Revisto e apimentado

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O Ford Ka passa pelas primeiras alterações na atual geração
e ganha a versão Sport, com tempero restrito ao visual

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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A ampla tomada de ar que substitui a grade superior vem em todo Ka, mas o Sport recebe defletor dianteiro e saias nas laterais e na traseira

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Faixas inspiradas nas do Mustang, aerofólio de teto e rodas de 15 pol com pneus 195/55 constam do conjunto da versão, que custa R$ 35.900

Depois dos lançamentos do Focus de segunda geração e do Fiesta mexicano e da reestilização do Fiesta nacional, a Ford completa com o Ka a inserção do conceito de desenho chamado de Kinetic (cinético, pois transmitiria a sensação de movimento) a toda sua linha de automóveis pequenos e médios — o Fusion, por ter sido desenhado para os Estados Unidos, ainda não se integrou plenamente ao estilo. Como no segmento de entrada o fator preço é determinante, a fábrica buscou uma reforma de baixo custo, apresentada como modelo 2012.

Ao lado das mudanças de estilo, houve pequena evolução em suspensão (leia adiante) e uma revisão da gama de opções, que caem de 18 para 11. A versão de entrada foi simplificada, pois passa a existir sem alarme de controle remoto, trava elétrica das portas e rodas de 14 pol. Por outro lado, Ka com motor de 1,6 litro agora existe apenas no inédito acabamento Sport, que traz um pacote visual diferenciado.

Com preço sugerido de R$ 24.500, o Ka mais simples vem com conta-giros, relógio digital, luz de cortesia com temporizador, para-sóis com espelho de cortesia, apoios de cabeça dianteiros e traseiros com regulagem de altura e limpador do para-brisa com temporizador, sendo opcionais os itens citados no parágrafo anterior e o ar-condicionado; com eles, chega a R$ 28.000. A versão Fly, que começa em R$ 26.590, traz de série travas e vidros elétricos, aquecedor, desembaçador, lavador e limpador do vidro traseiro; pode ter direção assistida como uma das opções.

A Pulse, a partir de R$ 29.590, conta de série com o pacote Class (ar-condicionado, direção assistida, vidros e travas elétricas), repetidores laterais das luzes de direção nos retrovisores, cintos traseiros de três pontos retráteis (para dois passageiros) e painéis das portas revestidos em tecido, além de itens externos na cor da carroceria. Pode receber rodas de alumínio, faróis de neblina, bolsas infláveis frontais e rádio/toca-CDs/MP3 com conexões de áudio e interface Bluetooth para telefone celular. Já o Sport traz todos esses itens no pacote de série — exceto as bolsas infláveis, que vêm à parte — e custa a partir de R$ 35.900.

A atualização de estilo do Ka não envolveu painéis metálicos de carroceria, ficando restrita a elementos plásticos. O para-choque dianteiro é o principal responsável pela mudança, pois adota uma grande tomada de ar inferior em forma de trapézio, fazendo quase desaparecer a grade superior — permanece um vão que não admite ar para o radiador. Os faróis ganham máscaras pretas, sem alteração em formato ou elementos internos.

Nas laterais surgem apenas novos frisos e, nas versões superiores, as citadas luzes de direção nos retrovisores. Os Kas que vêm sem elas mantêm a conhecida deficiência de sinalização lateral, pois as luzes dianteiras vêm em posição infeliz na parte interna dos faróis, o que poderia ter sido revisto. Na traseira, as lanternas ganham lentes translúcidas para expor os elementos em tom prata, o para-choque mostra uma seção em preto e muda a régua acima da placa. Rodas e calotas foram redesenhadas.

No Ka Sport, que buscou semelhança com o conceito The Beast do Salão de São Paulo de 2008, chamam atenção as faixas decorativas duplas no capô, no teto e na tampa traseira e as faixas em "L" nas laterais com o nome da versão, inspiradas no Mustang. Elas vêm em preto nos carros de cor branca, prata ou laranja e em branco nos modelos pintados de preto ou vermelho. Também equipam a versão rodas de 15 pol com pneus 195/55, defletor dianteiro, saias laterais e traseira e aerofólio junto ao teto. O conjunto nos parece de bom gosto, mas é possível que as faixas causem rejeição de parte do público; poderiam ser opcionais.

Pouco foi alterado no interior do Ka: revestimento dos bancos, grafia dos instrumentos e sua iluminação (agora em branco), detalhes (maçanetas, pomo de alavanca de câmbio e moldura das saídas de ar) em tom prata, chave única (sem a anacrônica chave só para o tanque de combustível) e porta-copos entre os bancos. Ainda não foi dessa vez que se revestiu a grande área de chapa exposta nas portas, colunas e laterais traseiras. Continua

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Data de publicação: 4/7/11

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