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Evolução discreta

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A Xsara Picasso ganha aprimoramentos na linha 2004,
a maioria só percebida após se assumir o volante

Reportagem: Bob Sharp - Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Há um ano, ao lançar o modelo 2003 da Xsara Picasso, a Citroën veiculou campanha publicitária em que um suposto proprietário, perguntado sobre o que poderia ser melhorado na minivan, sugeria apenas a pintura das maçanetas. Desta vez, na linha 2004, a marca francesa foi além — mas não muito. Apresentada à imprensa nesta segunda-feira, a Picasso traz poucas mas boas novidades.

Em sua maioria, são alterações que o usuário só vai perceber se tiver sensibilidade e conhecer bem o modelo anterior: um novo tom de azul, outro revestimento interno, embreagem com comando hidráulico (que transmite menos vibrações que o cabo e mantém o pedal macio por longo tempo), acelerador eletrônico, alavanca de câmbio reestudada, travamento automático das portas ao atingir 10 km/h e central elétrica integrada ("multiplexagem") mais evoluída.

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O fim dos cabos de acelerador e embreagem e a nova alavanca de câmbio contribuem
para um dirigir suave, mas o mercado aguarda pela oferta de caixa automática

Há ainda um novo volante, igual ao do C5 e com o comando de buzina na almofada central, novo padrão no grupo PSA (Peugeot-Citroën) que abandona, felizmente, a tradição francesa de acioná-la pela alavanca esquerda da coluna de direção. Também são novos as alavancas de comandos e o controle satélite do sistema de áudio, que substitui os botões no próprio volante.

No caso do câmbio, a mudança foi o aumento de peso do pomo da alavanca, para favorecer sua inércia de deslocamento e facilitar os engates — o que é bem-vindo por se tratar de uma alavanca curta, instalada no painel e não no assoalho, como a das concorrentes. As novidades completam-se com a chave igual à do C3, que inclui a função de localização, útil quando se procura pelo carro em um estacionamento.

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Volante, alavancas na coluna e comando satélite do rádio são os mesmos do C5,
o alarme passa a ser de radiofreqüência e as portas, enfim, travam-se em movimento

De resto, permanece válido tudo o que comentamos da Picasso em comparativo de 2001 com a Zafira e a Scénic, como a boa posição de dirigir, o comportamento dinâmico dos melhores e o desempenho satisfatório do motor de 2,0 litros, 16 válvulas e 118 cv. Mas ao dirigir o modelo 2004 pode-se notar uma evolução na suspensão, adotada há alguns meses: batente hidráulico nos amortecedores, de modo a evitar o ruído de fim de curso ao passar mais rápido por lombadas ou descer de calçadas, por exemplo.

Uma aguardada novidade ficou para maio: a opção de câmbio automático, que as duas concorrentes já têm. A Citroën não informa, mas poderá ser a mesma caixa do C5, com operação manual seqüencial quando desejado pelo motorista, recurso inédito em uma minivan nacional. Uma boa adição ao conforto da Picasso, que já é um de seus pontos altos.

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Data de publicação: 24/11/03

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