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Bom desempenho com baixo ruído e economia, sobretudo em cidade; o câmbio é do tipo CVT e há uma tomada de 110 volts no console central

Acima, três funções da tela central: mostrador do histórico de consumo médio, indicação do fluxo de energia e câmera traseira para manobras

E na prática, quanto o proprietário de um Hybrid poderia economizar em combustível em comparação ao de um Fusion normal? Não foi possível chegarmos a uma simulação confiável, pois a combinação de trabalho dos motores é muito variável conforme as condições. Mas pelos dados do fabricante, obtidos pelas normas NBR (em condições mais brandas do que as da maioria dos usuários, mas que servem como referência de comparação), o hibrido faz 16,4 km/l em ciclo urbano e 18,4 km/l em rodoviário, contra 9,2 e 14,4 km/l, na ordem, do quatro-cilindros a gasolina.

Em um uso mensal de 1.000 quilômetros (próximo à média brasileira), divididos meio a meio entre cidade e estrada, e supondo o preço do litro de gasolina em R$ 2,80, o dono do Hybrid teria gasto com combustível estimado em R$ 161 ao mês, e o do Fusion normal, em R$ 249. Com essa economia mensal de R$ 88, levaria quase 44 anos para amortizar o custo adicional de R$ 46.200, considerados os preços de R$ 87.700 para o modelo a gasolina (já com o teto solar opcional) e de R$ 133.900 para o híbrido.

Caso a comparação fosse com o V6 de 3,0 litros, que custa R$ 107.360 na opção de topo (a única com teto solar), o quadro seria ainda complicado para o híbrido. Com consumo de 7,3 km/l no ciclo urbano e 11,7 no rodoviário, esse Fusion mais potente demandaria R$ 311 para rodar os 1.000 km nas condições descritas, ou R$ 150 a mais que o híbrido a cada mês. Assim, os R$ 26.540 da diferença de preço levariam quase 15 anos para serem amortizados.

Cabe considerar alguns fatores: um, que consumos mais altos que os indicados acima (o que é esperado) significam vantagem mensal maior para o híbrido; dois, que usuários com alta quilometragem anual (por exemplo, 50 mil km) podem abreviar bastante o prazo de amortização; e três, que a expectativa é de que o Hybrid mantenha maior valor de revenda que o das versões convencionais por muitos anos. Ainda assim, é improvável que a versão seja escolhida do ponto de vista puramente financeiro.

A própria Ford reconhece que seria difícil, com base nesses elementos, convencer muitos clientes a optarem pelo Hybrid, destinando seu pequeno volume de importação, sobretudo, a frotas de empresas que queiram demonstrar seu respeito ao meio ambiente. No entanto, merece elogios a iniciativa de oferecer ao mercado o primeiro híbrido completo, uma tecnologia que tem condições de crescer e se tornar mais acessível.

Comentário técnico
Embora similar ao do Fusion quatro-cilindros em concepção e cilindrada, o motor do Hybrid trabalha no ciclo Atkinson e não no Otto. Nesse ciclo as válvulas de admissão ficam abertas por mais tempo, o que favorece a eficiência do motor (aumenta 4% em média), ajudada pela taxa de compressão bem mais alta (12,3:1 contra 9,7:1 da versão convencional). A desvantagem do ciclo Atkinson é a perda de potência e torque: o motor do Hybrid fornece 158 cv a 6.000 rpm e 18,8 m.kgf a 2.250 rpm, ante 173 cv a 6.000 rpm e 22,9 m.kgf a 4.000 rpm da versão normal.

Só que o híbrido conta com o auxílio de um motor elétrico, integrado à transmissão e alimentado por uma bateria de tensão e capacidade elevadas. Ele obtém 107 cv e 22,9 m.kgf, mas infelizmente não é possível associar as potências máximas de cada motor, o que levaria a 265 cv. Mesmo assim, esse Fusion consegue somar 193 cv (o torque combinado não é fornecido pela Ford).

A bateria, desenvolvida em parceria com a Sanyo, é do tipo níquel-metal. Conta com 208 células de 186 watts, pesa 65 kg, tem tensão nominal de 275 volts e é resfriada por uma entrada do ar da cabine com saída para o porta-malas.
Ficha técnica

MOTOR (a combustão) - transversal, 4 cilindros em linha; bloco e cabeçote de alumínio; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 89 x 100 8 mm. Cilindrada: 2.488 cm3. Taxa de compressão: 12,3:1. Potência máxima: 158 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 18,8 m.kgf a 2.250 rpm. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima combinada com motor elétrico: 193 cv.

MOTOR (elétrico) - Potência máxima: 107 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 22,9 m.kgf a 3.000 rpm.

CÂMBIO - automático de variação contínua. Relações mínima e máxima: não disponíveis. Diferencial, 2,57. Tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado, 300 mm ø; traseiros a disco, 279 mm ø; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica; diâmetro de giro, 11,4 m.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, braços sobrepostos, mola helicoidal, estabilizador; traseira, independente, multibraço, mola helicoidal, estabilizador.
RODAS - 7,5 x 17 pol; pneus, 225/50 R 17.
DIMENSÕES - comprimento, 4,814 m; largura, 1,835 m; altura, 1,445 m; entre-eixos, 2,728 m; bitola dianteira, 1,568 m; bitola traseira, 1,557 m; coeficiente aerodinâmico ND; capacidade do tanque, 66 l; porta-malas, 405 l; peso, 1.687 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, 180 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 9,1 s.
CONSUMO - em cidade, 16,4 km/l; em estrada, 18,4 km/l.
GARANTIA - 3 anos sem limite de quilometragem (8 anos para bateria de alta capacidade); informações de fábrica, 0800 7033673.
CARRO AVALIADO - pneus, Michelin Energy MXV4; quilometragem inicial, 9.000 km.
Dados do fabricante

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