


Espaço para a família e
conforto nas viagens não são com ele, mas o Ka MP3 mostra, do desempenho
ao comportamento em curvas, que não é preciso gastar muito para ter
diversão ao volante
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A
depenação também levou a faixa degradê no pára-brisa, temporizador da
iluminação interna, luzes de leitura,
função um-toque para o vidro do motorista e terceira luz de freio,
que equipavam outros Kas avaliados. E, como de hábito, um feltro fino e
solto tenta cobrir o assoalho do porta-malas, cujas laterais ficam à
mostra, assim como fios e soquetes. Além disso, o consumo — de gasolina
apenas, pois ainda não existe Ka
flexível — é alto, mesmo em
uso moderado, efeito das marchas curtas e da baixa contrapressão do
escapamento. Nossa simulação apontou 8,7 km/l no ciclo-padrão urbano e
12,2
km/l no rodoviário, números que desabam se o pé direito não colaborar. O
pequenino bebe como gente grande.
Mas há bons atributos: retrovisor esquerdo
convexo, repetidores laterais das luzes de direção (coisa de carro
de luxo hoje no Brasil — e não todos!), rodar tão confortável quanto o
da maioria dos pequenos, câmbio com ótima operação (incluindo a marcha à
ré, tão simples quanto uma sexta marcha). O ar-condicionado resfria tão
bem que parece ter o dobro da potência do usado no novo Fiesta, embora seu uso apague o brilho do motor. Os freios funcionam bem,
sem dificultar a modulação (não há ABS) ou demonstrar perda de
eficiência no uso intensivo, e o motorista senta-se bem ao volante,
apesar do assento curto e baixo, sem ajuste de altura.
Ah, faltou falar do rádio. O belo aparelho, bem integrado ao painel, não prima pela
qualidade de som, já que conta com alto-falantes apenas nas portas —
falha grave diante do destaque dado ao equipamento e... a seu preço. Mas
traz bons recursos como a seleção do mostrador, que exibe nome do arquivo
de MP3, artista, música e até a taxa de bits. E um grande botão no
centro que o desliga quando se quiser ouvir outra
música: a que sai do escapamento, marcha após marcha.
Continua |