Os faróis adotam superfície
complexa, mas o painel não recebeu o quadro de instrumentos do modelo
americano (abaixo), que chega só em março. No mesmo mês o motor
turbodiesel passa a 3,0 litros e 180 cv, um salto de 45 cv sobre o
atual, que já é dos mais potentes
 |
Por dentro, o Ranger 2005
também mudou, com novos formatos de bancos que os deixaram mais
confortáveis. Embora o painel seja basicamente o mesmo desde 1995,
quando foi reformulado meses depois do lançamento do Ranger importado
por aqui, seu desenho não está de todo ultrapassado – uma revisão ficou
para março do próximo ano. Outro aspecto positivo do interior é o
acabamento, que não lembra em nada esse item tão criticado em modelos
como EcoSport e novo Fiesta.
Fabricado na Argentina, o picape é muito bem resolvido nesse quesito,
com direito a confortos como apoio de braço no banco traseiro, curso
maior de deslizamento dos dianteiros (o do motorista traz regulagem de
altura e de apoio lombar), mais espaço sob os assentos da frente para os
pés de quem viaja atrás (antes não tinham onde colocar os pés) e novo
console com porta-objetos, que permite até aos que sentam no banco
traseiro acomodar garrafas ou latas. É o picape virando cada vez mais um
veículo de passeio.
Aliás, chama a atenção também o fato de o número de mulheres donas desse
tipo de modelo ter duplicado nos últimos dois anos. Hoje são 12% dos
consumidores – contra 88% de homens. De acordo com dados apresentados
por Antonio Baltar, gerente de marketing de picapes, o que o consumidor
mais quer são modelos cabine-dupla, a diesel e com tração 4x4. "Para não
errar, basta ir nessa linha", disse o executivo, que traçou relações
entre os principais mercados e o agronegócio.
Rodar confortável
Além do visual, as maiores mudanças estão no sistema de suspensão, que
incorpora amortecedores mais macios e, na dianteira, molas auxiliares em
poliuretano e um estabilizador. Os pneus são novos, Pirelli Scorpion
245/70-16. A suspensão modificada faz bastante diferença, pois o picape
pula menos em piso irregular, balança bem pouco em relação ao modelo
anterior e proporciona maior segurança.
Continua |
|
Embora a
Ford anuncie que o novo Ranger argentino tenha desenho
exclusivo, desenvolvido em Camaçari, BA, as diferenças para a
versão produzida nos EUA (fotos ao lado) não são grandes. O
estilo básico é o mesmo, havendo distinção apenas em detalhes,
como grade, luzes de direção e faróis de neblina.
Diferenças expressivas aparecem mesmo na oferta de versões,
motores e equipamentos. Lá há opções que não existem (ou
deixaram de existir) aqui, como cabine estendida, motores V6 de
3,0 e 4,0 litros (148 e 207 cv, na ordem), câmbio automático de
cinco marchas, sistema de áudio sofisticado (com toca-CDs para
seis discos, MP3 e amplificador
de 510 watts) e duas versões de caçamba para o modelo de cabine
simples. |
|
)
)
)