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Notável desempenho no asfalto, suspensão confortável nas provas de fora-de-estrada: qualidades conhecidas do Ranger foram preservadas

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Grafismo dos instrumentos e seção central em prateado são novidades internas; mostrador digital indica a pressão do turbo no motor a diesel

O sistema de áudio My Connection, adotado há pouco tempo, traz sistema Bluetooth para conexão com celular, reproduz arquivos de MP3 e permite a conexão de mídia externa que pode ser controlada pelo rádio. O interior continua apertado e difícil de ser acessado, tanto pela altura da suspensão quanto pela ausência de alças nas colunas, equipamento comum nos concorrentes.

Picape mesmo   Entretanto, se o que era negativo no Ranger continua lá, o que era bom também. Sua robustez e o jeitão de picape, em vez de carro disfarçado de utilitário, são os pontos altos para quem aprecia o tipo de veículo. Trafegar em estradas não pavimentadas é algo que o Ranger tira de letra sem cansar muito os ocupantes, apesar do desconfortável banco traseiro. A suspensão está entre as melhores do segmento e confere bom comportamento no asfalto e melhor ainda na terra. A traseira, ainda que pule um pouco em uma sequência de irregularidades como "costelas de vaca", é melhor que a de diversos picapes — a comparação com o Hilux, duro demais, é inevitável. Os anos da Ford produzindo picapes médios permitiram chegar a um compromisso melhor entre conforto e capacidade de carga.

Seu motor a diesel de 3,0 litros, que produz potência de 163 cv e torque de 38,7 m.kgf, equipava a versão que avaliamos por cerca de 60 quilômetros em estradas de asfalto e de terra no interior de São Paulo. Essa unidade o movimenta com facilidade, levando-o a atingir velocidade e tempo de aceleração típicos de automóveis. O câmbio está bem escalonado, com as marchas bem abertas entre si, em função do abundante torque máximo disponível já a 1.600 rpm. Rodando a 120 km/h o motor gira a pouco mais de 2.500 rpm. Há potência em qualquer regime de rotação e isso agrada a todo motorista. É pena que não haja opção de câmbio automático — a Ford diz que não pretende instalá-lo, pois foca outro segmento de mercado.

O motor a gasolina de 2,3 litros, 16 válvulas e 150 cv com bloco de alumínio continua oferecido, mas uma versão flexível ficou para uma próxima e foi sentida sua falta. A Ford argumenta que seu foco está nos picapes a diesel, que o investimento em um motor flexível no momento não é válido e que os parâmetros conseguidos por eles nos testes não atingiram os padrões da marca. O mercado mostra grande interesse nesse tipo de motor, como prova sua crescente participação nas vendas de seu concorrente direto S10, em que já superou a opção a diesel, mas o fabricante deve ter suas razões para essa decisão.

A Ford sabe que o Ranger tem idade avançada (tanto quanto o S10) e que a modernidade não pode ser seu argumento de venda. Por isso, busca alternativas como relação custo-benefício e versatilidade. Em função disso, abaixou os preços do picape e criou mais duas versões, a XL 4x4 a diesel (que conta com freios antitravamento ABS e bolsas infláveis frontais) e a Limited a gasolina, que traz com o mesmo pacote da Limited a diesel, mas sem a tração 4x4. A versão conta com bancos de couro, rodas de alumínio de 16 pol, ABS, sistema de áudio com MP3 e Bluetooth e bolsas infláveis.

O Ranger pode combinar cabine simples ou dupla, tração 4x2 ou 4x4 (esta com redução e comando elétrico no painel) e quatro versões de acabamento — XL, XLS, XLT e Limited. A versão Sport está suspensa por enquanto, mas a Ford promete o retorno para breve e diz que o departamento de desenho trabalha em sua ornamentação externa. Em conjunto a essa variedade de opções, os preços reduzidos são sua grande arma para se manter competitivo. A Ford mira, sem nenhuma cerimônia, o S10 e por isso fez com que os preços do Ranger fossem menores que os do principal concorrente, variando de R$ 45.900 da versão XL de cabine simples a gasolina a R$ 96.730 da Limited de cabine dupla a diesel.

Para manter o argumento de custo-benefício a fábrica ainda oferece garantia ampliada para três anos. Resta saber como o mercado responderá às mudanças de gosto um tanto discutível.

Os preços
XL c. simples 4x2 gasolina R$ 45.900
XLS c. simples 4x2 gasolina R$ 50.940
XL c. dupla 4x2 gasolina R$ 55.260
XLS c. dupla 4x2 gasolina R$ 60.960
XLT c. dupla 4x2 gasolina R$ 67.430
Limited c. dupla 4x2 gasolina R$ 77.480
XL c. dupla 4x4 diesel R$ 81.740
XLS c. dupla 4x4 diesel R$ 86.610
XLT c. dupla 4x4 diesel R$ 89.290
Limited c. dupla 4x4 diesel R$ 96.730
Ficha técnica
Ranger Limited 4x4 Cabine Dupla a diesel

MOTOR - longitudinal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 96 x 102,5 mm. Cilindrada: 2.968 cm3. Taxa de compressão: 17:1. Potência máxima: 163 cv a 3.800 rpm. Torque máximo: 38,7 m.kgf de 1.600 a 2.200 rpm. Injeção eletrônica de duto único; turbocompressor e resfriador de ar.

CÂMBIO - manual, 5 marchas.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - assistência hidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, braços sobrepostos; traseira, eixo rígido.
RODAS - 7 x 16 pol; pneus, 245/70 R 16.
DIMENSÕES - comprimento, 5,143 m; largura, 1,796 m; altura, 1,765 m; entreeixos, 3,192 m; capacidade do tanque, 75 l; caçamba, 844,4 l; capacidade de carga, 1.058 kg; peso, 1.999 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, 170 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 12,9 s.
CONSUMO - médio, 11 km/l; em cidade e estrada, ND.
Dados do fabricante; ND = não disponível

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