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O Corolla dos utilitários

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Como aconteceu entre os sedãs e os picapes, a Toyota
promete agitar outro segmento com o Hilux SW4

Texto: Fabrício Samahá - Fotos do autor e de divulgação
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O SW4 na Pedra Grande, atração de Atibaia, SP: estilo moderno e equilibrado, com frente diferente da usada no picape, e um teste para o curso da suspensão e a capacidade da tração integral

Começou com o Corolla em 2002, prosseguiu em março passado com o picape Hilux e, agora em outubro, chega ao utilitário esporte Hilux SW4 a fase de grande renovação da Toyota no Brasil. Como naqueles dois casos, o lançamento vem com fortes atributos para agitar seu segmento no mercado e até mesmo assumir a liderança — o ousado objetivo da marca é obter 80% das vendas da classe, que tem como participantes Mitsubishi Pajero Sport, Chevrolet Blazer e Nissan XTerra.

Embora mantenha o nome usado nas gerações anteriores (vendidas no Brasil de 1993 a 1996 e desse ano até 2002), o novo SW4 é idêntico ao modelo Fortuner produzido na Tailândia. Junto do picape e da van Innova, compõe o projeto IMV, sigla para Innovative International Multi-purpose Vehicle ou veículo multiuso inovador e internacional. Pela primeira vez é feito na fábrica de Zárate, na Argentina, assim como o Hilux. Disponível desde o sábado (22) nas 116 concessionárias da marca, usa o motor turbodiesel de 3,0 litros e 163 cv e custa, em versão única SRV, R$ 140,8 mil com câmbio manual e R$ 146,8 mil com o automático, que passam a R$ 143 mil e R$ 149 mil, na ordem, caso se opte pelo revestimento dos bancos em couro.

Caro? Parece ser, já que o Blazer Executive (2,8 litros, 140 cv) custa R$ 122,6 mil, o XTerra SE (mesmo motor) R$ 120,9 mil, e o Pajero Sport HPE (2,8 litros, 145 cv, único com câmbio automático), R$ 143,7 mil. Mas, ao conhecer e dirigir o SW4, fica a certeza de que a diferença é justificada.

Para começar, ele vem bem-equipado de série: bolsas infláveis frontais, freios com sistema antitravamento (ABS), ar-condicionado com controle automático de temperatura, computador de bordo, sistema de áudio (com disqueteira para seis CDs, função MP3 e toca-fitas), volante e banco do motorista ajustáveis em altura, faróis de neblina (sem a luz traseira de mesmo fim), imobilizador antifurto e controle elétrico dos vidros, travas e retrovisores, que têm carcaça cromada. O câmbio automático opcional traz junto controlador de velocidade. Nas concessionárias é possível aplicar bagageiro, engate traseiro (desmontável), retrovisores com luzes de direção, proteção frontal (plástica, que não fere em eventual atropelamento), rede e tapete para o compartimento de bagagem.

Como já ocorria na geração anterior, o utilitário não compartilha a parte frontal do picape: faróis (de duplo refletor, ao contrário do Hilux), grade e pára-choque são próprios, em um estilo que impressiona bem e transmite a imponência tão apreciada no tipo de veículo. As colunas recorrem a uma boa solução, em que aquelas atrás das portas (C) são largas e inclinadas, enquanto as traseiras (D) ocultam-se por trás dos vidros. A Toyota poderia ter ousado mais nas lanternas retilíneas, mas não resta dúvida de que o conjunto vai agradar, sobretudo se comparado aos concorrentes, um tanto envelhecidos. Continua

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Data de publicação: 24/10/05

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