EcoSport em mandato-tampão

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À espera da nova geração para 2012, o utilitário esporte compacto da
Ford recebe leves retoques, amplia a garantia e reduz os preços

Texto: Geraldo Tite Simões - Fotos: divulgação

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Grade, nome no capô, barras de teto, quadro de instrumentos: poucas mudanças visuais no FreeStyle, hoje a versão mais vendida da linha

Dentro da conhecida máxima do futebol de que "não se mexe em time que está ganhando", a Ford apresenta o modelo 2011 do EcoSport — primeiro carro no mercado com tal antecipação este ano — com o que ela chama de "pequenas mudanças externas, mas algumas importantes alterações invisíveis". São apenas leves retoques no utilitário esporte lançado em 2003 e que passou por uma remodelação visual no modelo 2008, quando também melhorou em aspecto interno. Em quase sete anos a Ford atingiu a marca de meio milhão de unidades vendidas.

Entre as novidades não visíveis estão o aumento do prazo de garantia de um para três anos e a redução média de preço para todas as versões, que são as mesmas de antes — XL, XLS, FreeStyle, XLT e 4WD, com motores Zetec Rocam de 1,6 litro e Duratec de 2,0 litros, ambos flexíveis. Já na categoria das mudanças visíveis, na parte externa, estão a máscara negra nos faróis (versões Freestyle e 4WD), a grade dianteira com três lâminas inspirada na do Edge, logotipo EcoSport na parte frontal do capô (exceto no XL e no XLS), retrovisores em duas cores, novas barras de teto e logo do modelo gravado em relevo nas molduras laterais. As rodas têm novos desenhos e padrão de cores. O nome no capô tem a curiosidade de criar uma tardia semelhança com os modelos da Land Rover, marca que não pertence mais ao grupo Ford desde 2008.

Na parte interna as novidades são o painel com nova grafia dos instrumentos, mais informações (porta aberta, faróis ligados e manutenção programada) e iluminação permanente. Os bancos receberam novos revestimentos, tanto na opção de tecido quanto na de couro, e na versão XLT com caixa automática foi adicionado um apoio para o pé esquerdo. Do XLS para cima, a chave é do tipo canivete com funções integradas de abertura e fechamento das portas. O FreeStyle e o XLT 1,6 passam a vir de série com computador de bordo e controles do sistema de áudio junto ao volante, que é revestido em couro no FreeStyle.

Como a mecânica continua com as características inalteradas, a avaliação realizada em Maceió, AL só poderia confirmar que o EcoSport permanece o mesmo. Tem bom comportamento dinâmico, embora pudesse ser mais confortável ao rodar, e o motor de 1,6 litro com que o dirigimos mostra desempenho discreto, mas suficiente. Confirmando o que a Ford destaca sobre a satisfação dos clientes com as evoluções já aplicadas ao modelo, o nível de ruído interno — ponto crítico dos primeiros "Ecos" — está mais adequado, apesar da simplicidade dos materiais do acabamento.

Expressivas são as reduções na tabela de preços, que podem chegar a R$ 3.000 dependendo da versão. Claro que são valores sugeridos, uma vez que o mercado está praticando descontos que podem trazer os valores ainda mais para baixo. A versão FreeStyle 1,6, mesmo com novos itens de série (que se somam a ar-condicionado, conjunto elétrico, rodas de alumínio e rádio/toca-CDs com MP3), sai por R$ 57.190, ou seja, R$ 1.490 menos que o modelo 2010. Por R$ 1.000 a mais passa-se ao XLT 1,6 com bolsas infláveis frontais, a R$ 58.190, mas é preciso abrir mão dos detalhes estéticos do FreeStyle. Nessa versão a redução de preço foi de R$ 2.200. O XLT 1,6 com sistema antitravamento (ABS) de freios e bancos de couro custa R$ 60.190. Nas versões com motor 2,0-litros a redução de preços chega a superar R$ 3.000. O FreeStyle está por R$ 59.480 (R$ 2.480 menos), o XLT automático com bolsas infláveis e ABS a R$ 60.910 (no modelo anterior, R$ 63.970) e a versão 4WD, com tração integral, a R$ 61.880 (eram R$ 64.960).

O lançamento de uma linha 2011 com tanta antecipação pode significar uma forma de se preparar para a concorrência do Hyundai Tucson, que tem previsão de se tornar nacional nos próximos meses. O aumento da garantia e a política de tabelar os valores de revisão são golpes certos em um dos grandes fatores de refração ao Tucson: o custo de manutenção. Mas o evento realizado em Maceió, AL também deixou no ar uma sensação de “mandato-tampão”, para usar uma analogia eleitoral. Com sete anos de produção sem profundas mudanças, esta pode ser uma forma de dar sobrevida ao modelo enquanto se espera um EcoSport efetivamente novo, previsto para 2012.

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O XLT automático (em vermelho e nas fotos internas) e o 4WD (em preto) sofreram as maiores reduções de preço; a nova chave tem lâmina retrátil

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Data de publicação: 4/2/10

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