O SW4 na Pedra Grande,
atração de Atibaia, SP: estilo moderno e equilibrado, com frente
diferente da usada no picape, e um teste para o curso da suspensão e a
capacidade da tração integral |
Começou com o Corolla em 2002, prosseguiu em março passado com o picape
Hilux e, agora em outubro, chega ao utilitário esporte Hilux SW4 a fase
de grande renovação da Toyota no Brasil. Como naqueles dois casos, o
lançamento vem com fortes atributos para agitar seu segmento no mercado
e até mesmo assumir a liderança — o ousado objetivo da marca é obter 80%
das vendas da classe, que tem como participantes Mitsubishi Pajero Sport,
Chevrolet Blazer e Nissan XTerra.
Embora mantenha o nome usado nas gerações anteriores (vendidas no Brasil
de 1993 a 1996 e desse ano até 2002), o novo SW4 é idêntico ao modelo
Fortuner produzido na Tailândia. Junto do picape e da van Innova, compõe
o projeto IMV, sigla para Innovative International Multi-purpose Vehicle
ou veículo multiuso inovador e internacional. Pela primeira vez é feito
na fábrica de Zárate, na Argentina, assim como o Hilux. Disponível desde
o sábado (22) nas 116 concessionárias da marca, usa o motor turbodiesel
de 3,0 litros e 163 cv e custa, em versão única SRV, R$ 140,8 mil com
câmbio manual e R$ 146,8 mil com o automático, que passam a R$ 143 mil e
R$ 149 mil, na ordem, caso se opte pelo revestimento dos bancos em
couro.
Caro? Parece ser, já que o Blazer Executive (2,8 litros, 140 cv) custa
R$ 122,6 mil, o XTerra SE (mesmo motor) R$ 120,9 mil, e o Pajero Sport
HPE (2,8 litros, 145 cv, único com câmbio automático), R$ 143,7 mil.
Mas, ao conhecer e dirigir o SW4, fica a certeza de que a diferença é
justificada.
Para começar, ele vem bem-equipado de série: bolsas infláveis frontais,
freios com sistema antitravamento (ABS), ar-condicionado com controle
automático de temperatura, computador de bordo, sistema de áudio (com
disqueteira para seis CDs, função MP3 e
toca-fitas), volante e banco do motorista ajustáveis em altura, faróis
de neblina (sem a luz traseira de mesmo fim), imobilizador antifurto e
controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores, que têm carcaça
cromada. O câmbio automático opcional traz junto
controlador de velocidade. Nas
concessionárias é possível aplicar bagageiro, engate traseiro
(desmontável), retrovisores com luzes de direção, proteção frontal
(plástica, que não fere em eventual atropelamento), rede e tapete para o
compartimento de bagagem.
Como já ocorria na geração anterior, o utilitário não compartilha a
parte frontal do picape: faróis (de
duplo refletor, ao contrário do Hilux),
grade e pára-choque são próprios, em um estilo que impressiona bem e
transmite a imponência tão apreciada no tipo de veículo. As colunas recorrem a
uma boa solução, em que aquelas atrás das portas (C) são largas e
inclinadas, enquanto as traseiras (D) ocultam-se por trás dos vidros. A Toyota poderia ter ousado mais nas lanternas retilíneas,
mas não resta dúvida de que o conjunto vai agradar, sobretudo se
comparado aos concorrentes, um tanto envelhecidos.
Continua |