O painel simples traz termômetro
de óleo e um conta-giros cuja faixa vermelha sobe durante o aquecimento
do motor até chegar a 8.400 rpm
Gráfico mostra os sensores de
estacionamento; no console, comando do sistema I-Drive e botões para
desativar o controle de estabilidade (DSC Off) e configurar o acelerador
(Power) e o amortecimento (EDC)
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Equipamentos
de série e
opcionais |
Ajuste de altura dos
bancos mot./pas. |
S/S |
Ajuste de apoio
lombar mot./pas. |
S/S |
Ajuste do
volante em altura/profundidade |
S/S |
Ajuste elétrico dos
retrovisores |
S |
Alarme
antifurto/controle a distância |
S/S |
Aquecimento |
S |
Ar-condicionado/controle automático |
S/S |
Bancos/volante revestidos em
couro |
S/S |
Bolsa inflável
mot./pas./laterais/cortinas |
S/S/S/S |
Câmbio automatizado |
O |
Comando
interno do porta-malas |
S |
Computador de
bordo |
S |
Conta-giros |
S |
Controlador
automático de velocidade |
S |
Controle de
tração/estabilidade |
S/S |
Controle elétrico dos
vidros diant./tras. |
S/S |
Controles de áudio no
volante |
S |
Direção
assistida |
S |
Faróis de
neblina |
S |
Freios
antitravamento (ABS) |
S |
Imobilizador
eletrônico |
S |
Limpador/lavador
do vidro traseiro |
NA |
Luzes de leitura
diant./tras. |
S/S |
Luz traseira
de neblina |
S |
Rádio com toca-CDs/MP3 |
S/S |
Relógio |
S |
Repetidores
laterais das luzes de direção |
S |
Rodas de alumínio |
S |
Terceira luz
de freio |
S |
Teto solar/comando elétrico |
S/S |
Travamento
central das portas |
S |
Vidros verdes |
S |
Convenções: S =
de série; O = opcional; ND = não disponível;
NA = não-aplicável |
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Básico |
R$ 405.000 |
Como
avaliado |
R$ 421.600 |
Completo |
R$ 421.600 |
Preços sugeridos vigentes
em 22/10/09 |
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Ambiente funcional
O interior é típico
BMW: simples, com luxo em dose moderada e sobretudo funcional, sem
exageros ou botões em demasia. Interior de carro e não de avião. O
quadro de instrumentos tem, entre o velocímetro (graduado até 330 km/h,
embora o carro seja limitado a 250) e o conta-giros (até 9.000 rpm), o
mostrador com diversas informações como a marcha engatada. O marcador de
temperatura sob o conta-giros refere-se ao óleo lubrificante — como deve
haver em um esportivo — e não ao líquido de arrefecimento, indicação que
não existe no carro. Como é comum na linha M, a faixa vermelha do
conta-giros sobe gradualmente na fase de aquecimento no motor até chegar
a 8.400 rpm.
O volante de três raios com aro grosso, pequeno diâmetro e excelente
pega vem com os comandos do sistema de áudio e de telefonia. Atrás dele,
alavancas do tipo borboleta permitem trocas manuais de marcha. O logo da
divisão M — em vermelho e dois tons de azul — na base do volante e a
costura do couro nas mesmas três cores ajudam a identificar a versão. Se
não for o bastante, o mesmo emblema aparece no pomo da alavanca de
câmbio, no conta-giros, nos encostos de cabeça e no apoio bem definido para o pé esquerdo.
A partida e a parada do motor são por botão, não sendo preciso inserir a
chave eletrônica no painel (basta mantê-la no
bolso, por exemplo).
