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Melhoria genética

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Depois de 48 anos, a veteraníssima Kombi ganha motor
"a água" e torna-se mais econômica, potente e silenciosa

Texto: Fábio Ometto* - Fotos: divulgação

A linha Kombi 2006 chega ao mercado em janeiro com uma revolução em seu DNA: sai o legendário motor boxer de quatro cilindros refrigerado a ar, de 1,6 litro, para dar lugar a outro quatro-cilindros, só que em linha e arrefecido a água, com 1,4 litro e flexível em combustível. A Kombi TotalFlex virá com o propulsor EA-111, produzido na fábrica de motores de São Carlos, SP, que pertence à família do 1,0 TotalFlex (Fox), do 1,6 TotalFlex (Fox, Polo e Polo Sedan) e do 1,4 a gasolina usado no Fox exportado para a Europa.

Essa geração de motores incorpora tecnologias como acionamento de válvulas por alavanca roletada, acelerador eletrônico e ignição direta sem distribuidor. Em relação ao boxer que acompanhou a Kombi desde seu lançamento no Brasil, em 1957, as maiores vantagens são economia, maior desempenho e redução dos níveis de ruído e de emissões poluentes.

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O novo motor é da mesma família dos 1,0 e 1,6
de Fox e Polo, com boa vantagem em potência

De acordo com a fábrica, se movido com gasolina o 1,4-litro desenvolve potência de 78 cv a 4.800 rpm e torque de 12,5 km a 3.500 rpm; com álcool, 80 cv e 12,7 m.kgf nas mesmas rotações. As versões a gasolina e a álcool do boxer produziam 58 e 67 cv, na ordem. Dessa forma, o novo motor oferece ganhos de 34% e 19,4% na potência, nessa mesma ordem. No entanto, em relação ao torque, que é o que mais interessa em um utilitário, o 1,4 não vai muito além do 1,6 boxer, que gerava 11,3 m.kgf na versão a gasolina e os mesmos 12,7 na movida a álcool, com a vantagem de entregá-los já a 2.600 giros.

Ainda assim, a VW informa que a Kombi TotalFlex, com gasolina, acelera de 0 a 100 km/h em 16,6 segundos, cerca de 9,5 s mais rápido que a antiga com o mesmo combustível. Em função da elevação da potência, as engrenagens do câmbio (que permanece com quatro marchas em função do pouco espaço disponível para a caixa) passam a ser produzidas com aço mais resistente. A relação final de transmissão foi alongada em 5,5%, o que melhora o consumo de combustível e reduz o nível de ruído.

Fora isso, outras alterações no conjunto mecânico são os novos pontos de fixação do trem de força (agora com uma travessa por baixo do câmbio) e a relação de direção, que ficou mais baixa, portanto mais rápida. O acesso ao compartimento do motor foi facilitado com a adoção de uma tampa no assoalho do compartimento de bagagem.

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O radiador na frente lembra o da Kombi a diesel,
de vida curta, mas a traseira tem o mesmo estilo

Na aparência, as únicas alterações são a grade do radiador no painel frontal da carroceria (muito semelhante ao da malsucedida versão a diesel, lançada e sepultada na década de 1980), a agrupamento dos instrumentos do painel em um único elemento e, por fim, a identificação TotalFlex na tampa traseira. A linha Kombi 2006 continua com as mesmas quatro versões de acabamento e preços também foram mantidos exatamente os do modelo anterior: Furgão (R$ 36.192), Standard (R$ 37.879), Lotação (R$ 41.393) e Escolar (R$ 43.684).

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Novos instrumentos, a única alteração interna

A Kombi fabricada no Brasil era o último Volkswagen ainda produzido no mundo equipado com o motor boxer refrigerado a ar. Para marcar a despedida do célebre propulsor em um veículo VW (continuará em produção para suprir mercados de reposição e de aplicações secundárias, como motores estacionários e veículos fora-de-série), a marca lançou a Série Prata da Kombi, restrita a 200 unidades, com pintura e detalhes de acabamento exclusivos, ao preço de R$ 39.200 (saiba mais). Continua

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* Contatos com o jornalista Fabio Ometto: fabioometto@hotmail.com

Data de publicação: 12/12/05

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