



Amplo porta-malas, painel
correto, posição de dirigir agradável, bom torque em baixa: conjunto
equilibrado |
O
espaço no banco traseiro é que está abaixo da média do segmento: falta
largura e altura para acomodar três adultos, mesmo que magros, e a
acomodação das pernas não deixa esquecer o entreeixos diminuto. O quinto
ocupante não consegue conforto e o porta-malas, embora com boa
capacidade (455 litros) e dobradiças
pantográficas na tampa, tem um vão de acesso muito estreito.
Há bons detalhes de conveniência: controle elétrico dos vidros com
função um-toque e
sensor antiesmagamento nos dianteiros,
temporizador desses comandos, limpador de pára-brisa com intervalo
ajustável, destravamento da porta do motorista em separado, apoio de
braço central dianteiro, rádio/toca-CDs com
MP3 (cuja iluminação azul é forte demais), espelhos iluminados nos
pára-sóis, abertura e fechamento dos vidros pela fechadura do motorista,
luzes de leitura à frente e atrás, aviso de porta mal fechada e bloqueio
de compartimentos com chave (porta-luvas, comandos internos de
porta-malas e bocal do tanque, rebatimento do banco traseiro). E a tampa
do porta-malas é toda revestida por dentro, detalhe raro na classe.
Certos itens do Bora avaliado em 2001, porém, foram removidos. Alguns
bastante úteis, como cinto de três pontos e encosto de cabeça para o
quinto ocupante ou ajuste elétrico do facho dos faróis; outros nem
tanto, como banco traseiro bipartido, luzes de cortesia nas portas
dianteiras e alça de teto do motorista. E ele continua sem luz traseira
de neblina e as opções de revestimento dos bancos em couro, computador
de bordo e teto solar, oferecidos por vários concorrentes.
Mecânica
tradicional
O motor é um velho
conhecido: o 2,0-litros de duas válvulas por cilindro da Volkswagen,
lançado aqui em 1988 no Santana. Se a potência de 116 cv é um tanto
modesta para a cilindrada — alguns 1,8 16V atuais a superam em 20 cv ou
mais —, o torque máximo de 17,3 m.kgf a 2.400 rpm garante agradável
disposição em baixa rotação, com a sensação de haver mais potência do
que existe de fato. Nem é preciso elevar muito os giros, ocasião em que
se nota certa aspereza de funcionamento. Os números de desempenho e
consumo informados pelo fabricante são coerentes, embora não
entusiasmem.
Continua |