O console central traz na parte superior o mostrador do sistema I-Drive,
pelo qual o motorista pode controlar numerosas funções do carro: sistema
de áudio, telefone por interface Bluetooth,
navegação (não atua no Brasil), informações do veículo (como nível de
óleo do motor e checagem de pressão de pneus) e configurações, de que
trataremos adiante. O controle das funções é feito por um comando no
console, que gira e se move em várias gerações. Embora sua operação seja
fácil para qualquer pessoa habituada à tecnologia eletrônica de hoje,
seria interessante haver mais comandos fora do sistema para operações de
uso frequente. O mesmo mostrador exibe gráficos dos
sensores de estacionamento
dianteiros e traseiros, com indicação do lado do obstáculo e três cores
para informar de sua proximidade.
O computador de bordo informa consumo no padrão brasileiro de km/l, o que não acontece em
alguns carros nacionais.
Abaixo estão os comandos de climatização, com
controle independente para motorista e passageiro, e o rádio com
toca-CDs simples no painel e disqueteira de seis discos no porta-malas,
além de entrada para reprodutor de MP3. O aparelho lê DVDs e arquivos
MP3 e tem receptor de TV, cujas imagens são dispostas na tela somente
com o carro parado — em movimento, somente o som se mantém. Os bancos
são excelentes, a começar pela firmeza ideal da espuma, que mantém o
corpo bem posicionado e não cansa mesmo em longos percursos. Além da
comum regulagem de assento, encosto e apoio lombar, chegam ao extremo de
oferecer comando elétrico da abertura das abas laterais do encosto, para
que motoristas de todos os tamanhos se encaixem com perfeição, e ajuste
da
extensão do apoio de coxas — e isso para motorista e passageiro.
Com esse banco, somado à posição correta de pedais (um pouco para a
esquerda, mas sem incomodar) e volante, a posição de dirigir beira a
perfeição, com os comandos sempre à mão e a visibilidade para todos os
ângulos sem obstrução. Única ressalva: os controles dos vidros ficam
muito à frente, fazendo com que o motorista ou passageiro se incline
para o acionamento e, quando o condutor o faz sem olhar, possa acionar
os vidros traseiros em vez dos dianteiros que pretendia. De resto,
estão presentes conveniências como função um-toque e
temporizador desses comandos, teto solar
com controle elétrico, fechamento e abertura de vidros e teto a
distância, excelente sistema de áudio e acionamento automático de faróis e do limpador de para-brisa. Poderia haver faixa degradê no para-brisa, porém.
Embora se trate de um quatro-portas de porte médio, o M3 não é
exatamente espaçoso no banco traseiro. Há acomodação suficiente para
dois passageiros, mas o terceiro sofre um pouco em função do túnel de
transmissão no assoalho e da conformação do banco, embora conte com
cinto de três pontos e encosto de cabeça. O porta-malas (que traz a
bateria, outra medida para distribuir peso) tem boas
dimensões, 450 litros, e sua tampa usa
articulações pantográficas. Nela vem o
triângulo de sinalização, de fácil acesso mesmo com o compartimento
cheio, e não poderia faltar o estojo de primeiros socorros. Não adianta
procurar pelo estepe, pois o carro não tem: há apenas um kit veda-furos
e um compressor para encher o pneu reparado.
Motor e câmbio
dão show
Mas o melhor do M3 está mesmo na mecânica. O motor S65B40 (saiba mais
sobre técnica) rende os 420 cv a 8.300 rpm (o limite está logo
depois, 8.400) e produz um
torque de 40,8 m.kgf a 3.900 rpm. A caixa
manual automatizada, lançada no ano passado no modelo, é um capítulo
a parte. Com dupla embreagem e sete
marchas, garante trocas muito rápidas e com mínima perda de transmissão
da força para as rodas. Além da operação automática, que funciona
bastante bem até em pequenos deslocamentos ao estacionar, mudanças
manuais podem ser feitas pela alavanca seletora (sobe para trás, reduz
para frente, como defende a BMW) ou pelas borboletas atrás do volante e
solidárias a ele (sobe pela direita, reduz pela esquerda).
Continua |