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Há quatro modos para as telas de TFT nos lados do velocímetro, em que o Engage (esquerda) e o Empower (direita) são os mais informativos

A sigla EV em fundo verde, que aparece quando só o motor elétrico está ligado, e o sumário de consumo mostrado quando se desliga a chave

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O porta-malas é reduzido de 530 para 405 litros para dar lugar à bateria

 
Tire as dúvidas
> Além da pressão ao acelerador e da velocidade acima de 73 km/h, o que leva o motor a combustão a ser acionado?

Isso acontece quando a carga da bateria está muito baixa, quando a temperatura externa está muito alta ou muito baixa (para resfriar ou aquecer o motor a gasolina, na ordem) ou quando o motor a combustão não está aquecido o bastante para dar conta do aquecimento da cabine.

> O auxílio do motor elétrico ao quatro-cilindros depende da carga da bateria?

Sim. Testes já mostraram que, à medida que a carga diminui, esse auxílio é reduzido para preservar a bateria, o que afeta ligeiramente o desempenho máximo do carro.

> Como o sistema se comporta em declives acentuados e longos, como uma descida de serra?

O motor a combustão permanece ligado, mas sem consumir combustível, como em qualquer carro atual, por haver corte de alimentação (cut-off). Se o acelerador não for usado, a regeneração de energia será feita até que a bateria esteja carregada por inteiro.

> Por que às vezes se ouve um ruído de ventilador atrás do banco traseiro?

É a ventilação da bateria, acionada para manter o compartimento em temperatura adequada, já que sua durabilidade cai quando submetida a calor excessivo. Quando o ventilador não atua, a região é resfriada apenas pela passagem de ar coletado naturalmente do interior.

> O alongamento de relações do câmbio CVT permite alta velocidade também em marcha à ré?

Não. Essa marcha é limitada a 35 km/h. Vale notar que de ré o motor elétrico é o único a ser usado, mesmo em terreno inclinado ou com maior aceleração.

> O Fusion pode ter a bateria de alta capacidade recarregada por fonte externa?

Não há previsão para esse tipo de recarga no modelo.

> Se acabar o combustível, pode-se rodar apenas com eletricidade?

Sim, mas não é recomendado. A Ford estima ser possível rodar por 1,6 km à média de 48 km/h com a carga da bateria em condições normais.

> Qual a vida útil da bateria de alta capacidade?

O fabricante prevê que ela dure por todo o ciclo de uso do carro e dá garantia de oito anos. Ao que consta, nenhum carro híbrido nos EUA precisou trocar a bateria até hoje, embora eles existam por lá desde 1999.

O câmbio CVT traz grande suavidade de funcionamento, já que não existem trocas de marcha no sentido tradicional, mas também afasta a condução de qualquer esportividade. Acelere o Fusion híbrido a fundo e tudo que ouvirá é um rápido aumento de rotações seguido pela estabilização do ruído enquanto cresce a velocidade, como habitual nesse tipo de caixa. A Ford não informa as relações mínima e máxima, mas a última parece longa ao extremo, já que o motor cai a pouco mais de 1.000 rpm quando se desacelera a 100 km/h. Em velocidade constante o giro é mais alto, mas ainda moderado, como algo acima de 2.000 rpm a 120 km/h.

O modo elétrico tem um limite de velocidade de 73 km/h, acima do qual o motor a combustão está sempre ligado, mesmo sem se usar o acelerador. Aqui parece haver exagero do fabricante, pois os 107 cv da unidade elétrica permitiriam ao Fusion ir bem além de 150 km/h. A Ford alega ser uma questão de proteger a transmissão e, de qualquer forma, menciona que essa velocidade é cerca do dobro da permitida pelos modos elétricos da concorrência nos Estados Unidos.

Dos quatro modos do painel, o Engage e o Enpower nos mostraram ser mais interessantes, pois indicam em separado o quanto se usa da potência do motor a combustão e do elétrico, além de exibir setas para cima, enquanto a bateria é carregada ao desacelerar (mesmo com motor a combustão desligado), e para baixo, quando ela fornece energia. Ao usar os freios, a regeneração é informada com o símbolo circular de reciclagem.

Com essas orientações aprende-se a dirigir com mais eficiência, como dosar o acelerador de modo a evitar que o motor a combustão seja acionado. Abre-se mão, é verdade, do conta-giros do modo Enlighten, mas ele é pouco útil (tem escala vertical e pequeno tamanho) e, afinal, com o câmbio CVT o motorista pouco pode intervir na rotação do motor.

Em uso urbano é comum ver ambos os motores operando no mesmo percentual de potência, enquanto em longas acelerações na estrada (por exemplo, ao tomar uma subida em velocidade constante) a unidade a gasolina tende a ser mais solicitada, com o elétrico ajudando só em parte de sua capacidade. Em algumas acelerações com carga parcial, porém, nota-se o elétrico atuando mais que o outro. Rodando em modo elétrico na faixa de 60 a 70 km/h a carga da bateria cai rapidamente, sendo possível usá-lo por alguns minutos até que o sistema volte a acionar o motor a combustão. No trânsito, quando se acelera e se reduz a cada instante, acontece de o 2,5-litros ser ligado e desligado sucessivas vezes.

O mesmo de sempre   À parte a propulsão híbrida, em que esse Fusion se diferencia dos demais? Por fora ele tem poucas distinções, como o desenho mais fechado das rodas e os logotipos com uma estrada e uma folha aplicados às portas e à tampa do porta-malas.

No interior, além dos instrumentos, notam-se detalhes como o banco traseiro não rebatível, por causa da bateria, e uma tomada de 110 volts no console central, voltada para quem se senta atrás. Para evitar riscos com crianças, os furos da tomada só aparecem quando uma capa é girada em 180 graus. O que pode fazer falta é o espaço consumido pela bateria no porta-malas, que reduz sua capacidade de 530 para 405 litros.

A versão vem ainda com equipamentos adotados na linha 2011, como o monitor de pontos cegos, que acende um led amarelo no respectivo retrovisor caso haja um veículo (até mesmo moto) ao lado, em área que o motorista não vê pelos espelhos nem em seu campo visual. Outro alerta detecta veículos na via transversal atrás do carro quando se manobra de ré, como ao sair de uma vaga perpendicular ao trânsito. Há também a câmera traseira, que envia imagens à tela central do painel quando se engata a marcha à ré, embora as guias de referência sejam fixas (não se movem conforme a posição do volante como em outros carros).

Os bancos — muito confortáveis mesmo em longos percursos — agora contam com ajuste elétrico também para o encosto do passageiro da frente e o apoio lombar do motorista, que antes tinham regulagem manual, e o limpador de para-brisa passou a automático. O sistema Sync, igual ao do V6, traz sistema de áudio com ótima qualidade e graves expressivos, toca-DVDs (o vídeo é inibido quando o freio de estacionamento é liberado), disco rígido de 10 gigabytes para músicas, tela sensível ao toque de 8 pol e comandos por voz (mas não em português). Também novidade é o MyKey, sistema que permite programar funções na chave reserva para controlar, por exemplo, velocidade máxima, volume máximo de áudio, uso do cinto de segurança e reserva de combustível.

No modo de rodar, além do que foi dito quanto a desempenho e ruídos, ele é o mesmo conhecido Fusion: mantém a suspensão bem calibrada, com rodar confortável e bom comportamento dinâmico, e a eficiência dos freios. Também permanecem algumas carências do modelo, como faróis mais eficientes (apesar do refletor elipsoidal para facho baixo) e lanternas traseiras no padrão nacional, com luzes de direção na cor âmbar. Continua

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