Em meio a tanta
esportividade, ar-condicionado de duas zonas, ótimo sistema de áudio e
bom porta-malas, que traz compressor e não estepe
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Ao
comandar reduções o motor é brevemente acelerado para um acoplamento
mais suave, o que agrada aos ouvidos e chega a empolgar. No painel há
indicação da marcha em uso, mesmo em modo automático, e oito luzes em
torno do conta-giros (as primeiras em amarelo e as últimas vermelhas)
avisam para o momento da troca de marcha antes do limite de rotações. O
sistema Drivelogic — já presente na antiga caixa SMG da marca, de
embreagem única — traz um seletor no console para ajustar seu
funcionamento entre 11 programas, sendo cinco em modo automático e seis
em manual, incluindo um programa mais esportivo que só atua com os
controles de tração e estabilidade
desativados. Há, por exemplo, um modo em que o carro arranca em segunda
marcha para menor risco de perda de tração em piso de baixa aderência.
A caixa inclui detecção de aclives e declives para evitar a
inconveniente "caça" de marchas nessas condições, em que ficaria subindo
e reduzindo a cada pequena variação de inclinação ou de uso do
acelerador. Outro destaque é o controle de largada, destinado a obter a
melhor aceleração com o mínimo de perda de tração possível, bastando ao
motorista acelerar. Acioná-lo requer um ritual: pisar no freio, colocar
a caixa no modo mais esportivo, manter a alavanca na posição que
corresponde à primeira marcha até que apareça uma bandeira no mostrador
central do painel, soltar o freio e acelerar até o fim. O motor sobe até
uma rotação definida pelo motorista, entre 4.600 e 6.100 rpm, e basta
soltar a alavanca de câmbio para o carro liberar sua fúria.
Naturalmente, quem aprecia o cheio de borracha queimada pode optar por
uma arrancada ao velho estilo, sem auxílios eletrônicos — mas não tente
fazer isso em casa, ou melhor, na rua de casa!
A caixa com dupla embreagem é tão eficiente que os números de
aceleração, consumo e emissão de gás carbônico (CO2) do carro assim
equipado são melhores que os da versão manual. Definitivamente, esse
tipo de câmbio é a tendência para qualquer carro que pretenda associar
conforto e esportividade, em função de sua eficiência e praticidade.
A suspensão faz amplo uso de alumínio, sobretudo na dianteira, onde
havia maior interesse em reduzir peso para manter a distribuição por
eixo bem próxima de 50:50, ponto de honra na marca. Dos amortecedores
aos subchassis, passando pelos braços e
os estabilizadores, quase tudo na suspensão do M3 usa esse material para
economia de peso, de especial importância quando se trata de itens
não suspensos. Há
barra de amarração na suspensão
dianteira e os estabilizadores trazem o logo M Power estampado.
Continua |