Dançando conforme o Eco

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A fórmula que deu certo no Ford EcoSport é reprisada pela Citroën no
Aircross, que chega para buscar um espaço entre os "aventureiros"

Texto: Paulo de Araújo e Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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A carroceria é semelhante à da C3 Picasso europeia, mas a frente traz a nova identidade da marca e o conjunto segue o estilo fora de estrada

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Pneus de uso misto em rodas de 16 pol, com o estepe externo, e maior altura de rodagem fazem parte da caracterização de aventura do modelo

No início da década de 2000, enquanto a Ford europeia finalizava o desenvolvimento do Fusion — uma espécie de perua alta elaborada a partir do então novo Fiesta —, a unidade brasileira teve uma boa ideia: usar aquele modelo como ponto de partida para a criação do EcoSport, um utilitário esporte compacto e relativamente barato. O que aconteceu depois todos sabem: sucesso.

Outra época, outro cenário: no Salão de Paris de 2008 a Citroën apresentava a C3 Picasso, uma espécie de perua alta — não era uma minivan no conceito clássico monovolume, por ter o capô mais proeminente — elaborada a partir da plataforma do pequeno C3. E, como no caso da Ford, a unidade brasileira resolveu tomar a "caçula" da família Picasso como ponto de partida para criar um utilitário esporte compacto e relativamente acessível.

Esse carro é o C3 Aircross, que acaba de chegar ao mercado nacional para competir com o mesmo EcoSport. E não só com ele, mas também com outros "aventureiros" que são versões de hatches e peruas comuns, como Fiat Palio e Idea Adventure, Nissan Livina X-Gear, Peugeot 207 Escapade e até mesmo Renault Sandero Stepway e Volkswagen CrossFox. Para tanto, o Citroën estreia em três versões de acabamento: GL, ao preço sugerido de R$ 53.900; GLX, a R$ 56.400; e Exclusive, a R$ 61.900. Todas usam o conhecido motor flexível de 1,6 litro e 16 válvulas e câmbio manual — opção de caixa automática está prevista para breve, mas não a do motor de 2,0 litros. A fabricação é em Porto Real, RJ. e a fábrica espera vender 2.000 unidades mensais no último trimestre.

Os equipamentos de série — escassos em itens de segurança, salvo na última versão — mostram ter sido definidos em função da concorrência e das discutíveis prioridades do consumidor brasileiro. O GL vem com ar-condicionado de ajuste manual, direção assistida, rodas de 16 pol em aço, computador de bordo, travamento das portas a distância, barras de teto longitudinais, banco traseiro bipartido 60/40, luzes de leitura à frente e atrás e controle elétrico dos vidros dianteiros, travas e retrovisores. A única opção para ele é o rádio/toca-CDs com função MP3, entrada para aparelho portátil e comandos junto ao volante, além de indicador de temperatura externa.

Os acréscimos no GLX passam por faróis de neblina, rodas de alumínio, revestimento dos bancos em tecido aveludado, ajuste de altura do banco do motorista, controle elétrico dos vidros traseiros, função um-toque e sensor antiesmagamento para o vidro do motorista, bússola e clinômetros (longitudinal e transversal) no alto do painel, bolsas nos encostos dianteiros e o mesmo aparelho de áudio que no GL é opcional. Para ele as opções são bolsas infláveis frontais e volante revestido em couro.

Ao optar pelo Exclusive o comprador leva, afinal, as bolsas infláveis frontais de série, assim como freios com sistema antitravamento (ABS) e distribuição eletrônica de força entre os eixos (EBD), acendimento automático do pisca-alerta em frenagens intensas, alarme antifurto, controlador e limitador de velocidade com comandos no volante, o terceiro encosto de cabeça do banco traseiro, apoios de braço centrais na frente, revestimento interno em couro e malha, volante revestido em couro, controle automático do ar-condicionado, mesas nos encostos dianteiros, sistema de áudio com seis alto-falantes (em vez de quatro) e entrada USB, interface Bluetooth para telefone celular, pedais e pomo de câmbio esportivos, retrovisores e maçanetas externas cromados. Há opção de navegador por GPS integrado à parte superior do painel com tela de 7 pol. Continua

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As lanternas traseiras (também diferentes das usadas na Picasso europeia) vêm nas colunas; há barras no teto e um defletor na quinta porta

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Data de publicação: 28/8/10

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