



Ar-condicionado automático,
áudio com MP3, tampa revestida e um câmbio que funciona a contento |

Como
o Bora atual está mais alto em relação ao solo que os primeiros,
tornou-se improvável raspar o protetor de cárter em lombadas, problema
crônico na avaliação de 2001. O comportamento dinâmico permanece
correto, com bom controle das oscilações e direção precisa, mas o
conforto de rodagem deixa a desejar em relação a concorrentes como Focus
e Corolla, apesar dos pneus de perfil mais alto que os deles (195/65-15
ante 195/60-15). Pode ter relação com a escolha do Firestone F580, já
que esta marca não prima pela maciez.
De resto, é um sedã coerente com sua proposta. Tem bons freios com ABS,
direção leve em manobras, sistema de iluminação adequado — apesar dos
faróis de refletor único, abaixo da média da classe. Vem até com
retrovisor direito do tamanho "certo", igual ao esquerdo, ao contrário
da versão compacta usada no Golf. E consta ali o anacrônico
aviso sobre a lente convexa exigido nos
EUA. O câmbio automático de quatro marchas também não expressa
modernidade, mas funciona a contento — talvez pudesse reagir mais rápido
aos pedidos de redução via acelerador.
Cinco anos depois, o Bora não consegue mais chamar atenção ou despertar
paixões, tarefas que cabem ao sucessor — o Jetta — com o qual ele deve
conviver, por mais algum tempo, nos mercados mexicano e brasileiro
(curiosamente lá os nomes são invertidos, pois o modelo antigo sempre
foi Jetta e o novo precisou se chamar Bora...). Mas é uma opção a ser
considerada em sua faixa de preço, em especial quando se desejam certos
itens de segurança e o conforto do câmbio automático. |