

As lanternas traseiras
lembram as da Passat Variant e são um ponto alto do estilo; apesar da
boa capacidade de bagagem, a base de acesso é alta demais




O painel ganhou porta-luvas e
o banco traseiro tem ajuste longitudinal, mas os instrumentos compactos
e o excesso de plástico no interior continuam pontos fracos |

Além
da plataforma, a SpaceFox compartilha com o Fox o trem de força formado
pelo motor EA-111 de 1,6 litro, flexível
em combustível, e a caixa de câmbio MQ200. Por outro lado, alguns
itens mecânicos e de acabamento foram desenvolvidos especialmente para o
modelo. Por conta da nova distribuição de peso e da maior rolagem da
carroceria observada na fase experimental, o conjunto da suspensão foi
redesenhado, com a adoção de um eixo traseiro reforçado para
proporcionar maior rigidez, bem como o estabilizador dianteiro;
amortecedores e molas também receberam outra calibração.
No interior, a SpaceFox apresenta diferenças como porta-luvas (que faz
falta no Fox), console central redesenhado e novas cores e texturas no
acabamento. A posição de dirigir, com o duplo ajuste do volante e a
regulagem de altura do banco, consegue agradar a motoristas de
diferentes estaturas. O ponto negativo fica por conta do excesso no uso
de materiais plásticos de aspecto pobre, em especial nos painéis de
porta, dando-lhe um aspecto de modelo básico mesmo na versão Comfortline.
Também não agrada o painel de instrumentos muito compacto, com um
conta-giros minúsculo e de difícil visualização.
Firmeza ao
volante
Em uma rápida experiência de cerca de 30 km pela sinuosa Rio-Santos
(BR-116), na região de Angra dos Reis, RJ, com dois ocupantes, a
SpaceFox mostrou-se muito ágil. As ótimas retomadas de velocidade e a
aceleração consistente, mesmo nas subidas, sinalizam que seus 1.095 (60
kg a mais que o Fox 1,6) não arrefecem o ímpeto do motor, com 101 cv a
gasolina e 103 cv a álcool. O câmbio tem engates muito leves e precisos
e a direção mostra calibração correta. As relações de marcha e
diferencial iguais às do hatch, no entanto, fazem esperar certo incômodo
pela alta rotação em viagens.
Nas curvas, a estabilidade fica levemente prejudicada pela altura total
do carro, mas a inclinação da carroceria é amenizada pela suspensão
rígida. É licito esperar que a absorção de irregularidades fique abaixo
do ideal, um problema já conhecido do Fox, mas as condições de piso não
permitiram verificar. Fica para a avaliação completa. Já a visibilidade
dianteira, como no hatch de que deriva, é comprometida pelas colunas
muito volumosas e avançadas.
Para chegar à SpaceFox a VW realizou pesquisas com proprietários das
peruas Palio Weekend, Peugeot 206 SW e Parati e das minivans Scénic,
Idea, Meriva e Zafira, além do Fit, que é um hatch como o próprio Fox. A
marca a apresenta como pioneira de um novo segmento, que ela nomeou como
o de sportvans, que reuniria as melhores características de ambos
os segmentos. Tudo bem, o fabricante tem o direito de criar o rótulo que
quiser, mas daí a dizer que, "perguntados sobre a categoria à qual o
carro deveria pertencer, os clientes foram diretos e objetivos: a
categoria dos esportivos"...
Continua |