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Inspiração no passado

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Com estilo que se liga à década de 1940 e bons
atributos, a Chevrolet estuda a importação do HHR

Texto: Gino Brasil - Fotos do autor e de divulgação
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As linhas remetem à perua Suburban de 1949, mas o HHR é atual na concepção mecânica, com o motor de 2,4 litros e a suspensão do Cobalt; o interior não cativa pelo espaço, mas tem bons acabamento e posição de dirigir

Já está virando praxe: sempre que a General Motors apresenta algum carro estrangeiro no Brasil e tem interesse de divulgá-lo com uma amplitude maior, oferece uma demonstração à imprensa em seu Campo de Provas da Cruz Alta, na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo. A última edição dessa iniciativa ocorreu em junho passado com Chevrolet Cobalt SS Supercharger e Corvette Z06, Pontiac Solstice e Hummer H3. Há dois anos havia ocorrido o mesmo com Corvette básico, SSR e Avalanche.

Sabe-se que, além da divulgação mais ampla, a GM pretende obter a avaliação dos jornalistas sobre as qualidades e falhas dos produtos, o que pode dar uma orientação sobre suas possibilidades de sucesso no mercado brasileiro. E foi o que aconteceu agora com o Chevrolet HHR, sigla que significa Heritage High Roof, algo como carro nostálgico de teto alto.

O HHR foi apresentado no Salão de Los Angeles de 2005 com linhas retrô, que foram buscar inspiração na perua Suburban de 1949. Pode-se dizer que a empresa conseguiu bom resultado, pois seu desenho é agradável e harmonioso, sendo mais bonito ao vivo que em fotos. Há muito charme no carro fabricado no México, na planta de Ramos Arizpe. Seu porte não é avantajado como a origem do projeto poderia fazer supor: com 4,47 metros de comprimento, 1,75 m de largura e 1,58 m de altura, ocupa menos espaço que um Vectra e é mais baixo que algumas minivans.

Apesar da inspiração em uma grande perua, o HHR leva com conforto apenas quatro pessoas (cinco vão apertadas) e quantidade razoável de carga. Está longe de ser um carro familiar como a Zafira ou mesmo a Meriva, que oferecem mais espaço e conforto. O público do HHR é distinto: o carro busca o jovem urbano que se preocupa com a imagem. Seus principais concorrentes também têm apelo estético diferenciado, como o Chrysler PT Cruiser e o Volkswagen New Bettle — coincidência é que os três são mexicanos.

O HHR utiliza a mesma plataforma do Cobalt e também seu trem de força, composto de dois motores Ecotec com tração dianteira. O primeiro é de 2,2 litros e 16 válvulas, com potência de 149 cv a 5.600 rpm e torque de 21,4 m.kgf a 4.000 rpm. O segundo tem 2,4 litros, 16 válvulas, 175 cv a 6.200 rpm e 23,2 m.kgf a 5.000 rpm. Embora com cilindrada semelhante, são bem mais modernos que os dos Chevrolets fabricados no Brasil. Podem ser acoplados a um câmbio manual de cinco marchas ou a um automático de quatro.

O carro conta com duas versões de acabamento, LS e LT, sendo que a LT se divide em dois pacotes, LT1 e LT2. Na LS e na LT1 a motorização básica é 2,2, sendo que para a LT1 o motor 2,4 é opcional, e na LT2, de série. Mas isso nos Estados Unidos: aqui, se o carro realmente for importado — o que a GM não anunciou —, não há nada definido quanto às versões. O carro apresentado aos jornalistas era um LT2 com motor 2,4 e câmbio automático, além da suspensão esportiva e rodas de 17 pol, que são o padrão nessa versão. Continua

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Data de publicação: 13/12/06

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