


Na avaliação do TT em São
Carlos, SP, boas impressões com o desempenho do motor turbo de 200 cv, o
câmbio manual automatizado e a nova suspensão ajustável |
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MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82,5 x 92,8 mm.
Cilindrada: 1.984 cm3. Taxa de compressão: 10,3:1. Injeção
direta, turbocompressor e resfriador de ar. Potência máxima: 200
cv de 5.100 a 6.000 rpm. Torque máximo: 28,5
m.kgf de 1.800 a 5.000 rpm. |
CÂMBIO
- manual automatizado, 6 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência elétrica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, independente
multibraço. |
RODAS
- 17 pol; pneus, 245/45 R 17. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,178 m; largura, 1,842 m; altura, 1,352 m;
entreeixos, 2,468 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas,
290
l; peso, 1.280 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 240 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 6,4 s. |
Dados do fabricante; consumo
não disponível |
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Com funcionamento muito rápido, preciso e suave, pode ser usado como
automático, quando deixado em drive, ou como um manual com
operação pela alavanca no console ou pelas borboletas atrás do volante.
A rapidez desse câmbio vem da dupla embreagem. Funciona de maneira que
duas marchas fiquem engrenadas em simultâneo, alterando-se apenas a
embreagem responsável pelo acoplamento do câmbio ao motor.
Assim, sempre que a primeira marcha é engrenada, a segunda já é engatada
e mantida em espera pela segunda embreagem. Quando se pede a troca de
marcha, a segunda entra de forma instantânea, e assim se sucede até a
sexta. Isso faz com que o atraso na entrada da marcha praticamente
desapareça, tornando a condução esportiva mais agradável e empolgante.
As alterações do TT passaram também por uma redução de preço, possível
graças à queda do dólar nos últimos meses. Ele custa R$ 219.000, valor
competitivo frente aos concorrentes — que a Audi considera somente o BMW
Z4 e o Mercedes-Benz SLK. O Z4 tem
duas versões, uma mais barata que o TT (2,0 litros, 150 cv, câmbio
manual, R$ 195 mil) e outra mais cara (3,0 litros, 265 cv, câmbio
automático, R$ 289 mil), enquanto o SLK compete apenas com a versão 200
K (1,8 litro com compressor, 163 cv, R$ 218 mil), pois a 350 de seis
cilindros é bem mais cara. Vale notar que ambos são conversíveis, opção
que o TT ainda não oferece no Brasil, e têm tração traseira.
Curiosamente a Audi não inclui o Nissan 350Z (V6 de 3,5 litros, 280 cv,
R$ 237 mil com câmbio automático) e o Mitsubishi Eclipse (V6 3,8, 267
cv, R$ 154 mil) nesse rol, talvez pelo menor prestígio das marcas. Mas é
fato de seus consumidores poderão considerá-los uma alternativa ao TT,
sobretudo o primeiro, que é mais potente até que o V6 alemão e usa
tração traseira (dianteira no Eclipse).
A Audi importará todos os carros com o câmbio S-tronic, sem opção de
caixa manual, uma tática oposta à do modelo anterior. Estudos efetuados
pela empresa demonstram que, mesmo no segmento esportivo, os
consumidores preferem a possibilidade de mudanças automáticas e a
ausência de pedal de embreagem. Os carros poderão vir em todas as cores
disponíveis na Europa, mas com pronta entrega a Audi oferece somente
preto e prata com interior preto. Se o consumidor quiser outra cor ou
acabamento, terá de encomendar à Alemanha e esperar por volta de dois
meses.
O novo TT mostrou um conjunto notável. É muito bonito, bem construído,
com um bom motor e excelente câmbio. Sua dirigibilidade é empolgante e
seu comportamento exemplar, com um interior bem-acabado e recheado de
equipamentos. E, o melhor de tudo, com um preço mais baixo que o da
geração anterior. |