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A avaliação na Argentina indicou elevado conforto e valentia no trajeto fora-de-estrada; engates do câmbio manual foram ponto mais negativo


 

Ao volante   Na apresentação realizada em Salta, Argentina, com participação de jornalistas do Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, foram levadas apenas as versões topo de linha Limited com motor a diesel e caixas automática e manual. Esta última não está disponível para o mercado brasileiro com tal acabamento, mas, por uma falta de orientação na retirada dos veículos, acabou sendo a avaliada. Assim nosso julgamento, do ponto de vista da combinação motor-câmbio, é aplicável apenas às versões XLS e XLT.

O trajeto incluiu trechos de cidade, estrada e muito fora-de-estrada. A primeira sensação positiva é pelo baixo nível de ruído: o silêncio dentro da cabine é digno de um sedã de luxo, apesar do motor a diesel e dos pneus Pirelli Scorpion de desenho todo-terreno. Aqui, conta pontos o uso de um propulsor desenvolvido pela própria marca, o que é inédito em se tratando de Ranger a diesel (os anteriores eram fornecidos pela Maxion, até 2002, e pela International desde então). O S10 ainda recorre a motor de terceiros, o que em geral se reflete em "casamento" menos feliz com o veículo.

Outro ponto alto do motor de cinco cilindros é a grande capacidade de aceleração de forma muito suave e linear. Já a partir de 1.500 rpm, mesmo em sexta marcha, o motor cresce de giros com vigor e sem engasgos. O índice de vibrações é moderado, sendo parte delas eliminada pelos coxins hidráulicos. O funcionamento nem de longe faz lembrar os motores a diesel barulhentos e vibrantes que se conheciam até alguns anos atrás.

No pequeno trecho mais livre, em sexta marcha, o conta-giros registrava moderadas 2.100 rpm a 120 km/h. A tal velocidade a sensação de segurança é plena, com bom controle das oscilações pela suspensão e respostas precisas da direção. O que causa estranheza é o câmbio manual com acionamento duro e impreciso, mesmo para quem possui picape. Mas foi no fora-de-estrada que tivemos a chance de rodar mais — e havia muitos itens a experimentar. Com a tração 4x4 temporária e a reduzida acionadas, o picape mostrou grande capacidade de superar os obstáculos, com tanta desenvoltura que raramente foi preciso engatar a primeira marcha.

Os sistemas eletrônicos funcionaram muito bem e representam grande avanço na segurança ativa. O maior destaque é o controle de balanço de reboque: ao transportar uma carreta, o sensor percebe eventuais oscilações e freia as rodas em separado para equilibrar o conjunto. Há também os assistentes de subida, que mantém o carro parado por dois segundos quando o motorista solta o freio, e de descida. Este sistema em geral funciona com uma marcha engatada, mas no Ranger o motorista pode deixar o câmbio em ponto-morto e controlar a velocidade pelos botões do sistema de áudio no volante: ao acionar a tecla + o veículo acelera; ao teclar – ele reduz.

Nossa experiência fora de estrada incluiu subidas e descidas íngremes de baixa aderência e um rio com forte correnteza. Segundo a engenharia da Ford, o novo Ranger pode atravessar um rio de até 80 centímetros de profundidade sem problema.

Embora não tenha divulgado sua expectativa de vendas, fica claro que a Ford quer brigar entre os líderes do segmento com o grande salto evolutivo dado pelo Ranger. A explicação para seu enfoque nas versões de cabine dupla está na divisão do mercado: hoje, apenas 8% das vendas são de picapes de cabine simples e 35% do mercado consumidor estão no Norte e no Centro-Oeste, regiões voltadas ao agronegócio.

Ficha técnica
    XLT 2,5 flexível 4x2 Limited 3,2 diesel 4x4
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha longitudinal, 5 em linha
Comando e válvulas por cilindro duplo no cabeçote, 4
Diâmetro e curso 89 x 100 mm 89,9 x 100,76 mm
Cilindrada 2.488 cm3 3.198 cm3
Taxa de compressão 9,7:1 15,5:1
Potência máxima 168 cv a 5.500 rpm (gas.) e
173 cv a 5.500 rpm (álc.)
200 cv a 3.000 rpm
Torque máximo 24,0 m.kgf a 3.750 rpm (gas.) e
24,7 m.kgf a 4.250 rpm (álc.)
48 m.kgf de 1.750 a 2.500 rpm
Alimentação injeção multiponto sequencial injeção de duto único, turbocompressor, resfriador de ar
CÂMBIO
Tipo e marchas manual, 5 manual ou automático, 6
Tração traseira traseira (integral temporária)
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco ventilado / a tambor
Antitravamento (ABS) sim
DIREÇÃO
Assistência hidráulica
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Rodas 8 x 17 pol
Pneus 265/65 R 17
DIMENSÕES
Comprimento e largura 5,351 m / 1,85 m
Altura e entre-eixos 1,848 m / 3,22 m
Capacidade do tanque e caçamba 80 l / 1.180 l
Capacidade de carga 1.291 kg 1.002 kg
Peso 1.909 kg 2.198 kg
Dados do fabricante; desempenho e consumo não disponíveis

 
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