindros a
diesel é o destaque: com 3,2 litros, oferece potência (200 cv) e torque
(48 m.kgf) líderes em seu segmento no Brasil |
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O espaço interno é bastante bom para o tipo de veículo. Rodando com
quatro adultos, sendo o maior de 1,85 metro e o menor de 1,69 m, todos
encontraram boa posição tanto de direção quanto nos bancos de passageiros. O
único pênalti é a regulagem de volante, que deixa de fora o ajuste em distância.
Motor próprio,
seis marchas
Ao contrário do modelo anterior, que usava motor International, o novo
Ranger a diesel vem com propulsores da própria Ford. A estrela é o Duratorq I5
(de inline-five, ou cinco cilindros em linha), também produzido na fábrica de
Pacheco, na Argentina. Dotado de injeção eletrônica de alta pressão, quatro
válvulas por cilindro e turbina de geometria variável,
desenvolve a maior potência do segmento (200 cv) e um torque tão alto quanto o
do líder até agora, o S10 (48 m.kgf). A outra unidade a diesel tem quatro
cilindros, 2,2 litros e turbo para obter 125 cv e 32 m.kgf.
No lugar das versões a gasolina, surge o motor Duratec com cilindrada de 2,5
litros e 16 válvulas em inédita versão flexível, desenvolvida para nosso
mercado. O Ranger retoma, portanto, o deslocamento usado no antigo motor de
quatro cilindros, que havia baixado a 2,3 litros ao ser adotado o mais moderno
Duratec.
Sem aumentar a taxa de compressão de 9,7:1 (um
tanto baixa para uso de álcool) em relação ao Fusion a gasolina, a Ford pôde
ampliar o torque para 24 m.kgf com gasolina e 24,7 m.kgf com álcool, mas a
potência caiu 5 cv com gasolina em relação ao motor do sedã (agora 168 cv) e foi
mantida com álcool (173 cv). Mais importante é a comparação ao antigo Ranger
2,3, caso em que se ganharam 18 cv e 1,9 m.kgf com gasolina. Há acesso externo
ao reservatório de partida a frio por uma tampa no aplique do para-lama
dianteiro esquerdo.
Pela primeira vez o Ranger a diesel oferece opção de caixa automática, item há
muito reivindicado pelos consumidores mais urbanos, mas que a Ford alegava ser
dispensado pelo perfil de cliente que ela priorizava. A caixa adotada é de seis
marchas com recursos atuais de controle eletrônico, caso do sensor que percebe
se tratar de declive e reduz marcha se o motorista acionar os freios. Há também
um modo esportivo (que mantém o motor em rotações mais altas), acionado quando a
alavanca é deslocada para a esquerda, e comando de trocas manuais sequenciais
para frente e para trás.
Também tem seis marchas a caixa manual para os motores a diesel, enquanto as
versões flexíveis vêm com cinco marchas. Em qualquer uma dessas há indicador no
painel para sugerir a mudança de marcha de maneira a poupar combustível. A
tração 4x4 é selecionada por um comando no painel e, como habitual quando não
existe diferencial central (o Amarok de caixa automática é um raro caso com
ele), é recomendável que a tração 4x4 não seja usada em curvas em piso seco, já
que as rodas não têm como descrever diferentes rotações e a transmissão pode se
danificar.
Com um novo chassi de resistência bem maior à torção, o Ranger ganhou suspensões
também novas. A dianteira mantém a eficiente disposição de braços sobrepostos,
mas as barras de torção deram lugar a molas helicoidais, que favorecem um rodar
mais suave. Molas e amortecedores usam diferentes calibrações entre as versões
4x2 e 4x4. Na traseira permanece o eixo rígido com feixes de molas
semielípticas.
O controle eletrônico de estabilidade das duas versões superiores conta, no
entender da Ford, com oito funções: 1) controle de tração; 2) controle de
estabilidade com monitoramento da inclinação da carroceria para afastar o risco
de capotar; 3) controle automático de velocidade em descidas; 4) assistente de
partida em rampa, seja para frente ou de ré; 5) controle de oscilação de
reboque; 6) controle adaptativo de carga; 7) acionamento do pisca-alerta em caso
de frenagem intensa; e 8) assistência em frenagem de emergência. Mais sobre elas
adiante.
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