A carroceria é semelhante à
da C3 Picasso europeia, mas a frente traz a nova identidade da marca e o
conjunto segue o estilo fora de estrada
Pneus de uso misto em rodas de
16 pol, com o estepe externo, e maior altura de rodagem fazem parte da
caracterização de aventura do modelo |
No início da década de 2000, enquanto a Ford europeia finalizava o
desenvolvimento do Fusion — uma espécie de perua alta elaborada a partir
do então novo Fiesta —, a unidade brasileira teve uma boa ideia: usar
aquele modelo como ponto de partida para a criação do EcoSport, um
utilitário esporte compacto e relativamente barato. O que aconteceu
depois todos sabem: sucesso.
Outra época, outro cenário: no Salão de Paris de 2008 a Citroën
apresentava a C3 Picasso, uma espécie
de perua alta — não era uma minivan no conceito clássico monovolume, por
ter o capô mais proeminente — elaborada a partir da plataforma do
pequeno C3. E, como no caso da Ford, a unidade brasileira resolveu tomar
a "caçula" da família Picasso como ponto de partida para criar um
utilitário esporte compacto e relativamente acessível.
Esse carro é o C3 Aircross, que acaba de chegar ao mercado nacional para
competir com o mesmo EcoSport. E não só com ele, mas também com outros
"aventureiros" que são versões de hatches e peruas comuns, como Fiat
Palio e Idea Adventure, Nissan Livina X-Gear, Peugeot 207 Escapade e até
mesmo Renault Sandero Stepway e Volkswagen CrossFox. Para tanto, o
Citroën estreia em três versões de acabamento: GL, ao preço sugerido de
R$ 53.900; GLX, a R$ 56.400; e Exclusive, a R$ 61.900. Todas usam o
conhecido motor flexível de 1,6 litro e 16 válvulas e câmbio manual —
opção de caixa automática está prevista para breve, mas não a do motor
de 2,0 litros. A fabricação é em Porto Real, RJ. e a fábrica espera
vender 2.000 unidades mensais no último trimestre.
Os equipamentos de série — escassos em itens de segurança, salvo na
última versão — mostram ter sido definidos em função da concorrência e
das discutíveis prioridades do consumidor brasileiro. O GL vem com
ar-condicionado de ajuste manual, direção assistida, rodas de
16 pol em aço, computador de bordo, travamento das portas a distância,
barras de teto longitudinais, banco traseiro bipartido 60/40, luzes de
leitura à frente e atrás e controle elétrico dos vidros dianteiros,
travas e retrovisores. A única opção para ele é o rádio/toca-CDs com
função MP3, entrada para aparelho portátil e comandos junto ao volante,
além de indicador de temperatura externa.
Os acréscimos no GLX passam por faróis de neblina, rodas de alumínio,
revestimento dos bancos em tecido aveludado, ajuste de altura do banco
do motorista, controle elétrico dos vidros traseiros,
função um-toque e
sensor antiesmagamento para o vidro do
motorista, bússola e clinômetros (longitudinal e transversal) no alto do
painel, bolsas nos encostos dianteiros e o mesmo aparelho de áudio que
no GL é opcional. Para ele as opções são bolsas infláveis frontais e
volante revestido em couro.
Ao optar pelo Exclusive o comprador leva, afinal, as bolsas infláveis
frontais de série, assim como freios com sistema antitravamento (ABS) e
distribuição eletrônica de força entre os
eixos (EBD), acendimento automático do pisca-alerta em frenagens
intensas, alarme antifurto, controlador
e limitador de velocidade com comandos no volante, o terceiro encosto de
cabeça do banco traseiro, apoios de braço centrais na frente,
revestimento interno em couro e malha, volante revestido em couro,
controle automático do ar-condicionado, mesas nos encostos dianteiros,
sistema de áudio com seis alto-falantes (em vez de quatro) e entrada
USB, interface Bluetooth para telefone
celular, pedais e pomo de câmbio esportivos, retrovisores e maçanetas
externas cromados. Há opção de navegador por GPS integrado à parte
superior do painel com tela de 7 pol.
Continua |