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Muito barulho por nada

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O Corolla flexível chega com alarde, mas, mesmo sem
representar nada especial, mantém seus atributos

Texto: Bob Sharp - Fotos: divulgação
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A versão SE-G chega enfim à Fielder, com bancos de couro, computador de bordo, ar-condicionado automático e câmbio automático como equipamentos de série

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O tanque de gasolina da partida e frio (à direita na foto do motor) e a luz-piloto para seu nível identificam as versões Flex, que não têm ganho em potência ou torque

Cada um faz o que quer, quando se trata de indústria automobilística. Dentro dessa prerrogativa, a Toyota julgou ter chegado o momento de entrar para o rol dos veículos flexíveis. Levou tempo para decidir — quatro anos —, dentro da tradicional cautela nipônica. Mas tudo leva a crer que tenha sido mais por questão de emulação do que por necessidade, já que no segmento do Corolla o proprietário não está tão interessado na eventual e pequena vantagem financeira em rodar com álcool, mais notada no Estado de São Paulo, onde o produto custa menos que em outras regiões. Quanto mais que esta geração do Corolla se notabilizou pela pouca sede de combustível tão logo foi lançada, em 2002.

Ficou muito claro que a Toyota se preocupou apenas em fazer o modelo — que está em sua nona geração no mundo e segunda fabricada no Brasil — funcionar também com álcool, ao contrário da maioria das fábricas, que melhorou os motores quando usando gasolina e partiu para um ganho de potência apreciável com álcool no tanque. A conclusão não poderia ser outra quando os números de potência e torque foram revelados na apresentação oficial à imprensa, que, além do presidente Shozo Hasebe e do vice-presidente sênior Luiz Carlos Andrade Júnior, da Toyota Mercosul, teve a participação de Nobutaka Morimitsu (gerente geral de pesquisa e desenvolvimento da Toyota Motor Corporation) e de Hiroya Fujita (engenheiro-chefe do Projeto Corolla, também da casa-mãe), mais diretores e gerentes de várias áreas da Toyota Mercosul.

A presença dessa plêiade de altos executivos daqui e do Japão tinha razão de ser: é a primeira vez que a Toyota produz, no mundo, um automóvel flexível em combustível. Mas, quando foi anunciado que não houve alteração de potência e torque, não foi possível conter a surpresa. Ante as perguntas dos jornalistas do por que dessa decisão, só respostas evasivas. O motor continua a produzir os mesmos 136 cv a 6.000 rpm e 17, 5 m.kgf a 4.200 rpm, não importa se com gasolina ou álcool. A taxa de compressão continua de 10:1, que sabidamente é pouco para a gasolina brasileira atual. Para álcool, nem falar.

Também era esperado que o fabricante mundial a caminho de se tornar o número 1 do mundo em 2007 — já é o primeiro, considerando o primeiro quadrimestre — saísse com inovação no sistema de partida a frio, sem recorrer ao prosaico tanquinho de gasolina no compartimento do motor, como sempre foi nos carros a álcool desde que surgiram em 1979. O único destaque para o sistema auxiliar de partida a frio são os quatro injetores em vez de dois ou mesmo um.

Na apresentação técnica foi dito e mostrado que, usando álcool, o torque é ligeiramente mais alto entre 1.000 rpm e a rotação de maior torque, o único ganho de toda a mudança, que inclui pistões com revestimento antiatrito nas saias e adequação do material de válvulas e sedes de válvulas para o funcionamento com álcool, mais a essencial reprogramação do módulo de comando eletrônico. Continua

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Data de publicação: 24/5/07

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