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Com os mesmos equipamentos da versão de 2,0 litros, o GLX 1,6 custa quase R$ 6 mil a menos, mas o mais potente era vendido com desconto

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Volante de couro e rádio Visteon são as poucas novidades no interior

O câmbio IB5, também feito em Taubaté, traz a marcha à ré com engate direto ao lado da quarta, sem anel-trava. As relações de marcha e de diferencial são todas diferentes da versão 2,0, com primeira bem mais curta para compensar a menor potência. A caixa tem engates precisos e a embreagem mostrou-se leve, ao contrário do Focus 2,0 avaliado, em que seu peso incomodou. Na direção, para conter custos, a Ford abandonou a assistência eletroidráulica com ajuste em três programas e usou uma hidráulica, sem a regulagem. Cumpre bem sua função, mas parte da concorrência tem conseguido menor peso em manobras por meio de assistência elétrica, que também evita consumir potência do motor.

Outra redução de despesas foi o uso de freios traseiros a tambor, que só dão lugar a discos no GLX com sistema antitravamento (ABS) opcional, vinculado a distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD) e controle de frenagem em curva (CBC). Na breve avaliação, pareceram dar conta do recado sem problemas. A Ford não menciona alterações na suspensão (é provável que as molas dianteiras sejam mais macias pela redução de peso na frente), mas foi mantido o ótimo comportamento dinâmico, que transmite confiança nas curvas como poucos da categoria. Parte do mérito vai para a suspensão traseira independente do tipo multibraço e montada em subchassi, receita sofisticada que não tem similar na produção nacional, a não ser no EcoSport 4WD da mesma marca.

Desta vez a barra estabilizadora do eixo posterior permaneceu — na geração anterior foi descartada no 1,6 — e os pneus têm a mesma medida 205/55 R 16 do Focus mais potente, um exagero para este motor que só se justifica pela estética. Na Europa existem versões com pneus mais estreitos e de 15 pol, mas deve ser porque lá não há buraco nas ruas... Se o conforto de marcha pareceu algo melhor que na versão Duratec, precisa evoluir — rápido — a absorção de asperezas do piso, que produzem ruído vindo da traseira em patamar inaceitável para a classe do carro.

Versões e preços   Quando estiver nas concessionárias, na segunda quinzena de janeiro, essa nova opção de Focus vai custar a partir de R$ 49.900 para o hatch GL, versão inédita nesta geração e que vem bem-equipada: bolsas infláveis frontais, ar-condicionado, direção assistida, rodas de alumínio de 16 pol, computador de bordo, controle elétrico dos vidros dianteiros e travas, rádio/toca-CDs com MP3, alarme, faróis com ajuste de altura, volante regulável em altura e distância, banco do motorista com ajuste de altura, controle remoto de trava das portas e da tampa traseira, limpador do para-brisa com temporizador variável e banco traseiro bipartido com três cintos de três pontos e três encostos de cabeça.

A versão GLX, que parte de R$ 51.400, adiciona controle elétrico dos vidros traseiros, função um-toque para todas as janelas (no GL, só para descer a do motorista), sua abertura e fechamento pelo controle remoto, proteção por ultrassom no sistema de alarme, console central com apoio de braço e porta-objetos, espelhos de cortesia com iluminação, luzes de leitura e pintura de retrovisores, maçanetas, defletor traseiro e moldura de placa na cor do carro. O único opcional é o citado conjunto com ABS, EBD, CBC e freios traseiros a disco por R$ 1.000. O sedã 1,6 custará R$ 54.400, apenas em versão GLX com ABS. Comuns a ambas são duas alterações: aparelho de áudio Visteon de aspecto simples, no lugar do belo Sony usado até então, e uso do volante do Ghia, com apliques prateados e revestimento em couro, que atende às reclamações (do Best Cars inclusive) de aspereza do modelo de plástico. O tecido dos bancos, já espartano no GLX, parece mais modesto no GL e deixa saudades do agradável veludo dos primeiros anos do Focus. Outros itens que mereciam voltar ao modelo são temporizador do controle dos vidros e faixa degradê no para-brisa.

Se o "Focus Sigma" será um sucesso? Depende dos preços praticados, pois a versão GLX 2,0 com ABS de série e potência muito superior (145 cv) vinha sendo vendida na faixa de R$ 52 mil, apesar da sugestão de R$ 58.180. De qualquer forma, a novidade da Ford está bem situada em desempenho, conteúdo e preço no segmento e — afinal — oferece a flexibilidade em combustível tão valorizada pelos brasileiros.

Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 79 x 81,4 mm. Cilindrada: 1.596 cm3. Taxa de compressão: 11:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 109 cv a 6.250 rpm (gas.) e 116 cv a 5.500 rpm (álc.). Torque máximo: 15,4 m.kgf a 4.250 rpm (gas.) e 16,3 m.kgf a 4.250 rpm (álc.).
CÂMBIO - manual, 5 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco (opcional); antitravamento (ABS) opcional.
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, McPherson; traseira, independente, multibraço.
RODAS - 7 x 16 pol; pneus, 205/55 R 16.
DIMENSÕES - comprimento, 4,337 m; largura, 1,84 m; altura, 1,50 m; entre-eixos, 2,64 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas, 328 l; peso, 1.290 kg.
Desempenho e consumo
  gasolina álcool
Velocidade máxima 183 km/h 189 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 13,3 s 12,5 s
Consumo em cidade 11,5 km/l 7,5 km/l
Consumo em estrada 15,5 km/l 10,3 km/l
Dados do fabricante

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